16 de dez. de 2010

Chores por ti e por nós, Argentina!

A semana passada nesta hora eu estava com a minha querida Luisa em Buenos Aires. Ela a trabalho e eu passeando com as milhas que ganhei de presente da Isabel. São duas filhas maravilhosas que me enchem de orgulho, além de me pajear elas ainda me presenteiam.
Nós saímos de casa às 4hs da madrugada e chegamos no hotel perto das onze . Como o quarto ainda não estava pronto, saimos para bater perna, Luisa com a máquina fotográfica e bloquinho em punho, não parava um minuto, na explêndia (hehe)reportagem publicada hoje no caderno de Turismo da Folha de São Paulo, ela conta mais ou menos o nosso roteiro. Acho que ninguem vai conseguir acreditar no quanto nós andamos, fuçamos e reviramos a cidade em apenas quatro dias. Acho que qualquer pessoa normal precisaria de uma semana, não foi o nosso caso, o que muitos dirão que é obvio: sou uma louca de pedra. O que não sabem é que criei uma louquinha, obsessiva por trabalho, de uma correção extrema, -almoçava, jantava e se divertia trabalhando. Aliás, se divertiu muito- um dia íamos à pé da casa da Barbie numa rua em Palermo até o Museu Malba que imaginávamos mais perto, quando atravessando a avenida Libertadores que é imensa, o sinal abre para os carros, apavarada estanquei no meio da rua, de olho fechado e mãos espalmadas como um guarda de trânsito. Só não fui massacrada porque acho que os carros se assustaram com aquela louca, enorme num vestido cor de sangue, estática no meio da rua, mal conseguindo ouvir os gritos e gargalhadas da Luisa, já na calçada. Rindo muito chegamos ao museu que é lindo, assim como a cidade é linda. Pena ela refletir a crise econômica que parece não ter fim, na falta de tinta nos prédios históricos e nas inúmeras placas de "aluga-se'' pela cidade toda. Aliás, como os prédios são lindos, tão lindos que em todos eles há uma placa com o nome do arquiteto e da firma construtora. Talvez se aqui se adotasse isso, nossa cidade não seria vergonhosamente arruinada com os medonhos neoclássicos que tanto agradaram aos ricos na última década. Os arquitetos imporiam um padrão de bom gosto aprendido nas escolas, não iriam se render ao mau gosto do mercado que faz um prédio na avenida Juscelino Kubitcheck com vidros, espelhos e colunas dóricas numa mistura que justifica o apelido que os portenhos nos davam: macaquitos. Tomara que esse orgulho, essa arrogância que tanto nos irritaram possa ser devolvida a eles. Uma cidade tão civilizada, onde as pessoas não se amontoam nas lojas para consumir qualquer coisa, onde se come e bebe como reis e onde quase não existe congestionamentos merece voltar a viver todo o seu explendor.
Beijos
P.S. Vejam aqui um pedaço do que a Lu escreveu:
http://www1.folha.uol.com.br/turismo/
P.S.2 cometi um erro indecente lá em cima. Já apaguei!

7 de dez. de 2010

Qualquer dia a gente se vê

Quando a gente chega numa certa idade vai ficando calejada com as separacões inevitáveis que a vida nos reserva. A morte é um mal necessário e, ainda bem que existe, sinal de que a gente nasceu. Eu já perdi tanta gente querida, desde a inesquecível geracão dos meus avós - não consigo lembrar de qualquer um deles, tios e tias, sem ficar com um nó na garganta. E os da minha geracão que se foram cedíssimo? Minhas irmãs Ziza e Sonia, meus irmãos Cacá e o de sangue, Juca? Dói muito não poder compartilhar minhas alegrias, vitórias e frustracoes nesses anos todos sem eles. O consolo é pensar na riqueza que foram as suas curtas vidas, com todos os percalços e dificuldades, mas deixaram uma herança de generosidade e caráter irrepreensível nos seus filhos que também são um pouco meus.
E sem eles a gente vai vivendo, muito bem até, mas não há um dia sequer que acabe sem uma lembranca deles. A do meu pai é tão viva que sinto ele mais próximo hoje do que quando era vivo. Da vovó e da Gigina, sempre há uma graça, um jeito de falar que faz com que os anos de doença sejam esquecidos, só fica o lado leve, divertido e generoso.
Eu acho e tenho certeza de que essas pessoas não morreram, não falo nisso penando em vida eterna - morro de preguiça de pensar que existe, imaginem eu pela eternidade? eca!!! Ou reencarnacão ou qualquer outro sentimento ligado a religião. Eu acho que enquanto existirem pessoas que falem e se lembrem de seus mortos, eles continuam vivos, não sei se do nosso lado ou dentro da gente.
Não consigo mais pensar ou achar nada, a Baby Gregori acaba de morrer, mas quem a conheceu pode imaginar que ela não estará entre a gente até o último dia de nossas vidas? E depois da gente, de nossos filhos e netos que continuarão repetindo as suas deliciosas histórias, a sua alegria mais do que escandalosa, a sua força, a sua determinacão e a garra com que levou a vida e criou duas filhas maravilhosas, além das sobrinhas e uma multidão de amigos. A Baibola nunca vai morrer. Até qualquer hora, bicho loco, a gente se vê por ai.

2 de dez. de 2010

Eu sabia! Eu sabia!!!



A semana passada estava nesse lindo lugar descansando e sendo cuidada. Sabia que ao voltar alguns pepinos me esperavam, um deles o Natal, que longe de ser uma data gostosa, hoje é uma amolacão. Até o nosso e-mail é abarrotado de anúncios,o trânsito infernal. O que eu não imaginava era o tamanho da encrenca - moro pertinho da Avenida Paulista, na esquina daquele banco que atrai multidões para ver o concerto de músicas natalinas e seus enfeites que são práticamente os mesmos dos outros anos. Esse ano, para piorar a minha qualidade de vida, a praca Mario Covas na outra calcada está toda enfeitada e com caixas de alto falante imensas - socorro! Logo em frente, na avenida, um palco monstro com um Papaio Noel gigantesco cobre as duas pistas. Já imagino o inferno que vai ficar minha rua com o Natal Iluminado. Acho que é reflexo da minha provecta idade esse má vontade com a data que deveria ser comemorada com a simplicidade que foi o nascimento de Jesus.

beijos

28 de nov. de 2010

Já estou com saudade

Faz 22 dias que cheguei nesse lugar que, longe de ser uma tortura pela falta de comida, é uma delícia. Aqui a gente tem a sensacão de estar numa ilha da fantasia, somos cuidados, paparicados e ninguém tem vergonha de contar seu peso, sempre há um gordinho maior que a gente. No meio da semana passada eu fiquei com vontade de ir embora, saudades da minha família, da minha casa e das minhas amigas. Aguentei firme, apesar da dor na coluna que me impediu de fazer exercícios e talvez por isso tenha empacado meu peso. Agora estou quase indo, o domingo está acabando, hora de arrumar a mala e comecar a sentir saudade daqui.
beijos
p.s emagreci 5 kg. Mais uns 6 meses aqui fico nos trinques.

Fotos

































23 de nov. de 2010

Sapos e papos

Já faz tento tempo que vim para o SPA que tenho a sensação de ter arrumado meus armários no século passado e de ter trabalhado numa campanhano no retrasado. Os dias aqui são lentos, não por falta de atividades, mas por estar desde 6a feira com uma dor chatíssima na coluna, preciso ficar em repouso. Só faco as aulas de hidroginastica e leio. No meu quarto não tenho internet e nem TV a cabo, ainda bem! Não vejo.A televisão aberta é tão ruim que é impossível assistir. A solidão que não me assusta,até me atrai, ontem veio chegando de mansinho e, junto com ela ,uma chuva torrencial. Fiquei o dia todo no meu quarto, fechada com medo dos sapos e pererecas que aqui são muitos. Esse pavor irracional que eu sinto, me isola e me faz pensar: porque ter esse medo do que sei ser inofensivo? Eu fui criada numa fazenda, onde comeca esse medo?
Vem de onde a minha memória racionalmente não poderia se lembrar - eu teria não mais que 3 ou 4 anos,ainda no casão da Usina Esmeralda, a inesquecível e querida Babá me dando banho no único e enorme banheiro daquela casa onde moramos enquanto o Chalé não ficava pronto. Embaixo de um deque ou estrado no chuveiro, pula uma rã. Ainda escuto os gritos da Babá que tinha tal pavor desse bichinho que até uma ranzinha de metal dourado que a Vovó tinha, ela não olhava e muito menos polia. Alguns anos mais tarde, já na nossa casa,ainda na Esmeralda, uma rã entra no meu pijama, aquela horrivel sensação gelada, meu pai e Duduca caçoando de mim. Como, só agora, cincoenta e tantos anos depois,essa imagem me volta tão nitidamente? Deve ser o tal subconciente que 'as vezes me deixa meio " blue'' e me faz lembrar poesias. Procurando no google uma do Fernado Pessoa que fala alguma coisa como "hoje o dia deu em cinzento" dou de cara com essa que colo aqui. Acho que preciso jogar no bicho urgentemente:



Todas as cousas que há neste mundo


Têm uma história,


Excepto estas rãs que coaxam no fundo


Da minha memória.
Qualquer lugar neste mundo tem


Um onde estar,


Salvo este charco de onde me vem


Esse coaxar.
Ergue-se em mim uma lua falsa


Sobre juncais,E o charco emerge, que o luar realça


Menos e mais.
Onde, em que vida, de que maneira


Fui o que lembro


Por este coaxar das rãs na esteira


Do que deslembro?
Nada.


Um silêncio entre jucos dorme.

Coaxam ao fim

De uma alma antiga que tenho enorme
As rãs sem mim.

14 de nov. de 2010

Vale a pena?


Vale a pena? claro que vale.
Emagrecer
sempre é bom e aqui a gente ainda tem o bônus das novas e queridas amizades, das risadas e do sol que hoje iluminou uma região deslumbrante.
Para celebrar, aqui vai o "Mar Português":

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

13 de nov. de 2010

Que decepção!!!

Ontem eu disse uma frase de uma poesia que a tia Vera Rudge recitava. Todas as vezes que ouço ou leio a palavra "coragem", me lembro dela e, impossível ler ou falar de poesia sem lembrar do meu pai. Não se pode numa vida esquecer a emoção de escutar ele recitando o Navio Negreiro ou Cyrano de Berjerac. Toda vez que alguém fala que estou bem vestida eu respondo como meu pai: "só no moral se vê minha elegância, vestir-me não sei nem dou para casquilho". Bem que ele tentou me fazer decorar alguma coisa, mas, nunca conseguiu. O Juca e Gogó, que judiação, recitavam trechos dos Lusíadas. Ainda bem que era em casa, nunca foram exibidos em público, que eu me lembre. E de poesia em poesia, prolixa que sou, me lembrei de uma cena das mais antigas, de quando eu comecei a ser alfabetizada. Estava no quartão das crianças no chalé, nossa casa na Usina Esmeralda, embaixo da janela que até hoje ainda enxergo nitidamente,lendo um livro desses de memórias que a gente ganha quando aprende a escrever. Era do Juca, ele ganhou da Vovó, tinha uma capa imitando tartaruga. Nele meu pai escreveu:"Meu filho, quero que você cresça livre como o vento e forte como a palmeira". Foi a coisa mais bonita que eu já tinha lido nos meus 7 ou 8 anos, talvez tenha sido na minha vida inteira para ter ficado gravado tão nitidamente na minha memória afetiva.Deus!Como admirei meu pai!
Anos depois, já morando em São Paulo, lendo Menotti del Pichia, vejo esta frase numa poesia - que decepção, eu que podia jurar que era da lavra(como ele dizia) do meu pai. Claro que fui tomar satisfação e escuto ainda hoje, com um nó na garganta, a gargalhada dele. Procurei e procurei no Google e não achei a poesia para postar aqui, liguei para minha mãe perguntando e ela ficou de me falar quando se lembrar. Como tenho surucutico e minha bateria está acabando, fico devendo.
beijos
P.S. vou pra aula de hidro agora

12 de nov. de 2010

Ainda no Spa

Véspera de feriado, pessoas chegando, -50 hóspedes novos são esperados. Tomara que o SPA consiga atender todo mundo sem muito estress. Essa semana nós éramos por volta de 30, um número bem bom de pessoas, dá pra decorar o nome de todo mundo, isto é, dar dá, basta não ser esclerosada. Agora, dia de só tomar líquido, acabo de voltar de uma aula de hidroginástica, a segunda do dia. Ai que canseira! Depois de muito reclamar, consegui que abaixassem a temperatura da água e como o dia, desde ontem está meio feio, hoje todo mundo fugiu da aula. Não sei se foi por isso, mas que preguiça! Aquela piscina vazia, socorro! Deu vontade de sair de fininho. Mas, como sou uma maníaca obsessiva compulsiva e estou no maior pique enfrentei uma aula de circuito. Éramos quatro, eu, Nara, Rafa e Paulo. Eu que me gabo de ser um bólido fiz o maior fiasco, a cada exercício a gente tinha que atravessar a piscina correndo para fazer o seguinte do outro lado, atravessar 12,5 metros junto com esses três, quase me matou. A Nara é baixinha, mas que preparo! Nos primeiros 20 minutos ela já me deixava pra trás. A Rafaela acho que tem um motor na ré, na segunda passada ela já estava do outro lado e o Paulo, pra não fazer feio, disputava pau a pau com ela e, vocês sabem: homem é mais resistente, ainda mais quando se é jovem. Que ódio que me dá ver a facilidade que eles emagrecem fazendo a metade do que eu faço. “Mas como disse o poeta – ‘A vida é luta renhida que aos fracos abate e aos fortes só pode exaltar” , força pra todos nós.
beijos

8 de nov. de 2010

Diario de uma gorda- parte 2

Quem falou que o nosso corpo tem memória muscular mentiu. Ou então é verdade,mas a minha tá com alzheimer. Morta de saudades das minhas amiguinhas da hidro das 19 hs, ontem de manhã enfrentei uma aula de uma hora, quase morri. Fiquei tão prostrada que não consegui fazer a aula da tarde. Só uma meia horinha de esteira e bicicleta e uma aula de alongamento para encerrar o dia. Domingo é um dia lerdo em qualquer lugar do mundo, até aqui onde todos os dias tem cara de feriado.Aproveitei a lezeira geral pra dar uma descansada e hoje começar mais animada. E, adivinhem - arreguei. Mudei para 600 calorias. Para compensar fui jogar o que iamginei ser polo aquático, já querendo desafiar o Guga Chacra, descubro que era volei. Ai ai, imaginem só, nunca tinha jogado. Uma adolescente obesa, tem vergonha e não é convidada. Mas,como tudo na vida tem seu outro lado, hoje não só descobri e gostei, como fiquei amiga de uma porção de jovens. Aqui 99,8% das pessoas estão na faixa dos 30 e nenhum precisa emagrecer muito.Acabado esse jogo, engatei uma aula de hidroginastica e aguentei bem.
Agora, depois de um lauto almoço, estou indo para mais uma hidroginastica depois academia Acabo o dia com uma aula de localizada. Aqui ou a gente se ocupa o dia todo ou então, passa fome mesmo. Começou a aula, tou indo.
beijos

7 de nov. de 2010

Diario de uma gorda, parte 1

Faz 24 horas que cheguei e já estou quase fazendo o que o Andre disse ser um perigo: eu querer fazer churrasco da Lua, a cachorrinha maltes da Cristina, minha amiga e sempre companheira de SPA . Estou adorando o lugar, a Isabel que está chegando para dividir o quarto comigo que descobriu. É de bom gosto, cheio de cantinhos Zen, com tatames almofadas e véus- ainda não estreei, fico meio com nojo de dormir e enfiar a cara numa almofada estranha.Tsc....coisas de Luis Augusto que assimilei. Ontem logo depois de guardar bagagem, maior do que a que minha mãe levava pra férias de um mês em Itanhaem com 7 filhos, fui fazer uma aula de Yoga e depois bicicleta. Socorro!!! em 10 minutos eu já estava de lingua de fora. E pensar que eu fazia 12 km em meia hora. Quase não tive coragem de subir para o jantar, não sei se é defeito ou não, mas aqui é uma piambeira só, o que nos obriga a subir muitas escadas. Jantamos e, cama!!!nem liguei meu computador, aliás, vou tirar férias dele, depois dessa maratona de 8 horas na frente de uma tela fiquei com trauma. Hoje ja fiz aula de hidro, bicicleta esteira e 300 calorias. Daqui a pouco, se não cair morta, vou comecar tudo de novo.
beijos

5 de nov. de 2010

Sua gorda!!!!

Hoje a “Folha de São Paulo” dá com destaque na primeira página uma matéria sobre a discriminação aos gordos. Ai, que matéria esquentada! Desde que o mundo é mundo isso acontece, a diferença é que agora os gordos não fazem mais parte de uma minoria como até alguns anos atrás. Hoje a população obesa aumentou, e muito. Nos parques de Orlando é de impressionar. Mas aqui, no meu pequeno círculo, ainda, graças a Deus, somos minoria. Eu sofri muito a minha vida inteira com meu excesso de peso, e, claro, sofri bullying e tudo mais.
Por volta dos 20 anos deixei de ser uma obesuda para ser uma gordota. De lá pra cá a minha briga com a balança, excluindo - socorro!!! - o período de gravidez, sempre por volta de no máximo 6 a 8 kg. Antes de fazer 50 anos fiz um regime para perder esses kg a mais e, mudei de década muito bem para os meus parâmetros. Isso não durou muito, quando eu parei de fumar, em fevereiro, tive a capacidade de engordar 15 kg em 45 dias - fazendo ginástica como uma louca, (acho que eu sou a única gorda que adora salada e ginástica). Eu ia para o club cedinho e ficava até a hora do almoço na sala de musculação. Chegava em casa suadíssima, tomava banho, almoçava e, ai que vontade de fumar. Voltava para o club e ficava até a noitinha correndo na esteira, pedalando, até pular corda eu ensaiei. Claro que eu ficava exausta mas antes de dar a partida no carro já queria um cigarrinho, o jeito era parar no Pão de Açúcar e comprar todas as bobagens possíveis. Eu achava, burramente, que se eu em 12 dias tinha parado com a coisa que meu organismo pedia desesperadamente, emagrecer seria bico, afinal, pelo menos 3 vezes na vida emagreci 30 kg, 15, moleza! Doce e cândida ilusão, moleza que nada, até hoje, passados 8 anos, eu continuo com pelo menos 8 a 10 a mais. Isso até meados da campanha quando eu parei de almoçar, só comia porcarias - o mais razoável que eu comia era uma xícara de café com leite e um sanduíche de queijo quente, numa lanchonete do comitê. Quando, há uns 45 dias, nem tempo para ir lá eu tinha, eram dúzias e dúzias de queijadinhas e/ou biscoito de polvilho. Isso sem contar os alfajores que o meu querido Joel me levava quase todos os dias. Resumo da ópera: parei de me pesar, e estourei todos os limites.Para tentar voltar ao convívio social, amanhã me interno num spa por 20 dias no mínimo. Não vejo a hora.

Mas ainda tem uma coisa que eu quero contar, sofri o tão na moda bullying quando eu era menina que hoje já não ligo tanto. Volta e meia um anônimo posta comentários no meu blog me chamando de senhora obesa, uma vez essa mesma pessoa disse que eu era louca por causa das anfetaminas que tomei na vida, sei lá, pode até ser, mas eu só consegui emagrecer no dia que percebi que a minha gordura vinha do meu DNA, que é meu maior orgulho. Herdei do meu pai esse gene chatinho que judia de sobrinhos e primos mas que faz da gente parecidos com meu pai, não só no tamanho mas também nas qualidades. E não há magreza no mundo que eu troque por essa herança que me trouxe de contrapeso um nariz meio arrebitado, igual ao dele e só dos gordos da família.

22 de out. de 2010

Depois dessa será que eu aguento me aposentar?

Essa campanha, diferente de todas as outras que já trabalhei, encerra uma história que, como diz o Floriano Pesaro, começa logo depois da 2ª guerra. A gente tem que saber a hora de se aposentar, meu fôlego
acabou.  Se eu for fazer um balanço das pessoas que atendi, deve dar uma lista telefônica. Nessa última semana, confesso, já ando meio impaciente. As cartas que escrevo em nome do candidato, mas dizendo que sou eu, adoro, - são de 20 a 30 por dia e eu não escrevo uma igual a outra. O lugar onde fico é muito barulhento, as vozes que não são baixas, ecoam e volta e meia me dá vontade de chorar. Mas essa semana, chorei um choro gostoso. Recebi a visita de um senhor que gostando da resposta que dei, veio me conhecer. Ele tem 91 anos, ereto, bonito, chique e culto, pena que a vista já não é boa. Economista e Advogado tem histórias deliciosas sobre a cidade de São Paulo e de muitas pessoas que eu conheço de nome por terem sido amigos da minha família. Ele me mostrou esta poesia que me emocionou e que ele deixou que eu mostrasse. Vejam se não é linda:



Pagando uma divida de vida.
Devida era uma oração da vida.

ORAÇÃO

Na vida, a cada instante, busco o encanto
Quero rir com liberdade, na tristeza conter meu pranto.

No trabalho, ainda agora busco alegria.
No lazer, ouvindo clássicos, encontro a paz que me sorria.

Reverencio o sol que me traz alento
Cultivo flores em meu pensamento.
                                Com os olhos neblinadoa,aprender e esnsinar é um mandamento.
                                     Dividir o pão,perdoar e ajudar sempre,é um juramento

Quando de repente me procure a morte.
Viajarão comigo meus sonhos, meus amores e minha sorte.

Na grande viajem, o silencio à espreita,
O funil da vida se esvai por vereda estreita.
                                        Aos meus pais que do amor fizeram sublime alimento.
                                            A energia da vida se esvai por vereda estreita

Com minha amada, por setenta anos, fui feliz, toda noite, todo dia.
Ao Creador, reverente, mil graças por mais um dia
                                                                        CARLINO NASTARI







9 de jul. de 2010

9 de Julho

Feriadão do 9 de julho e nós aqui no comitê trabalhando, isto é, “batendo o ponto”, cheguei cedíssimo porque vim de carona com a Luísa e até agora só atendi uma pessoa. Como também trabalho na campanha presidencial, imaginei que as ligações dos diversos estados iam continuar. Como isso não acontece, aproveito para escrever um pouco, ando tão atrapalhada, e com os dias sempre tão iguais que me falta inspiração. Quando chego em casa estou tão cansada que vejo novela e durmo, nem ler mais estou conseguindo. Mas ao vir para cá hoje, pela Avenida 9 de Julho, não pude deixar de lembrar de um desfile para celebrar a Revolução Constitucionalista inesquecível na minha infância,foi assistido na calçada embaixo das escadarias do viaduto Major Quedinho e quem me levou foi meu avô e minha avó. Os dois, entusiastas, e, não sei até que ponto, participantes da revolução, me ensinaram desde muito cedo a amar esta cidade, a ter orgulho da nossa bandeira das treze listras e orgulho e reverência ao sangue derramado por mais de mil jovens soldados que nos ajudaram a devolver o processo democrático e em seguida o Brasil ter uma constituição. Impossível não citar o MMDC, sigla formada pelos nomes dos jovens- Martins, Miragaia,Drausio , Camargo e Alvarenga, que ao serem assassinados deram o estopim para a revolta. Apesar de adorar história, sou uma analfabeta confessa, melhor não me estender mais no assunto sob o perigo de escrever bobagens. Quero só contar mais um 9 de julho inesquecível na minha infância, foi no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, no famoso obelisco no Ibirapuera. Não sei se foi na inauguração, mas me lembro nitidamente de ser apresentada por meu avô Celso ao nosso Príncipes dos Poetas, Guilherme de Almeida que me deu uma rosa vermelha, fiquei, mais do que nunca, “me achando”. Vejam se não tenho razão, ele já era um ídolo - meu pai, minha mãe, minhas tias e tios, todos sabiam de cor suas poesias, epecialmente esta que  eu cresci ouvindo trechos - a  belíssima " Nossa Bandeira".   É com muita saudade,  lembrando deles, que  eu copio  aqui :
NOSSA BANDEIRA
Bandeira da minha terra,
Bandeira das treze listas:
São treze lanças de guerra
Cercando o chão dos paulistas!
Prece alternada, responso
Entre a cor branca e a cor preta:
Velas de Martim Afonso,
Sotaina do Padre Anchieta!
Bandeira de Bandeirantes,
Branca e rôta de tal sorte,
Que entre os rasgões tremulantes,
Mostrou as sombras da morte.
Riscos negros sobre a prata:
São como o rastro sombrio,
Que na água deixara a chata
Das Monções subido o rio.
Página branca-pautada
Por Deus numa hora suprema,
Para que, um dia, uma espada
Sobre ela escrevesse um poema:
Poema do nosso orgulho
(Eu vibro quando me lembro)
Que vai de nove de julho
A vinte e oito de setembro!
Mapa da pátria guerreira
Traçado pela vitória:
Cada lista é uma trincheira;
Cada trincheira é uma glória!
Tiras retas, firmes: quando
O inimigo surge à frente,
São barras de aço guardando
Nossa terra e nossa gente.
São os dois rápidos brilhos
Do trem de ferro que passa:
Faixa negra dos seus trilhos
Faixa branca da fumaça.
Fuligem das oficinas;
Cal que  cidades empoa;
Fumo negro das usinas
Estirado na garoa!
Linhas que avançam; há nelas,
Correndo num mesmo fito,
O impulso das paralelas
Que procuram o infinito.
Desfile de operários;
É o cafezal alinhado;
São filas de voluntários;
São sulcos do nosso arado!
Bandeira que é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista
Que traz, no topo vermelho,
O Coração do Paulista!

 - Guilherme de Almeida

26 de jun. de 2010

Saramago e Santana Filho

Faz tanto tempo que não escrevo e não foi por falta de novidades na minha vida. Socorro!! Que frase mais metida!! Se eu lesse isso de alguém ia pensar-quem falou que há interesse? Então, não vou falar de mim, vou falar de Saramago (hehe relendo, vejo que não consigo deixar minha modéstia aflorar) Tanto se escreveu sobre ele que, eu não vou ser mais metida ainda do que sou, para ousar também. Falo só da minha ignorância e frustração por nunca ter lido nada desse grande escritor. Em janeiro de 1995, depois de um ano marcante na minha vida, a eleição de Fernando Henrique, onde trabalhei por meses e meses ficando com minha leitura super defasada, minha avó teve um AVC. Eu sempre fui ligadíssima a ela e, por morar pertinho, fui muito presente nos seus últimos anos de vida, também pela facilidade de ter um marido e filhos muito solidários. Naqueles dias, ela ficou internada no Hospital Sírio Libanês e era eu que dormia com ela. Fazia um calor insuportável, o quarto era na ala velha, ainda sem ar condicionado, nenhuma de nós conseguia dormir. Numa das noites, levei um livro que meu filho tinha lido na escola, naquele seu último semestre antes do vestibular. Era o Memorial do Convento do Saramago. Ainda vejo a capa do livro, a camisola que eu usava e, com uma saudade imensa, minha avó numa aflição terrível, prenúncio talvez de um Alzheimer que lhe tirou a alegria dos seus últimos anos de vida. É muito triste para mim reviver essas memórias, fico por aqui hoje. Não consegui ler o livro, achei chatíssimo e, por preconceito, nunca mais li nada dele. Vou consertar isso agora, aposto que não vou gostar tanto como gosto das crônicas do Santana Filho http://cronicasereflexoes.wordpress.com/ , leitor do meu blog, que não conheço pessoalmente mas  que me dá a honra elogiar as bobagens que escrevo.


Beijos

17 de jun. de 2010

No atelier de Nonô Capote Valente


Conheço a Nonô Capote Valente faz uns 40 anos, já era amiga da mãe, Thais Vaz e da irmã, Vera. AGuga era muito criança, não me lembro direito. Convivemos bastante lá pelo começo dos anos 1970 e depois, por aí- nos esbarrávamos de vez em quando. Acho que na verdade eu mais sabia da carreira e da vida dela pela Thais que eu encontrava toda hora no clube, do que ter uma convivência constante. Me lembro muitíssimo bem na 2ª Casa Cor que eu trabalhei como voluntária da ASA http://www.asa-santoagostinho.org.br/ , do quarto de bebê feito por ela. Sei até hoje, exatamente como era, foi nele que vi pela primeira vez um tapete kilin indiano, aqueles com desenhos geométricos em tons pastel sobre um fundo branco. Era um quarto lindo e inesquecível como a maioria dos ambientes daquele inicio de Casa Cor,tão diferente de hoje. E assim foi, fui acompanhando a carreira dela pelas revistas de decoração e tendo dela algumas notícias esparsas. Quando meu irmão morreu, no Natal de 2002, muita gente viajava, a Nonô também, mas na missa de 30º dia ela lá estava e eu jamais esquecerei disso. Para falar a verdade, nem sabia que eles se conheciam - ela foi por causa dele, ainda preciso perguntar como foi essa amizade que deve ter sido bacana porque para mim foi marcante vê-la naquela igreja. Há alguns anos atrás, um amigo comum nos causou preocupação e ela me chama no MSN, pede meu telefone e me liga para saber notícias e oferecer solidariedade à família que era muito próxima a mim. Ultimamente vejo a Nonô todo dia no delicioso mundo do Facebook e tive a alegria de saber que ela continua artista. Designer bacanérrima, faz as mais lindas caixas de memórias, quadros, caixinha de cartões, scrapping book digital, álbuns de fotos, gavetas de CDs, lembrancinhas de casamento, de maternidade, de batizado, convites de festas, convites digitais, tudo o que se sonhar em artes ela faz . É só escrever para  nonisdesigner@uol.com.br ,mas antes vejam o blog  nonisdesigner.blogspot.com as fotos que aqui posto não ficaram muito boas, foi só pra dar o gostinho.
Beijos
P.S Sou absolutamnete incapaz de arrumar e alinhar  fotografia, como o Quim, meu administrador de blog está off line, posto assim mesmo.

15 de jun. de 2010

A copa do mundo é nossa!

Essa semana li um artigo primoroso da Maria Rita Kiehl no Estadão falando sobre Copa do Mundo. Pena que ainda não sei linkar aqui para poder dividir com vocês. Ela fala das copas na vida dela, e, como somos da mesmíssima geração, as suas lembranças mais remotas são iguais às minhas. Para mim, quando muito pequena, são um pouco mais difusas, eu morava na fazenda e não me lembro de ninguém parar de trabalhar para escutar o jogo, muito menos meu pai, e, minha mãe, com aquele monte de filhos, acho que nem ligava. A maior lembrança que tenho é de revistas -Cruzeiro e Manchete que eu já lia, ou via figuras, compulsivamente, era uma festa quando meus avós chegavam de São Paulo trazendo as revistas da semana. Quando em 1970 já morando em São Paulo, na alameda Lorena, a copa do mundo começa a ser uma festa, as pessoas se reúnem para assistir os jogos em grupos e quando acabava, o maior buzinasso pelas ruas, especialmente na minha lembrança, na rua augusta. Mas daí eu já era grande, e, de lá pra cá me lembro de todas. Não que eu me empolgasse, infelizmente acho futebol monótono e eu não consigo ficar duas horas vendo uma tv, mas acho bacana essa torcida. Patriotada ou não, pelo menos é um sentimento bacana pelo país. Houve uma época que eu adorava assistir a esses jogos, são as copas dos anos 1980, com meus filhos pequenos, assistindo no clube. A Luísa estudava na escolinha de lá, e, nós as mães (umas 15), até hoje amigas, assistíamos no bar do térreo, ou melhor, sentávamos numa grande mesa, cheia de mochilas casacos e crianças e foi nessa época que aprendi a gostar de cerveja, ai ai. Como era gostoso, que saudade dessa época. Hoje passei por aquele bar e fiquei me lembrando: a gente chegava cedo, almoçávamos lá para guardar mesa e esperar o jogo. Vinte anos depois, a mesma agitação naquele bar, mas não vi nenhuma jovem mãe com crianças pequenas, só os muitos velhinhos e muitos adolescentes. Saí de lá pensando em como as coisas mudam. Hoje todo mundo trabalha fora, pouquíssimas jovens mães podem se dar ao luxo que eu tive de poder acompanhar o tempo todo a infância dos meus filhos, e, ainda poder voltar ao trabalho depois deles grandes. Eu não canso de agradecer a Deus pelo privilégio que foi a minha vida. Não vejo a hora de poder ficar com meus netos para minhas filhas e nora poderem continuar suas carreiras. Se demorarem muito, vou adotar netos, ando meio com inveja das minhas amigas que ficam naquele mesmo parquinho e que provavelmente vão ver o jogo lá.
beijos

10 de jun. de 2010

Pessoas especiais

Um dia delicioso está acabando. Voltei agorinha do cinema. Fui com a Luisa assistir o Sex and the City, as entradas faziam parte do presente que ela me deu de dia das mães, a série completa em dvd. O filme é uma bobagem deliciosa, como não podia deixar de ser o encontro daquelas quatro divertidas amigas. Não vou falar dele porque já se falou à exaustão. É uma ode a moda, ao consumo, e, desta vez, o luxo elevado à décima potencia. Sai do cinema pensando no filme, na gostosa vida das quatro e na minha gostosa vida. Tá certo que eu reclamo, reclamo, sou rabugenta ate não poder mais. Nem sempre, aliás, faz muito tempo que não tenho um dia perfeito como o de hoje. Friozinho na medida, céu azul, uma aula de alongamento dos deuses e um almoço maravilhoso com uma amiga que gosto, mas não convivo. Ela não me surpreendeu, mas a redescobri, e agora não posso mais ficar longe. Uma mulher linda, a idade indefinida, deve ter mais de 40, mas não parece ter um dia alem de 32, chiquérrima, é uma profissional e tanto, empresária daquelas grandonas, que a gente só ouve contar, sabe que existe, mas não chega nem perto. Pois essa mulher, super bem sucedida num trabalho glamurosissimo, ainda encontra tempo para se dedicar, e como, a causas sociais. Não tem medo de enfrentar a pobreza aviltante das ruas (não vi nenhum segurança por perto, aposto que não tem. Já se meteu nos cortiços mais absurdos e tem uma bela passagem pela FEBEM,(ops, fez um belo trabalho lá) sabe como ninguém espalhar carinho para quem precisa, especialmente crianças. Ah, ela tem uma família linda de capotar, a filha de 17 anos já e tão bonita quanto ela. Então eu me pergunto: uma pessoa assim com uma vida que deve ser corrida,- negócios, trabalho, casa, beauté, dão um trabalhao, ela não podia simplesmente deixar para o poder publico a tarefa de cuidar dos que nada tem? Impostos, ela já paga, e, altíssimos. Mas ela faz mais, muito mais. E, não é só ela, por sorte e segurança nossa, ainda existem pessoas que fazem mais, muito mais do que a obrigação, nos livrando da violência que a miséria e as drogas geram, deixando que a gente ainda possa poder almoçar num restaurante bacana na rua Joaquim Antunes e ir ao cinema. Me despedi com a certeza de que pessoas assim fazem desta nossa vidinha tão curta e boba, ser uma vida especial. Sou super, mega privilegiada por te-la perto de mim.

7 de jun. de 2010

Avenida símbolo da cidade

Não sei porque a Paulista é chamada de avenida símbolo de São Paulo. Eu moro pertinho dela, mas nunca vou lá, nem de carro. Hoje comecei andar de novo, parece que minha hérnia tá quietinha. Ao invés de ir andar no clube, pista ou esteira, onde eu certamente pareceria uma tartaruga, resolvi andar sozinha pelo bairro, ainda devagar, até pegar no tranco. Como eu ouvi dizer que abriram uma loja Renner na avenida, resolvi ir por ela, além de plana, eu ia fazer um reconhecimento do bairro. Preciso trocar a bateria do meu relógio e não faço a mínima idéia de onde tem, que saudades do centro da cidade! Lá era só por o pé no calçadão que eu achava tudo que precisava. Que lugar mais sem graça que os bancos e grandes corporações inventaram de ir quando lá pelos anos 1970, abandonaram o centro. Gente mais sem imaginação, credo! Uma avenida larga, árida com muitos prédios bacanas, mas a maioria, muito feios, as fachadas sem graça, e pra piorar, com essa droga de lei da Cidade Limpa, uma senhorinha cega como eu, não enxerga as placas do outro lado da rua, resumo da ópera, passei batido pela loja que, diga-se é enorme, mas sem o charme do shopping Light. Ah! e tem mais, para atravessar tem que ser na faixa e é longe uma da outra. Não arrumei um relojoeiro nem um sapateiro nem uma costureira, lá só tem farmácias e muambas, lojas de serviços que eu procurava, necas. Daí fiquei pensando, - acho que eu sou mesmo uma mulher muuito barata. Não acho a menor graça na Avenida Paulista nem na Oscar Freire, (só do café da Cristallo) gosto mesmo é da Rua de São Bento, ela sim tem a cara da cidade, adoro quando estou no largo do Café enxergar a torre do Mosteiro lá no fundo, e quando olho pra traz, vejo a igreja de São Francisco com a Faculdade de Direito. Dois extremos maravilhosos! Se eu pudesse faria dela a rua símbolo de São Paulo e deixava a Paulista só para grandes eventos, tipo a parada que teve ontem. Mudando um pouquinho só de assunto, li ontem, acho que na nova revista da Folha, uma entrevista com o Paulo Borges, cara chiquérrimo, antenadíssimo e que sabe das coisas, falando que o bairro da Vila Olímpia é horroroso com os prédios corporativos sem personalidade. Preciso fazer um reconhecimento, afinal, nos últimos anos só andei pela Barra Funda, Bom Retiro, Luz, Pari, Glicério, Santa Cecilia e por alí perto, bairros que indiscutivelmente tem prédios e casas belíssimas mas absurdamente abandoadas e deteriorados. Uma pena.

1 de jun. de 2010

Meus atletas

Cheguei cedo para a aula de alongamento e, enquanto esperava a hora, vi os pequenininhos da ginástica olímpica da sala ao lado saindo. Fiquei ali pensando nos meus filhos que também passaram por aquela sala, com o mesmo tio Rubinho. Senti uma sensação gostosa de dever cumprido. Meus filhos foram obrigados a fazer ginástica. Não existia aqui em casa a opção " não quero" " não gosto", tinham que ir e pronto. Me lembro tão bem da Mara me contando uma conversa da Isabel com a Bia, uma dizia que ia obrigada porque precisava engordar, a outra, para emagrecer, "vai entender nossas mães." Além da ginástica olímpica eles faziam natação e essa era a maior obrigação. Sem choro nem vela, sem piscina aquecida que naqueles anos 1980 ainda não tinha e sem vestiário perto. Tenho nítida ainda a imagem do André, magro, esquálido, com um roupão azul marinho, tremendo, atravessando a piscina social para chegar no vestiário geral. Ele nunca ficou resfriado. A Isabel tinha um roupão branco debruado de azul claro, reclamava até não poder mais, conversava durante o treino, mas obedeceu e nadou até entrar para a faculdade. Estou me lembrando agora que eu dizia que enquanto eles morassem na minha casa, eram obrigados a nadar. No caso do André era ordem médica, ele era tão magrinho e pequenininho que a natação era remédio para crescer. Eles nadavam todos os dias, das oito até 10 e meia, um treino bem puxado, não sobrava tempo para aulas de inglês, mas eu achava, e, não me arrependo, que línguas se aprende em qualquer época, crescer e espichar tem um tempo certo. E eu tive razão, hoje eles são fluentes em inglês e francês. A Luísa fez o mesmo caminho, só que não obrigada, ela sempre adorou o tio Rubinho e mais ainda, as aulas de natação. Nadou até começar a trabalhar, o treino dela foi o mais puxado, eram 4 horas por dia. Não sei direito, mas acho que nadavam 6 mil metros. Adolescente, ela foi da equipe de masters tendo aulas com o Macarrão e o Newton, de quem era a queridinha. Viajou bastante para as travessias em mar aberto ou em rios. Quantas vezes ela não precisou chegar no clube noite fechada para pegar o ônibus , viajar, nadar e voltar. Era uma delícia essa convivência entre adolescentes e adultos, foi muito bom para a sua formação. E, por falar em formação, preciso dizer que devo às professoras, Bia e Denise, duas queridas "megeras" como eu as chamava, o sucesso profissional e correção de caráter dos meus filhos. Quando cada um entrava para uma boa faculdade,eu ia agradecer a elas a ajuda que me deram na educação deles. Tenho certeza absoluta que os seus caminhos  se tornaram mais fáceis  pela disciplina imposta pela natação. Bia e Denise são até hoje queridas amigas e adoradas pelos meus filhos que se divertem ao imitar o jeito delas. Tenho certeza de que meus netos também vão ser nadadores, e, tomara que seja logo.

29 de mai. de 2010

felicidade é.....

Existem coisas na vida que são "felicidade suprema". Algumas muito óbvias, outras sutis, mas indiscutivelmente são aqueles momentos que dão sabor à vida e fazem dela uma grande festa com muitos momentos ruins e tristes, porque felicidade suprema todos os dias da vida ia ser meio monótono. Deus sabe temperar isso muito bem e na minha vida só posso agradecer por ter confiado. Uma coisa que sempre foi motivo da maior felicidade do mundo a foi apagar a luz antes de dormir sabendo que meus filhos adolescentes já estavam na cama em segurança. Outro, foi apagara luz e saber que eles não estavam na segurança da minha casa porque são queridos, tem muitos amigos e estão numa balada, e não fazia idéia de que horas iriam voltar. Quer dizer, uma idéia eu sempre fiz, porque eles sempre me avisaram se iam chegar tarde ou não. Ái deles se não fizessem isso. Me lembrei disso porque hoje eu tive um desses momentos inesquecíveis na minha vida. Ok, eu confesso! Sou a maior vira lata do mundo!!! Mas, meu marido chega com um copo de um azul lindo e familiar com umas bolinhas de chocolate para eu experimentar. Ai ai, essas bolinhas são Bis numa nova e infinitamente melhor, versão. Não preciso dizer que entrei em estado de alpha, beta, gama e delta onde me encontro até agora ainda sentindo o gosto das 150 gramas que são iguais a 700 calorias que eu devorei em menos de 5 minutos. Socorro! antes que vocês pensem, admito: preciso dar um up urgente nos meus momentos de felicidade suprema. Sei não, mas no momento não há nada que eu queira mais do que um copo de Mini Bis.


Beijos

25 de mai. de 2010

Raquel de Queiroz não pintava os cabelos

Há muitos anos atrás, li uma crônica memorável da Raquel de Queiroz, no Estadão. Era sobre cabelos brancos e pintados. Procurei bastante no Google para reler, mas não consegui achar. Não tem importância, depois eu procuro com calma, mas posso contar aqui que ela dizia que não pintava os cabelos porque um fio de cabelo é único, da raiz até a ponta tem nem sei quantos mil tons. É o que faz de um cabelo sem tintura, ter um brilho único, impossível de ser conseguido nem com a melhor tinta, luzes, mechas ou cremes do mundo. Enquanto minha cara era lisinha, resisti ao máximo, dizia que cabelos brancos eram pra quem tem atitude e, melhor um cabelo branco, do que um cabelo de cor chapada e, que se a Raquel de Queiroz não pintava, eu também não. Muito metida, querendo me comparar, lógico que escutei falarem que ela, - podia! Eu não dava bola e os anos foram passando, fui branqueando e minhas amigas me atazanando. Tanto me amolaram que um dia resolvi, - cortei uma mecha bem grande e levei para a Marlene, que até então, só cortava meu cabelo. Falei que se ela não acertasse a cor, ia apanhar. A danada acertou, ficou bárbaro, sai me achando uma mocinha. Esse primeiro tonalizante durou uns dois meses, dai em diante é que começa o martírio. Nunca mais a cor ficou igual, porque nunca mais o meu cabelo foi da cor original. Tinha sempre, por mais desbotado que estivesse, um resto de tinta, e, cor em cima de cor, nunca é a mesma coisa. Mas, já que comecei, fazer o quê? Melhor continuar. Daí, eu fui trabalhar do outro lado da cidade e parei de ir à Marlene. O cabeleireiro onde ela trabalha fecha às seis horas, impossível pra quem vem de longe e morre de preguiça da muvuca do sábado. Tentei outros lugares, alguns muito caros e, querem saber? Mesma coisa. Hoje de manhã, conversando com uma amiga, decidi. Vou lá mesmo. Se não ficar bom, não tem importância, eu não saio de casa, e, se for para a minha satisfação pessoal, tanto faz, eu não enxergo mesmo. Fui, ela é uma fera. Tingiu, fez as luzes só na raiz, bem em cima das antigas. Fiquei com um cabelo artificial como não poderia deixar de ser, mas não chapado. Resumo da ópera, saí de lá super satisfeita, tanto que vou tirar uma fotografia nova para o perfil do meu blog. Essa é muito antiga, do tempo das primeiras tintas.

Beijos

24 de mai. de 2010

Transcrevendo "Amigos e quitutes"

Ontem à noite quando me sentei para escrever alguma coisa, fui surpreendida por dois comentários maldosos. Aliás, não me surpreendi muito, eu já esperava por isso. Ao habilitar meu blog tirei a cláusula que deixava os comentários sob minha aprovação. Acho que quem se expõe fica sujeito a tudo, e eu, que sou segundo a Carminha over, e, exagerada pelo Paulinho, não passaria batido por isso. Em todos os blogs que leio, feito por meninas maravilhosas, sempre leio uma maldadezinha aqui ou ali. O engraçado é que esses comentários, sempre anônimos, vão para o lado mais vulgar, mais fácil, mais infantilóide- você é feia, gorda, tem cabelo ruim e por aí vai. Até a linda Vic Ceridonio http://www.diadebeute.com/que tem um blog delicioso, já foi atacada nesse nível: você é feia e tem cabelo ruim. Ela respondeu num texto impecável e sensível que eu assinaria embaixo, não fossem as agressões feitas a mim verdadeiras. Quer dizer, mais ou menos, não estiquei minha cara com plásticas (está esticada pelas banhas) e agora já passei da idade pra fazer isso Fui dormir meio chateada por saber de onde partiu a agressão, mas não arrasada, nem ia responder. Acho que quem me lê não merece se envolver em baixarias. Mas hoje, a Dominique, queridíssima e fantástica amiga de uma vida toda, replica o comentário. Também a So, apresentada ao blog pela Bel Gomes, e que já é uma pessoa especial na minha vida, além da Gogó, minha irmã. Fiquei pensando se escreveria ou não sobre o assunto, quando recebo a newsletter da Ivana http://doidivana.wordpress.com/que transcreve na crônica de hoje um artigo publicado na Folha de São Paulo quando ela era colunista da Revista de Domingo. Não pisquei nem pedi licença, transcrevo aqui. Foi um presente que só posso atribuir a uma força maior e uma resposta  que os que me lêem merece:

"Como eu ia dizendo, a delícia da amizade é que ela é gratuita, inexplicável e aleatória. Quantas vezes, na rua, eu bato o olho em alguém e penso: só não somos amigos (ou amigas) porque ainda não marcamos hora e lugar.

Por outro lado, têm aqueles que fazem de tudo pra privar da nossa amizade e a coisa não engrena.
E aqueles que abusam da nossa boa vontade, vivem dando mancada, e mesmo assim não saem da lista dos mais queridos?
Na infância e adolescência, os amigos são tudo na nossa vida. Enfrentamos o mundo para defendê-los. Mas aí começam as paqueras, os namoros e eles vão ficando em segundo plano. Depois vem o casamento e, para evitar complicações, os amigos de um são os amigos do outro. Até que chega a hora da separação e a terrível tarefa de dividir os amigos. Esse é meu. Não, é meu.
Parece que só depois que a vida sossega, temos serenidade para degustar uma boa amizade com o requinte que ela merece.
Uma coisa bacana que eu aprendi bem tarde é ser amiga de mulher. Confesso que tinha sérias restrições a respeito. Mas de uns tempos pra cá, foi me dando uma paixão por certas mulheres incríveis e seus caprichos maravilhosos que eu vi o tempo que eu perdi achando que amizade de mulher era isso, aquilo...
Aliás, quer coisa melhor do que amizade sem sexo? Ela existe, sim senhor. Mas esse néctar não é pra qualquer um. É preciso comer muito feijão pra chegar lá. Antes dos 40, somos altamente inflamáveis, tem muita combustão no ar e isso atrapalha a amizade. É uma hipótese.
Por falar em hipóteses, uma vez eu ouvi uma tão bonita sobre essas tais sintonias inexplicáveis que não canso de repeti-la: Deus, quando fez as pessoas, as fez em fornadas. Os que são da mesma fornada se reconhecem."



20 de mai. de 2010

O que não pode me faltar.

Quando o governo Collor nos confiscou a poupança, todo mundo entrou em pane. Acho que só eu que não, nem liguei. Primeiro porque era ( ?) totalmente alienada, nunca tive a mais pálida idéia do quanto meu marido ganhava nem o quanto gastávamos, só sei que sempre foi o mínimo possível, afinal, somos dois pão duros. O segundo, foi por causa do clube. Eu dizia em março de 1990 e, repito hoje: podem me tirar tudo na vida, menos o meu clube. Eu que passei minha vida adulta quase que toda lá, batendo ponto todas as manhãs com as crianças, desde que comecei a trabalhar na prefeitura, parei de ir. Ia só à noitinha para a hidroginástica e aos domingos para almoçar. Conheci muita gente nova. Foi bacana, mas eu morria de saudade da luminosidade das manhãs, das minhas amigas, das conhecidas, dos empregados, dos guardas da rua, de tudo. Quando parei de trabalhar, pra não cair numa depressão maior do que já estava, pensei - ainda bem que tenho o clube, é hora de voltar. E voltei por dois maravilhosos dias. Apesar de ser na primeira semana de janeiro e muita gente estar viajando, me fizeram muita festa, foi uma delícia e uma levantada de astral das melhores. Durou esse pouquinho porque me meti que nem louca na academia e, a minha coluna que é uma caca, berrou. Uma das três vértebras estropiadas reclamou, inflamou e me pôs praticamente de cama desde o dia 8 de janeiro. Como eu aceitei um ultimato para voltar, e resolvi que vou sarar na marra, hoje fui para a aula de alongamento. Que festa! que delícia! Nem sei dizer quanta gente eu encontrei, só sei que demorei pra conseguir sair de lá e, quando saí, estava em alpha. Como eu sou sortuda de ter tantos amigos e amar tanto cada um deles do jeito que eu amo. Isso me faz pensar no quanto eu fui abençoada, acho que nunca meus amigos vão saber o quanto eles são amados porque é tão grande o que eu sinto e é tão difícil de explicar. Viram porque que eu não posso ficar sem meu clube? Só sei que agora estou pensando numa coisa - preciso voltar a trabalhar, por vários motivos, um deles é por causa daquela bobagem chamada dinheiro. Quem sabe não arrumo um emprego lá? Poderia fazer várias coisas, mas o que eu mais vou gostar, é de ser porteira na garagem.


beijos

19 de mai. de 2010

Testemunha ocular da história.

Duvido que haja alguém da minha geração que não se lembre do famoso Repórter Esso com o jornalista Kalil Filho e  seu  inesquecível bordão: testemunha ocular da história.Hoje me senti assim. Depois de um   novo  ataque de bicho carpinteiro, ou será carpideiro? Na dúvida, melhor sirucutico. Sem piscar, muito menos pensar, me mandei para o comitê do PSDB para oferecer meus préstimos. Depois fico brava quando me chamam de louca, hehe. Foi muito bom encontrar tantos amigos que apesar da saudade e bem querer, não tenho mais visto. Saí de lá pensando e, de novo, agradecendo a Deus pela minha sorte. Sorte de ter visto de perto e talvez até participado dos grandes acontecimentos do século passado, de ter conhecido e convivido com grandes líderes que escreveram a nossa história e principalmente e especialmente, sorte grande de ser muito próxima do querido José Gregori. A biografia dele é conhecida, o que talvez não se saiba é do tamanho do meu afeto por ele. Tivemos muitas e muitas histórias. Acabo de me lembrar que uma vez, na campanha do parlamentarismo, estávamos em Campinas, ele e o coordenador, que também me honra com a amizade, e,meio desanimados com os rumos que a campanha tomava, andando meio borocochôs por uma rua, ele no meio de nós, nos abraça e fala: "De uma coisa eu tenho certeza, quando a gente morrer, São Pedro vai nos olhar e falar que uma coisa não  faltou a este trio: boa vontade!". Essa eleicao, perdemos, mas veio 1994 com uma vitória tão linda que jamais poderei esquecer. O presidente Fernando Henrique o leva para Brasília, primeiro na comissão de Direitos Humanos, Ministério da Justiça e depois embaixada do Brasil em Portugal. Foram anos de muita proximidade, eu brincava dizendo ser o elo de ligação das lideranças com as bases. Outra qualidade marcante dele  foi nunca perder o pé da realidade. Nunca se fechou em gabinetes, sempre queria saber da gente, os sem poder nenhum,mas que são a base do partido. De volta a São Paulo ele assume a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, e, agora  novamente está na campanha. Que bom que eu também. Vou poder ver o meu querido toda hora, tenho sorte ou não tenho?
Essa foto saiu na primeira página do Jornal do Brasil, faz uns 10 anos, levei a maior bronca dele por sair rindo, era um momento muito triste e sério, mas  pensem comigo, aquele batalhão de fotógrafos. Socorro!Fiquei nerbiosa e ri. Como dá pra  perceber, além de sortuda, sou é muito metida.  
Beijos 




                             
                                                                                         

18 de mai. de 2010

Mudando de hábito

Eu sou ótima conselheira, pena que é da boca pra fora. Sei tudo sobre alimentação, o valor calórico de cada alimento e as melhores combinações. Pensam que eu aplico em mim? Necas . Sempre falei que sou uma gorda fora de padrão, adoro ginástica e salada, mas nem sempre foi assim. Até meados dos anos 80, não fazia a menor idéia de como se fazia uma abdominal e a sala de musculação do meu club , eu chamava de sala de tortura do DOPS. O apelido pegou até o dia que a Mariangela me obrigou a ir com ela até a porta pra terminar um assunto. Entrei e nunca mais saí de lá. Foram mais de 20 anos, diáriamente ,naquela sala. Fazia muita ginastica com peso, e, especialmente,com a língua: como era bom conversar entre cada exercício! Que tempo gostoso! eu era feliz e sabia, tinha certeza absoluta. Tanto, que quando eu morrer, minhas cinzas vão ser jogadas lá, naquele velho clube. Há 8 anos atrás, quando parei de fumar e engordei 15 quilos, ganhei também uma hérnia de disco muito chatinha, Parei um pouco a musculação e,aos poucos ,mudei de vez pra hidroginástica, que os muito maldosos e sem imaginação chamam de canja. Fiz novas amiguinhas - uma delícia também, a gente se exercitava e fazia terapia em grupo.Uma das alunas é professora da Psicologia da USP e tem um papo ótimo, fofocavamos muito. Fiquei nessa aula por quase 5 anos. No ano passado, precisei parar para ajudar uma mudança de casa .Logo em seguida meu marido teve enfarte e  fui exonerada da prefeitura. Resumo da ópera: fiquei uma velha doente de novo. Me habituei a ficar em casa,com dor. Eu, que sempre falei que para se criar um hábito, é preciso 40 dias. No começo você precisa se forçar um pouco, depois entra no automático e não se consegue parar. Foi assim tudo na minha vida, musculação, hidroginástica e ficar numa cama com depressão e dor na hérnia. Ontem, saindo de uma missa de 7º dia, passei no clube e levei um ultimato da Carminha : Comece devagar, obrigue-se a vir aqui todos os dias, nem que seja só para conversar e aproveitar a sala para um alongamento, ou melhor,- venha para a aula de alongamento amanhã às 11 horas e experimente. Eu fui, experimentei, doeu pra burro, mas saí de lá tão animada,que já paguei a matrícula e o primeiro mês. Ótimo estímulo para continuar, já está pago, a pão dura não vai desperdiçar. Ah! Além de umas queridas amigas que lá encontrei, já conheci mais duas pessoas super legais, trocamos figurinhas e nos encontraremos de novo na quinta feira, mesma Bat hora, mesmo Bat local.


beijos

13 de mai. de 2010

Páginas viradas mas não descartadas do meu folhetim

Eu já perdi tanta gente querida que acho que conheço mais gente pro lado de lá do que de cá. Acabei criando uma casca e tenho da morte uma visão um pouco dura. Sempre digo que morrer, além de ser um mal inevitável é apenas uma questão de tempo e que é bom morrer porque é sinal de que se nasceu e viveu. Tenho, no entanto, uma enorme dificuldade em me despedir de hábitos, lugares e situações.

Durante quase cinco anos trabalhei na Subprefeitura da Sé, ela continua lá, muitos amigos que fiz também continuam, posso ir à hora que quiser. Essa semana tinha combinado de almoçar com meu ex “companheiro de repartição” mas não consegui. Depois de cinco anos de convivência diária, nem sempre fácil, mas sempre carregada de admiração e afeto, agora o Paulinho deixa a sub. Um almoço, sabendo que era o último naquele lugar, ia doer, não tive coragem e dei o cano. Sinto que hoje uma etapa da minha vida acabou, qualquer dia eu conto como foram esses anos, das minhas brigas com o Paulinho, e da nossa paixão pela cidade. Hoje vou mostrar um pouquinho dele nesse e-mail que acabo de receber, vejam se eu não tenho razão, é um ranzinza muito querido:

Depois de cinco anos trabalhando na assessoria de gabinete da Subprefeitura da Sé parto para um novo desafio junto à Secretaria de Cultura do Estado. Saibam que levarei junto dos meus pertences o apoio, carinho e respeito com que me trataram durante esses anos que me reforçaram ainda mais o valor da amizade, a compaixão e o amor ao próximo. Sinto-me um pouco frustrado por não termos atingido o ideal pretendido mas a parceria na luta por sua busca valeu por todos os esforços pois neles estavam inseridos o respeito pela cidadania e civilidade. Agradeço muito a todos e a Deus por ter nos colocado nesta missão e peço que Ele continue sempre iluminando nossos caminhos. Muito obrigado. Abração.
Deixo com vocês um pouco da sabedoria do grande escritor português Fernando Pessoa:
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.É o tempo da travessia e,se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

O Paulinho,  chiquérrimo como é,  aposto que vai fazer uma revolução nesse novo guarda roupa.
Almoçamos na Sala São Paulo semana que vem?
Na hora de sempre?
 Estou passando pra pegar a Egle.
beijo

11 de mai. de 2010

Tão fácil complicar....

Eu nasci uma virginiana maníaca e chata. Com o passar dos anos essa característica se acentuou, ando cada dia que passa, mais ranzinza. Mas vejam se é uma implicância boba: a nossa língua portuguesa, não é super rica? Acho até que temos palavras que não existem em outras, saudade não é uma delas? Então, por que inventar mais palavras, mais figuras de linguagem? Porque não usar os adjetivos, verbos, substantivos, pronomes, advérbios, no lugar certo? Ou pelo menos, tentar? Eu juro que tento, e me irrito solenemente todas as vezes, e são muitas, quando leio em revistas de decoração, agora, até na melhor de todas, a Casa Vogue, usando termos assim: a cadeira conversa com o quadro. Grrrrrrr conversa como, cara pálida? Ou então - a decoração remete a.......Remete? humm acho até pornográfica essa falta de imaginação, qualquer coisa agora, remete. E brincar? - as cores brincam com o imaginário....Então tá!  E  o infame  "jogar" que saiu da decoração para o mundo?: você joga um xale no sofá, você joga um tapete, você joga um quadro, um colar, uma echarpe, uma bolsa. Oras, a gente não joga nada, a gente põe, também não coloca, apenas e simplesmente põe, nada difícil, nada empolado. Ah! já ia me esquecendo da mania dos jornalistas de escrever em inglês, a revista Vogue, que adoro, eu não entendo nada , preciso de um tradutor, metade ou mais de um parágrafo vem com frases em inglês. Tenho certeza, e aposto meus 10 dedos que aqui teclam, que essa gente escreve assim porque não sabe o português, mania de Must have, wish list  e por aí vai, coisa mais esnobe e boba. E tem mais, quem escreve assim chama creme batido ou chantilly de chantilí, é mole?

Outra coisa que me irrita é esposa e esposo. A troco de quê? Quando eu aprendi a escrever lá pela segunda metade do século passado, só se falava marido e mulher Acho que a primeira vez que ouvi esse danado de esposa foi lá pelos anos 1970, antes disso, nunquinha. Eu não sei em outros credos, mas na Igreja Católica, se fala marido e mulher. O Código Civil que foi revisado por ninguém menos do que Rui Barbosa, também fala  esposa. Pra que simplificar se a gente pode complicar?

Estou muito azeda hoje, melhor parar de escrever e deixar para outro dia o irritantemente mal usado “de”. Uma vez um dos meus filhos, pequenos ainda, falou alguma coisa assim : “de sexta” vai ter prova de... Eu perdi a paciência e berrei: Nesta casa fica proibido de hoje em diante falar DE . A Isabel vira pra mim e fala: Você acabou de falar de hoje em diante.

Desisto? Por hoje, sim.

beijos
P.S. Precisei fazer uma correção, escrevi errado o jeito que algumas pessoas falam chantilly. Acho que a correção deveria ser feita só aqui  no PS, como não sei direito como funcionam as regras da blogosfera,  corrigi lá em cima também.

6 de mai. de 2010

Barbie - um amor antigo

As minhas filhas, Isabel e Luísa, sempre adoraram brincar com bonecas, especialmente com as Barbies . Elas chegaram a ter tantas bonecas que tenho até vergonha de contar quantas. Quando fomos para a Disney, uma amiga me ensinou um depósito de brinquedos num subúrbio de Miami que era o paraíso dos brinquedos baratos, tinha acabado de inaugurar, era a hoje gigante,
Toys R us. Elas piraram, e eu também, as bonecas que aqui custavam uma fortuna por serem todas importadas, lá ,além de um preço justo, tinham as ofertas- bonecas de até 2 ou 3 dólares. E as roupas e adereços? de capotar! O que hoje é comum aqui, na época era um sonho. Compramos tantas bonecas que elas não queriam mais sair do hotel,eu quase não conheci a cidade. A paixão delas durou tantos anos, a Luísa foi a última pré adolescente a brincar com bonecas, herdando das amigas algumas Barbies . Me lembro como se fosse hoje, no corredor do meu quarto, com uma echarpe minha de passadeira, o casamento da Barbie e Ken com a "igreja" lotada. Pena não ter fotografado, . Quando a Lu cresceu, deu para a prima Patrícia a coleção de bonecas, mas logo se arrependeu, pediu de volta, ela que sempre foi muito desprendida, dando com prazer os brinquedos velhos quando ganhava novos.

Vendo essas imagens  da artista plástica francesa Jocelyne Grivaud  , não deixem de ver o imperdível site, isso aqui é só uma amostra, tem muito mais, não pude deixar de me lembrar disso tudo, e, mais ainda, da primeira vez que vi e me apaixonei pela boneca. Foi em Mogi Mirim, no meu primeiro ano de escola, uma amiga alemã, Pupy, tinha uma delas, numa maleta de couro marrom. Que paixão, que sonho, que inveja! Ainda bem que tenho essas imagens muito nítidas na minha memória afetiva, são essas lembranças bem vividas que fazem a vida da gente ter valido muito a pena.

3 de mai. de 2010

Chorona, eu?

Eu ando muito chorona ultimamente, acho que é aquela coisinha meio chata que dá nome ao meu blog. Acabo de chegar do cinema, viva o meu club! que está passando este mês os filmes indicados ao Oscar, tenho ido com freqüência e é sempre uma festa entrar naquele lugar onde só tem gente querida. Hoje o filme era o Invictus, sobre os primeiros meses do Nelson Mandela presidente, unificando o país através do rugby, acho que a paixão nacional deles. Não vou falar do filme porque não sou entendida no assunto, mas chorei no final. Que líder! Que carisma! Melhor que o meu rei Roberto Carlos e que estadista!! Quase tão bom quanto o Fernando Henrique. Mas eu falava dos meus choros, ai como mudo de assunto.- Ontem não chorei, mas fiquei super emocionada com uma menina turca, que mora em Istambul, viciada em polyvore, como eu. Ela entrou no meu perfil lá e viu que eu tinha um blog, veio até aqui e deixou um comentário. Não é pra ficar "mi achando" e também chorar de emoção? É muito engraçado como no Polyvore , a maioria das pessoas, especialmente as de maior bom gosto e mais antenadas com as últimas novidades da moda são do leste europeu. Ontem, quando abro meu blog e vejo uma mensagem vinda do outro lado do mundo, fiquei me defendendo assim : oras, também a Turquia é logo ali, está a um click do meu mouse e afinal, depois de ler o livro Istambul, do premio Nobel Orhan Pamuk há uns 2 ou 3 anos atrás, fiquei tão fascinada por aquela cidade, pelo Bósforo, pela civilização bizantina e otomana que virou mexeu eu tou passeando por lá pelo Google Earth. Demorou um pouco pra cair a ficha e eu chorar. Mas não deu tempo, estava saindo para buscar junto com a Regina e Norma, a Celia Maluf, nossa colega de Assunção que mora nos estados Unidos e que eu não via há 40 anos. Qua – ren – ta !!!! É mole? Não é mole não! e a emoção foi tão grande que hoje não vou poder falar sobre isso, vou esperar a foto tiramos para mostrar aqui o tamanho da minha emoção
xoxo

30 de abr. de 2010

No atelier de Gogó e Pimpa


Todo blog que se preze, os “mulherzinha”, fique bem claro, tem uma sessão de serviços. Eu que adoro fuçar a cidade e a internet, sempre tenho boas dicas, mas existe tanta gente bacana escrevendo sobre isso que nem vou tentar entrar nessa seara. O que eu vou fazer é mostrar o trabalho, as artes, as coisas bacanas que os meus amigos fazem. Começo mostrando o trabalho das minhas irmãs, Gogó e Pimpa. Como elas ainda não tem site (faz uns 5 anos que escuto dizer que já já vai ficar pronto) e estão de mudança de atelier, estou sem alguns dados, tipo, onde foi que a Pimpa estudou - sei que foi em Bruxelas, numa escola bacanérrima que a Lelli Bragança indicou. A Gogó não fez curso nenhum de desenho, ela é advogada, começou a trabalhar com pintura quando a Lelli se hospedou na casa da minha mãe para fazer um trabalho em São Paulo e ela estava em férias, como já era cobra em desenho sem nunca ter sido profissional, acompanhando e ajudando a amiga, pegou jeito pro negócio, o Sig Bergamin gostou do trabalho e daí por diante ela deixou de ser uma ilustre causídica para ser pintora de paredes. A Pimpa entrou em seguida,mas primeiro passou um tempo na Bélgica estudando. Não sei quanto tempo faz que elas pintam, deve estar beirando uns vinte, dada a velhice que nos acomete. Eu roubei essas fotos do Facebook delas, espero que vocês gostem.

Ha! esse trabalhoque elas fazem se chama tromp l´oeil que quer dizer alguma coisa como enganar a vista.
Nessas fotos que eu acabei de aprender a colocar no post mas ainda não sei como fazer  pra centralizar, é tudo pintura, a estante o bar, as garrafas, os quadros, tudo  de mentira, esse cachorrinhos também, o rodapé da parede onde foram pintados passa no meio do focinho do cachorrinho cinza. legal, né?
beijos

29 de abr. de 2010

Cadê o meu direito de consumidora?

Acho que todo mundo sabe que eu sou a maior pão dura do mundo. Odeio pagar juros, mesmo que sejam centavos. Com o celular, também sou a maior regulona. Fiz final do ano passado um plano de 100 minutos que me dá de graça os torpedos que quase não uso porque não enxergo e porque meu dedo é muito grande para a tecla. Os finais de semana e depois das 20 hs ,também sem pagar. Lógico que eu uso muito mais o que é grátis. Me vingo da Vivo, falo um tempão quando não pago. Como estou sem trabalhar e fico em casa o dia inteiro, esse celular que eu nunca sei aonde está porque nem a minha cabeça eu sei onde fica, é raramente usado. A conta depois de um estresse no primeiro mês, tem vindo certa, nunca ultrapassei os minutos e, vivia feliz e contente com a operadora. Imaginem que ontem chega a minha conta- quase desfaleci, horas e horas cobradas. Hoje me enchi de coragem e, por uma hora e 25 minutos, falei com a Vivo que tirou esse erro. Meno male, né? Quando a mocinha me dá o valor, vejo que os minutos que eu ainda teria que pagar, estavam dentro do plano. Para ela estornar, eu teria que esperar mais ou menos o mesmo tempo. Desisti, mas tou com essa coisa entalada, imaginem que: se cai a ligação enquanto você espera que consultem e resolvam seu problema, a ligação primeira é perdida. O consumidor perde um tempo enorme e a operadora também, se quando a primeira ligação caiu, o processo tivesse sido salvo com um protocolo ou nome do atendente, a Vivo também teria economizado uma hora e 25 minutos do seu tempo.

Desabafo feito, e não por acaso, estou saindo para o lançamento da segunda edição do livro, Planos de Saúde: a ótica da proteção do consumidor, da minha prima que me enche de orgulho e que cita meu nome nos agradecimentos, Maria Stella Gregori, professora fera de direito do consumidor. Ela que vai me dizer se vale a pena ou não eu brigar mais um pouco com a Vivo.

Hoje tou chata, né? Mas ser dona de um blog também tem essa vantagem, você escreve e desabafa.

beijos

28 de abr. de 2010

so me arrependo das coisas que fiz.

Ontem a tarde conversando e dando maus conselhos pra minha sobrinha Julia, disse que eu soh me arrependia das coisas que fiz. Ela riu achando que eu tinha errado a frase. Logo eu que odeio frases feitas. Me expliquei dizendo que fiz tantas bobagens na vida, nao vou aqui falar quais foram porque uma coisa que eu me esforco para nao sentir, eh culpa. Acho que a gente faz aquilo que aguenta, entao, as coisas que nao fiz, foi porque eu na verdade nao queria fazer. Ainda bem que tem coisas que ainda dah pra corrigir. Mas o mais engracado foi que enquanto eu tentava arrumar meu computador que anda com um fio fora do lugar e comecar a escrever, recebo um aviso que a minha "idala", a escritora Ivana Arruda Leite tinha acabado de postar no imperdivel www.doidivana.wordpress.com
uma cronica chamada Madalena Arrependida, uau!! escrevi na mesma hora pra ela ( faz uns 15 minutos), ainda nao tive resposta, mas como sofro de siricutico, nao vou esperar porque tenho certeza de que ela nao vai achar que "colei".
Continuo sem o meu computador, escrevo do lap top da Luisa que nao tem acentos, nem cedilhas. Acho que vou adotar esse aqui, uma boa desculpa para os meus erros, pena que aqui tem virgulas, se nao tivesse, seria melhor desculpa do mundo.
beijos

27 de abr. de 2010

As cidades de São Paulo

Eu conheço razoavelmente a cidade de São Paulo, adoro ir atrás de endereços e fábricas e nas muitas campanhas que participei fui até os fundões da cidade. Acho que dá pra dizer que conheço desde as franjas , como os políticos gostam de falar, até os "jardins". Aliás, tenho uma solene implicância pelo termo jardins para falar desse miolinho central onde ficam os jardins Paulista, Paulistano, América, Europa e....acho que só. Vai lá pra zona sul ver quantos jardins tem, não só na sul, nos quatro cantos da cidade tem um monte de bairros chamados jardim alguma coisa. Porque essa mania mais ou menos nova de chamar da Consolação até o Itaim Bibi de jardins? Eu arrisco dizer que é porque quando você está na Av. Alcantara Machado, ou na Francisco Morato as placas de sinalização falam em jardins. Então tá! a CET manda até na nossa língua hoje em dia.
Mas eu para justificar bem o titulo do meu blog, andei pela cidade inteira só pra contar uma coisa interessante e nova para mim. Minhas irmãs e sobrinha estão abrindo um atelier num jardim qualquer coisa que agora não me lembro o nome, mas que fica entre o Morumbi e a Francisco Morato. Eu fiquei mais uma vez embasbacada com a cidade de São Paulo, subo a avenida Morumbi onde temos uma simpática e bonita igreja, casas impressionantes de arquitetos como Paulo Mendes da Rocha, a linda casa na encosta de Clovis Mello Olga, e muitos outros que com suas belas obras fizeram o bairro do Morumbi e Cidade Jardim ficarem lá pelos anos 1960/70 com a fama de bairro nobre. Virando a direita na avenida, ainda dentro de um bairro super residencial dou de cara com a TV Bandeirantes e logo em seguida o Hospital Darci Vargas, referência de hospital público. E as casonas continuam, mas vão mais ou menos mudando de feição, parece que entrei no Epcot Center ou então estou em Paris do Século XIX e comecinho do XX com casas imensas de estilo neo neoclássico, com suas calçadas enfeitadas por tuias altíssimas. De uma hora para outra, sem sinalização nenhuma, caio num delicioso bairro comercial que parece uma cidade do interior. Parece, não, é! É igualzinho, só falta ter uma prefeitura, câmara municipal, igreja e praça que vai ver, até tem, eu é que não descobri ainda. E dai passei o dia pensando na delícia que é a diversidade dessa cidade cruel e desumana, mas que eu amo com todas as minhas forças. Essa cidade ainda vai ter um prefeito que a respeite e a ame como eu. Me aguardem.
beijos

25 de abr. de 2010

pra começar a semana


Que tal uma semana com chuva bastante pra apagar a poluição, mas que seja sem enchentes. Na estiagem um arco íris, e no final dele uma 2.55? Já que o pote de ouro é uma simples lenda?
beijo

Pra não passar em branco

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64Brasil por maria cecilia usando Basile scarves

Domingo em casa, dia gostoso, leitura em dia, papo também, muitos reencontros, telefonemas e surpresas queridas, mas também muita falta de inspiração. Para não passar o dia em branco, mostro aqui um trabalho no Polyvore onde ganhei o 1º lugar, é mole? Tou ficando tão metida, aiai , como gosto dessa internet
beijo e boa semana

24 de abr. de 2010

Voltando do hospital

Acabo de voltar de umas feriazinhas forçadas no hospital. Meu marido que se recusa a admitir que o problema seja consequência da sua provecta idade, foi operado de duas hérnias ínguais bilaterais, acho que é isso. Como a médica que o operou tem mãos de fada, ele nem pode fazer muita fita dizendo que doía, já está em casa, ótimo, pronto pra outra.

É tão bom estar de volta, desarrumar a mala, guardar tudo e vir correndo para a internet. Eu levei o lap top da Luisa para o hospital e no primeiro dia, enrolei bem a língua, depois de confirmar que lá tinha wi fi, pedi com um sotaque mais perfeito que o do Sean e da Cely, um password e um login. Mais ou menos prontamente, fui atendida, mas quem disse que eu soube conectar? Pois é! Só a noite a Isabel me ensinou, mas o sinal era fraco e acabou que não vi internet. Chego agora e vejo tantas mensagens queridas. Imaginem que o www.http://leo.coutinho.blog.uol.com.br/, um dos escritores mais talentosos dessa nova geração escreveu falando do meu blog. Estou um poço de convencimento, outro dia reclamei do André que nunca escreveu no meu blog, mas no do Leo toda hora. Muito gentil, me respondeu  que era porque ele é Rodriguiano e escreve muito melhor do que eu. Pois agora, recebo uma crônica que fala em mim. Que delícia!
A minha cortina continua com a barra firme e forte, mas só mais uns dias, vou levar numa costureira para fazer um acabamento decente.
beijos e beijos
P.S. Resolvi abrir o Gmail que nunca uso e lá encontro várias mensagens super simpáticas sobre o meu blog e uma notícia triste. Vou começar a usar esse endereço também, não quero deixar de agradecer a ninguém pelo carinho de recados tão queridos. Viu, Andre????