29 de mai. de 2010

felicidade é.....

Existem coisas na vida que são "felicidade suprema". Algumas muito óbvias, outras sutis, mas indiscutivelmente são aqueles momentos que dão sabor à vida e fazem dela uma grande festa com muitos momentos ruins e tristes, porque felicidade suprema todos os dias da vida ia ser meio monótono. Deus sabe temperar isso muito bem e na minha vida só posso agradecer por ter confiado. Uma coisa que sempre foi motivo da maior felicidade do mundo a foi apagar a luz antes de dormir sabendo que meus filhos adolescentes já estavam na cama em segurança. Outro, foi apagara luz e saber que eles não estavam na segurança da minha casa porque são queridos, tem muitos amigos e estão numa balada, e não fazia idéia de que horas iriam voltar. Quer dizer, uma idéia eu sempre fiz, porque eles sempre me avisaram se iam chegar tarde ou não. Ái deles se não fizessem isso. Me lembrei disso porque hoje eu tive um desses momentos inesquecíveis na minha vida. Ok, eu confesso! Sou a maior vira lata do mundo!!! Mas, meu marido chega com um copo de um azul lindo e familiar com umas bolinhas de chocolate para eu experimentar. Ai ai, essas bolinhas são Bis numa nova e infinitamente melhor, versão. Não preciso dizer que entrei em estado de alpha, beta, gama e delta onde me encontro até agora ainda sentindo o gosto das 150 gramas que são iguais a 700 calorias que eu devorei em menos de 5 minutos. Socorro! antes que vocês pensem, admito: preciso dar um up urgente nos meus momentos de felicidade suprema. Sei não, mas no momento não há nada que eu queira mais do que um copo de Mini Bis.


Beijos

25 de mai. de 2010

Raquel de Queiroz não pintava os cabelos

Há muitos anos atrás, li uma crônica memorável da Raquel de Queiroz, no Estadão. Era sobre cabelos brancos e pintados. Procurei bastante no Google para reler, mas não consegui achar. Não tem importância, depois eu procuro com calma, mas posso contar aqui que ela dizia que não pintava os cabelos porque um fio de cabelo é único, da raiz até a ponta tem nem sei quantos mil tons. É o que faz de um cabelo sem tintura, ter um brilho único, impossível de ser conseguido nem com a melhor tinta, luzes, mechas ou cremes do mundo. Enquanto minha cara era lisinha, resisti ao máximo, dizia que cabelos brancos eram pra quem tem atitude e, melhor um cabelo branco, do que um cabelo de cor chapada e, que se a Raquel de Queiroz não pintava, eu também não. Muito metida, querendo me comparar, lógico que escutei falarem que ela, - podia! Eu não dava bola e os anos foram passando, fui branqueando e minhas amigas me atazanando. Tanto me amolaram que um dia resolvi, - cortei uma mecha bem grande e levei para a Marlene, que até então, só cortava meu cabelo. Falei que se ela não acertasse a cor, ia apanhar. A danada acertou, ficou bárbaro, sai me achando uma mocinha. Esse primeiro tonalizante durou uns dois meses, dai em diante é que começa o martírio. Nunca mais a cor ficou igual, porque nunca mais o meu cabelo foi da cor original. Tinha sempre, por mais desbotado que estivesse, um resto de tinta, e, cor em cima de cor, nunca é a mesma coisa. Mas, já que comecei, fazer o quê? Melhor continuar. Daí, eu fui trabalhar do outro lado da cidade e parei de ir à Marlene. O cabeleireiro onde ela trabalha fecha às seis horas, impossível pra quem vem de longe e morre de preguiça da muvuca do sábado. Tentei outros lugares, alguns muito caros e, querem saber? Mesma coisa. Hoje de manhã, conversando com uma amiga, decidi. Vou lá mesmo. Se não ficar bom, não tem importância, eu não saio de casa, e, se for para a minha satisfação pessoal, tanto faz, eu não enxergo mesmo. Fui, ela é uma fera. Tingiu, fez as luzes só na raiz, bem em cima das antigas. Fiquei com um cabelo artificial como não poderia deixar de ser, mas não chapado. Resumo da ópera, saí de lá super satisfeita, tanto que vou tirar uma fotografia nova para o perfil do meu blog. Essa é muito antiga, do tempo das primeiras tintas.

Beijos

24 de mai. de 2010

Transcrevendo "Amigos e quitutes"

Ontem à noite quando me sentei para escrever alguma coisa, fui surpreendida por dois comentários maldosos. Aliás, não me surpreendi muito, eu já esperava por isso. Ao habilitar meu blog tirei a cláusula que deixava os comentários sob minha aprovação. Acho que quem se expõe fica sujeito a tudo, e eu, que sou segundo a Carminha over, e, exagerada pelo Paulinho, não passaria batido por isso. Em todos os blogs que leio, feito por meninas maravilhosas, sempre leio uma maldadezinha aqui ou ali. O engraçado é que esses comentários, sempre anônimos, vão para o lado mais vulgar, mais fácil, mais infantilóide- você é feia, gorda, tem cabelo ruim e por aí vai. Até a linda Vic Ceridonio http://www.diadebeute.com/que tem um blog delicioso, já foi atacada nesse nível: você é feia e tem cabelo ruim. Ela respondeu num texto impecável e sensível que eu assinaria embaixo, não fossem as agressões feitas a mim verdadeiras. Quer dizer, mais ou menos, não estiquei minha cara com plásticas (está esticada pelas banhas) e agora já passei da idade pra fazer isso Fui dormir meio chateada por saber de onde partiu a agressão, mas não arrasada, nem ia responder. Acho que quem me lê não merece se envolver em baixarias. Mas hoje, a Dominique, queridíssima e fantástica amiga de uma vida toda, replica o comentário. Também a So, apresentada ao blog pela Bel Gomes, e que já é uma pessoa especial na minha vida, além da Gogó, minha irmã. Fiquei pensando se escreveria ou não sobre o assunto, quando recebo a newsletter da Ivana http://doidivana.wordpress.com/que transcreve na crônica de hoje um artigo publicado na Folha de São Paulo quando ela era colunista da Revista de Domingo. Não pisquei nem pedi licença, transcrevo aqui. Foi um presente que só posso atribuir a uma força maior e uma resposta  que os que me lêem merece:

"Como eu ia dizendo, a delícia da amizade é que ela é gratuita, inexplicável e aleatória. Quantas vezes, na rua, eu bato o olho em alguém e penso: só não somos amigos (ou amigas) porque ainda não marcamos hora e lugar.

Por outro lado, têm aqueles que fazem de tudo pra privar da nossa amizade e a coisa não engrena.
E aqueles que abusam da nossa boa vontade, vivem dando mancada, e mesmo assim não saem da lista dos mais queridos?
Na infância e adolescência, os amigos são tudo na nossa vida. Enfrentamos o mundo para defendê-los. Mas aí começam as paqueras, os namoros e eles vão ficando em segundo plano. Depois vem o casamento e, para evitar complicações, os amigos de um são os amigos do outro. Até que chega a hora da separação e a terrível tarefa de dividir os amigos. Esse é meu. Não, é meu.
Parece que só depois que a vida sossega, temos serenidade para degustar uma boa amizade com o requinte que ela merece.
Uma coisa bacana que eu aprendi bem tarde é ser amiga de mulher. Confesso que tinha sérias restrições a respeito. Mas de uns tempos pra cá, foi me dando uma paixão por certas mulheres incríveis e seus caprichos maravilhosos que eu vi o tempo que eu perdi achando que amizade de mulher era isso, aquilo...
Aliás, quer coisa melhor do que amizade sem sexo? Ela existe, sim senhor. Mas esse néctar não é pra qualquer um. É preciso comer muito feijão pra chegar lá. Antes dos 40, somos altamente inflamáveis, tem muita combustão no ar e isso atrapalha a amizade. É uma hipótese.
Por falar em hipóteses, uma vez eu ouvi uma tão bonita sobre essas tais sintonias inexplicáveis que não canso de repeti-la: Deus, quando fez as pessoas, as fez em fornadas. Os que são da mesma fornada se reconhecem."



20 de mai. de 2010

O que não pode me faltar.

Quando o governo Collor nos confiscou a poupança, todo mundo entrou em pane. Acho que só eu que não, nem liguei. Primeiro porque era ( ?) totalmente alienada, nunca tive a mais pálida idéia do quanto meu marido ganhava nem o quanto gastávamos, só sei que sempre foi o mínimo possível, afinal, somos dois pão duros. O segundo, foi por causa do clube. Eu dizia em março de 1990 e, repito hoje: podem me tirar tudo na vida, menos o meu clube. Eu que passei minha vida adulta quase que toda lá, batendo ponto todas as manhãs com as crianças, desde que comecei a trabalhar na prefeitura, parei de ir. Ia só à noitinha para a hidroginástica e aos domingos para almoçar. Conheci muita gente nova. Foi bacana, mas eu morria de saudade da luminosidade das manhãs, das minhas amigas, das conhecidas, dos empregados, dos guardas da rua, de tudo. Quando parei de trabalhar, pra não cair numa depressão maior do que já estava, pensei - ainda bem que tenho o clube, é hora de voltar. E voltei por dois maravilhosos dias. Apesar de ser na primeira semana de janeiro e muita gente estar viajando, me fizeram muita festa, foi uma delícia e uma levantada de astral das melhores. Durou esse pouquinho porque me meti que nem louca na academia e, a minha coluna que é uma caca, berrou. Uma das três vértebras estropiadas reclamou, inflamou e me pôs praticamente de cama desde o dia 8 de janeiro. Como eu aceitei um ultimato para voltar, e resolvi que vou sarar na marra, hoje fui para a aula de alongamento. Que festa! que delícia! Nem sei dizer quanta gente eu encontrei, só sei que demorei pra conseguir sair de lá e, quando saí, estava em alpha. Como eu sou sortuda de ter tantos amigos e amar tanto cada um deles do jeito que eu amo. Isso me faz pensar no quanto eu fui abençoada, acho que nunca meus amigos vão saber o quanto eles são amados porque é tão grande o que eu sinto e é tão difícil de explicar. Viram porque que eu não posso ficar sem meu clube? Só sei que agora estou pensando numa coisa - preciso voltar a trabalhar, por vários motivos, um deles é por causa daquela bobagem chamada dinheiro. Quem sabe não arrumo um emprego lá? Poderia fazer várias coisas, mas o que eu mais vou gostar, é de ser porteira na garagem.


beijos

19 de mai. de 2010

Testemunha ocular da história.

Duvido que haja alguém da minha geração que não se lembre do famoso Repórter Esso com o jornalista Kalil Filho e  seu  inesquecível bordão: testemunha ocular da história.Hoje me senti assim. Depois de um   novo  ataque de bicho carpinteiro, ou será carpideiro? Na dúvida, melhor sirucutico. Sem piscar, muito menos pensar, me mandei para o comitê do PSDB para oferecer meus préstimos. Depois fico brava quando me chamam de louca, hehe. Foi muito bom encontrar tantos amigos que apesar da saudade e bem querer, não tenho mais visto. Saí de lá pensando e, de novo, agradecendo a Deus pela minha sorte. Sorte de ter visto de perto e talvez até participado dos grandes acontecimentos do século passado, de ter conhecido e convivido com grandes líderes que escreveram a nossa história e principalmente e especialmente, sorte grande de ser muito próxima do querido José Gregori. A biografia dele é conhecida, o que talvez não se saiba é do tamanho do meu afeto por ele. Tivemos muitas e muitas histórias. Acabo de me lembrar que uma vez, na campanha do parlamentarismo, estávamos em Campinas, ele e o coordenador, que também me honra com a amizade, e,meio desanimados com os rumos que a campanha tomava, andando meio borocochôs por uma rua, ele no meio de nós, nos abraça e fala: "De uma coisa eu tenho certeza, quando a gente morrer, São Pedro vai nos olhar e falar que uma coisa não  faltou a este trio: boa vontade!". Essa eleicao, perdemos, mas veio 1994 com uma vitória tão linda que jamais poderei esquecer. O presidente Fernando Henrique o leva para Brasília, primeiro na comissão de Direitos Humanos, Ministério da Justiça e depois embaixada do Brasil em Portugal. Foram anos de muita proximidade, eu brincava dizendo ser o elo de ligação das lideranças com as bases. Outra qualidade marcante dele  foi nunca perder o pé da realidade. Nunca se fechou em gabinetes, sempre queria saber da gente, os sem poder nenhum,mas que são a base do partido. De volta a São Paulo ele assume a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, e, agora  novamente está na campanha. Que bom que eu também. Vou poder ver o meu querido toda hora, tenho sorte ou não tenho?
Essa foto saiu na primeira página do Jornal do Brasil, faz uns 10 anos, levei a maior bronca dele por sair rindo, era um momento muito triste e sério, mas  pensem comigo, aquele batalhão de fotógrafos. Socorro!Fiquei nerbiosa e ri. Como dá pra  perceber, além de sortuda, sou é muito metida.  
Beijos 




                             
                                                                                         

18 de mai. de 2010

Mudando de hábito

Eu sou ótima conselheira, pena que é da boca pra fora. Sei tudo sobre alimentação, o valor calórico de cada alimento e as melhores combinações. Pensam que eu aplico em mim? Necas . Sempre falei que sou uma gorda fora de padrão, adoro ginástica e salada, mas nem sempre foi assim. Até meados dos anos 80, não fazia a menor idéia de como se fazia uma abdominal e a sala de musculação do meu club , eu chamava de sala de tortura do DOPS. O apelido pegou até o dia que a Mariangela me obrigou a ir com ela até a porta pra terminar um assunto. Entrei e nunca mais saí de lá. Foram mais de 20 anos, diáriamente ,naquela sala. Fazia muita ginastica com peso, e, especialmente,com a língua: como era bom conversar entre cada exercício! Que tempo gostoso! eu era feliz e sabia, tinha certeza absoluta. Tanto, que quando eu morrer, minhas cinzas vão ser jogadas lá, naquele velho clube. Há 8 anos atrás, quando parei de fumar e engordei 15 quilos, ganhei também uma hérnia de disco muito chatinha, Parei um pouco a musculação e,aos poucos ,mudei de vez pra hidroginástica, que os muito maldosos e sem imaginação chamam de canja. Fiz novas amiguinhas - uma delícia também, a gente se exercitava e fazia terapia em grupo.Uma das alunas é professora da Psicologia da USP e tem um papo ótimo, fofocavamos muito. Fiquei nessa aula por quase 5 anos. No ano passado, precisei parar para ajudar uma mudança de casa .Logo em seguida meu marido teve enfarte e  fui exonerada da prefeitura. Resumo da ópera: fiquei uma velha doente de novo. Me habituei a ficar em casa,com dor. Eu, que sempre falei que para se criar um hábito, é preciso 40 dias. No começo você precisa se forçar um pouco, depois entra no automático e não se consegue parar. Foi assim tudo na minha vida, musculação, hidroginástica e ficar numa cama com depressão e dor na hérnia. Ontem, saindo de uma missa de 7º dia, passei no clube e levei um ultimato da Carminha : Comece devagar, obrigue-se a vir aqui todos os dias, nem que seja só para conversar e aproveitar a sala para um alongamento, ou melhor,- venha para a aula de alongamento amanhã às 11 horas e experimente. Eu fui, experimentei, doeu pra burro, mas saí de lá tão animada,que já paguei a matrícula e o primeiro mês. Ótimo estímulo para continuar, já está pago, a pão dura não vai desperdiçar. Ah! Além de umas queridas amigas que lá encontrei, já conheci mais duas pessoas super legais, trocamos figurinhas e nos encontraremos de novo na quinta feira, mesma Bat hora, mesmo Bat local.


beijos

13 de mai. de 2010

Páginas viradas mas não descartadas do meu folhetim

Eu já perdi tanta gente querida que acho que conheço mais gente pro lado de lá do que de cá. Acabei criando uma casca e tenho da morte uma visão um pouco dura. Sempre digo que morrer, além de ser um mal inevitável é apenas uma questão de tempo e que é bom morrer porque é sinal de que se nasceu e viveu. Tenho, no entanto, uma enorme dificuldade em me despedir de hábitos, lugares e situações.

Durante quase cinco anos trabalhei na Subprefeitura da Sé, ela continua lá, muitos amigos que fiz também continuam, posso ir à hora que quiser. Essa semana tinha combinado de almoçar com meu ex “companheiro de repartição” mas não consegui. Depois de cinco anos de convivência diária, nem sempre fácil, mas sempre carregada de admiração e afeto, agora o Paulinho deixa a sub. Um almoço, sabendo que era o último naquele lugar, ia doer, não tive coragem e dei o cano. Sinto que hoje uma etapa da minha vida acabou, qualquer dia eu conto como foram esses anos, das minhas brigas com o Paulinho, e da nossa paixão pela cidade. Hoje vou mostrar um pouquinho dele nesse e-mail que acabo de receber, vejam se eu não tenho razão, é um ranzinza muito querido:

Depois de cinco anos trabalhando na assessoria de gabinete da Subprefeitura da Sé parto para um novo desafio junto à Secretaria de Cultura do Estado. Saibam que levarei junto dos meus pertences o apoio, carinho e respeito com que me trataram durante esses anos que me reforçaram ainda mais o valor da amizade, a compaixão e o amor ao próximo. Sinto-me um pouco frustrado por não termos atingido o ideal pretendido mas a parceria na luta por sua busca valeu por todos os esforços pois neles estavam inseridos o respeito pela cidadania e civilidade. Agradeço muito a todos e a Deus por ter nos colocado nesta missão e peço que Ele continue sempre iluminando nossos caminhos. Muito obrigado. Abração.
Deixo com vocês um pouco da sabedoria do grande escritor português Fernando Pessoa:
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.É o tempo da travessia e,se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

O Paulinho,  chiquérrimo como é,  aposto que vai fazer uma revolução nesse novo guarda roupa.
Almoçamos na Sala São Paulo semana que vem?
Na hora de sempre?
 Estou passando pra pegar a Egle.
beijo

11 de mai. de 2010

Tão fácil complicar....

Eu nasci uma virginiana maníaca e chata. Com o passar dos anos essa característica se acentuou, ando cada dia que passa, mais ranzinza. Mas vejam se é uma implicância boba: a nossa língua portuguesa, não é super rica? Acho até que temos palavras que não existem em outras, saudade não é uma delas? Então, por que inventar mais palavras, mais figuras de linguagem? Porque não usar os adjetivos, verbos, substantivos, pronomes, advérbios, no lugar certo? Ou pelo menos, tentar? Eu juro que tento, e me irrito solenemente todas as vezes, e são muitas, quando leio em revistas de decoração, agora, até na melhor de todas, a Casa Vogue, usando termos assim: a cadeira conversa com o quadro. Grrrrrrr conversa como, cara pálida? Ou então - a decoração remete a.......Remete? humm acho até pornográfica essa falta de imaginação, qualquer coisa agora, remete. E brincar? - as cores brincam com o imaginário....Então tá!  E  o infame  "jogar" que saiu da decoração para o mundo?: você joga um xale no sofá, você joga um tapete, você joga um quadro, um colar, uma echarpe, uma bolsa. Oras, a gente não joga nada, a gente põe, também não coloca, apenas e simplesmente põe, nada difícil, nada empolado. Ah! já ia me esquecendo da mania dos jornalistas de escrever em inglês, a revista Vogue, que adoro, eu não entendo nada , preciso de um tradutor, metade ou mais de um parágrafo vem com frases em inglês. Tenho certeza, e aposto meus 10 dedos que aqui teclam, que essa gente escreve assim porque não sabe o português, mania de Must have, wish list  e por aí vai, coisa mais esnobe e boba. E tem mais, quem escreve assim chama creme batido ou chantilly de chantilí, é mole?

Outra coisa que me irrita é esposa e esposo. A troco de quê? Quando eu aprendi a escrever lá pela segunda metade do século passado, só se falava marido e mulher Acho que a primeira vez que ouvi esse danado de esposa foi lá pelos anos 1970, antes disso, nunquinha. Eu não sei em outros credos, mas na Igreja Católica, se fala marido e mulher. O Código Civil que foi revisado por ninguém menos do que Rui Barbosa, também fala  esposa. Pra que simplificar se a gente pode complicar?

Estou muito azeda hoje, melhor parar de escrever e deixar para outro dia o irritantemente mal usado “de”. Uma vez um dos meus filhos, pequenos ainda, falou alguma coisa assim : “de sexta” vai ter prova de... Eu perdi a paciência e berrei: Nesta casa fica proibido de hoje em diante falar DE . A Isabel vira pra mim e fala: Você acabou de falar de hoje em diante.

Desisto? Por hoje, sim.

beijos
P.S. Precisei fazer uma correção, escrevi errado o jeito que algumas pessoas falam chantilly. Acho que a correção deveria ser feita só aqui  no PS, como não sei direito como funcionam as regras da blogosfera,  corrigi lá em cima também.

6 de mai. de 2010

Barbie - um amor antigo

As minhas filhas, Isabel e Luísa, sempre adoraram brincar com bonecas, especialmente com as Barbies . Elas chegaram a ter tantas bonecas que tenho até vergonha de contar quantas. Quando fomos para a Disney, uma amiga me ensinou um depósito de brinquedos num subúrbio de Miami que era o paraíso dos brinquedos baratos, tinha acabado de inaugurar, era a hoje gigante,
Toys R us. Elas piraram, e eu também, as bonecas que aqui custavam uma fortuna por serem todas importadas, lá ,além de um preço justo, tinham as ofertas- bonecas de até 2 ou 3 dólares. E as roupas e adereços? de capotar! O que hoje é comum aqui, na época era um sonho. Compramos tantas bonecas que elas não queriam mais sair do hotel,eu quase não conheci a cidade. A paixão delas durou tantos anos, a Luísa foi a última pré adolescente a brincar com bonecas, herdando das amigas algumas Barbies . Me lembro como se fosse hoje, no corredor do meu quarto, com uma echarpe minha de passadeira, o casamento da Barbie e Ken com a "igreja" lotada. Pena não ter fotografado, . Quando a Lu cresceu, deu para a prima Patrícia a coleção de bonecas, mas logo se arrependeu, pediu de volta, ela que sempre foi muito desprendida, dando com prazer os brinquedos velhos quando ganhava novos.

Vendo essas imagens  da artista plástica francesa Jocelyne Grivaud  , não deixem de ver o imperdível site, isso aqui é só uma amostra, tem muito mais, não pude deixar de me lembrar disso tudo, e, mais ainda, da primeira vez que vi e me apaixonei pela boneca. Foi em Mogi Mirim, no meu primeiro ano de escola, uma amiga alemã, Pupy, tinha uma delas, numa maleta de couro marrom. Que paixão, que sonho, que inveja! Ainda bem que tenho essas imagens muito nítidas na minha memória afetiva, são essas lembranças bem vividas que fazem a vida da gente ter valido muito a pena.

3 de mai. de 2010

Chorona, eu?

Eu ando muito chorona ultimamente, acho que é aquela coisinha meio chata que dá nome ao meu blog. Acabo de chegar do cinema, viva o meu club! que está passando este mês os filmes indicados ao Oscar, tenho ido com freqüência e é sempre uma festa entrar naquele lugar onde só tem gente querida. Hoje o filme era o Invictus, sobre os primeiros meses do Nelson Mandela presidente, unificando o país através do rugby, acho que a paixão nacional deles. Não vou falar do filme porque não sou entendida no assunto, mas chorei no final. Que líder! Que carisma! Melhor que o meu rei Roberto Carlos e que estadista!! Quase tão bom quanto o Fernando Henrique. Mas eu falava dos meus choros, ai como mudo de assunto.- Ontem não chorei, mas fiquei super emocionada com uma menina turca, que mora em Istambul, viciada em polyvore, como eu. Ela entrou no meu perfil lá e viu que eu tinha um blog, veio até aqui e deixou um comentário. Não é pra ficar "mi achando" e também chorar de emoção? É muito engraçado como no Polyvore , a maioria das pessoas, especialmente as de maior bom gosto e mais antenadas com as últimas novidades da moda são do leste europeu. Ontem, quando abro meu blog e vejo uma mensagem vinda do outro lado do mundo, fiquei me defendendo assim : oras, também a Turquia é logo ali, está a um click do meu mouse e afinal, depois de ler o livro Istambul, do premio Nobel Orhan Pamuk há uns 2 ou 3 anos atrás, fiquei tão fascinada por aquela cidade, pelo Bósforo, pela civilização bizantina e otomana que virou mexeu eu tou passeando por lá pelo Google Earth. Demorou um pouco pra cair a ficha e eu chorar. Mas não deu tempo, estava saindo para buscar junto com a Regina e Norma, a Celia Maluf, nossa colega de Assunção que mora nos estados Unidos e que eu não via há 40 anos. Qua – ren – ta !!!! É mole? Não é mole não! e a emoção foi tão grande que hoje não vou poder falar sobre isso, vou esperar a foto tiramos para mostrar aqui o tamanho da minha emoção
xoxo