15 de jun. de 2010

A copa do mundo é nossa!

Essa semana li um artigo primoroso da Maria Rita Kiehl no Estadão falando sobre Copa do Mundo. Pena que ainda não sei linkar aqui para poder dividir com vocês. Ela fala das copas na vida dela, e, como somos da mesmíssima geração, as suas lembranças mais remotas são iguais às minhas. Para mim, quando muito pequena, são um pouco mais difusas, eu morava na fazenda e não me lembro de ninguém parar de trabalhar para escutar o jogo, muito menos meu pai, e, minha mãe, com aquele monte de filhos, acho que nem ligava. A maior lembrança que tenho é de revistas -Cruzeiro e Manchete que eu já lia, ou via figuras, compulsivamente, era uma festa quando meus avós chegavam de São Paulo trazendo as revistas da semana. Quando em 1970 já morando em São Paulo, na alameda Lorena, a copa do mundo começa a ser uma festa, as pessoas se reúnem para assistir os jogos em grupos e quando acabava, o maior buzinasso pelas ruas, especialmente na minha lembrança, na rua augusta. Mas daí eu já era grande, e, de lá pra cá me lembro de todas. Não que eu me empolgasse, infelizmente acho futebol monótono e eu não consigo ficar duas horas vendo uma tv, mas acho bacana essa torcida. Patriotada ou não, pelo menos é um sentimento bacana pelo país. Houve uma época que eu adorava assistir a esses jogos, são as copas dos anos 1980, com meus filhos pequenos, assistindo no clube. A Luísa estudava na escolinha de lá, e, nós as mães (umas 15), até hoje amigas, assistíamos no bar do térreo, ou melhor, sentávamos numa grande mesa, cheia de mochilas casacos e crianças e foi nessa época que aprendi a gostar de cerveja, ai ai. Como era gostoso, que saudade dessa época. Hoje passei por aquele bar e fiquei me lembrando: a gente chegava cedo, almoçávamos lá para guardar mesa e esperar o jogo. Vinte anos depois, a mesma agitação naquele bar, mas não vi nenhuma jovem mãe com crianças pequenas, só os muitos velhinhos e muitos adolescentes. Saí de lá pensando em como as coisas mudam. Hoje todo mundo trabalha fora, pouquíssimas jovens mães podem se dar ao luxo que eu tive de poder acompanhar o tempo todo a infância dos meus filhos, e, ainda poder voltar ao trabalho depois deles grandes. Eu não canso de agradecer a Deus pelo privilégio que foi a minha vida. Não vejo a hora de poder ficar com meus netos para minhas filhas e nora poderem continuar suas carreiras. Se demorarem muito, vou adotar netos, ando meio com inveja das minhas amigas que ficam naquele mesmo parquinho e que provavelmente vão ver o jogo lá.
beijos

2 comentários:

Anônimo disse...

quando eu voltar de salvador , vamos marcar uma tarde no parquinho com a nina e a maria antonia ( neta da Laura ) para matarmos a saudade
bj
silvia

Lee Swain disse...

Pituca, boas lembranças querem dizer ao menos duas coisas: que tivemos uma vida feliz, e que aprendemos a enxergar o lado bom das coisas. Como vc, por exemplo, que vai poder contar histórias incríveis para os netos que na hora certa virão, com certeza.
Bjs

Swain