27 de mar. de 2011

Um aniversário com sol e saudade

Depois de 15 dias chuvosos, ontem o dia amanheceu lindo e ensolarado. Acho que veio assim como presente para os 15 anos da Elisa,sobrinha querida, filha da minha prima Maria Stella e do Oswaldo.Os dois fizeram um almoço chiquérrimo, como não poderia deixar de ser, para as amigas da escola, a família e algumas “tias postiças” onde eu fui incluída. Dá para imaginar como fiquei emocionada? Emoção que começou logo cedinho quando me lembrei como tinha sido meu dia há 15 anos. Hoje em dia, me lembro muito mais das coisas passadas do que o que me aconteceu na véspera, ai ai. Eu estava na casa da mamãe, cuidando da minha avó, já com o Alzheimer avançado, numa temporada que minha tia Gigina teve pneumonia e ela foi ficar lá até as coisas se ajeitarem na sua  casa . Toca o telefone e era a inesquecível Baby contando que Maria Stella tinha ido para a maternidade. Naquela época as coisas eram diferentes, o pai não entrava na sala de parto para filmar, as pessoas fumavam - eca!!! na sala de espera de um hospital –eca de novo e, não sei se em todas as famílias, mas na nossa, muito louca,todo mundo ia para a maternidade esperar junto com o pai. Só não me lembro se o Oswaldo, ranzinza querido, deixou acontecer essa folia toda, mas me lembro nitidamente desse telefonema e eu pedindo para ela me avisar assim que nascesse, porque não tinha com quem deixar a vovó. Essa imagem me vem tão nítida quanto as de agora. Eu espero  nunca  esquecer dos 15 anos da Lili, da delícia das tias tortas conversando até noite fechada com as tias avós, relembrando com a tia Lalucha casos da nossa remota infância e eu lembrando com uma saudade imensa dos meus tios avós, Suzana e Decio que não conheceram a Elisa, mas que ontem, estavam conosco naquela mesa.


beijos

22 de mar. de 2011

Seu pendrive tem blutufe?

Hoje é aniversário da Cely que tá de molho na cama com hérnia de disco. Solidárias a ela, na  saúde e na doença , há mais de 30 anos, as Mimi e  Cocó, eu e  Carminha,  fomos até a casa dela.  Aniversário não se faz todo  dia, como ela adora uma festa e sempre organiza os nosso aniversários,não podíamos deixar de ir dar um beijo nela.Fomos juntas,  no caminho a Carmen precisou parar no correio para mandar duas cartas para o DSV que, antigo até nao poder mais, não aceita e-mail. Comentei com ela que estou começando a achar e-mail uma coisa antiquada, quase não recebo mais, hoje em dia, a gente se comunica muito mais pelas redes sociais, twiiter e face book que é uma comunicaçao quase instantanea, mas enquanto não aposentamos nosso correio eletrônico, é preciso abri-lo toda hora porque às vezes chega alguma coisa. Acabo de receber da Pat Furquim  esse que vou postar  agora, vejam se nao é hilário:
Haroldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista:
- Moça, vocês têm pendrive?
- Temos, sim.
- O que é pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um.
- Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
- Ah, como um disquete...
- Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. O disquete, que nem existe mais, só salva texto.
- Ah, tá bom. Vou querer.
- Quantos gigas?
- Hein?
- De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive?
- O que é giga?
- É o tamanho do pen.
- Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume.
- Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
- Ah, tá. E quantos tamanhos têm?
- Dois, quatro, oito, dezesseis gigas...
- Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
- Neste caso, o melhor é levar o maior.
- Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
- Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB?
- Como?
- É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.
- USB não é a potência do ar condicionado?
- Não, aquilo é BTU.
- Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
- USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. O seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB, se for velho é P2.
- Acho que o meu tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra do disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aqueles disquetes do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?
- Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive.
- Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.
- Quem sabe o senhor liga pra ele?
- Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda não aprendi a discar.
- Deixa eu ver. Poxa, um Smarthphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, woofle, brufle, trifle, banda larga, teclado touchpad, câmera fotográfica, flash, filmadora, radio AM/FM, TV digital, dá pra mandar e receber e-mail, torpedo direcional, micro-ondas e conexão wireless....
- Blu... Blu... Blutufe? E micro-ondas? Dá prá cozinhar com ele?
- Não senhor. Assim o senhor me faz rir. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
- Pra que serve esse tal de blutufe?
- É para um celular comunicar com outro, sem fio.
- Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...
- Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
- Ah, e antes precisava fio?
- Não, tinha que trocar o chip.
- Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip...
- Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
- Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
- Momentinho... Deixa eu ver... Sim, tem chip.
- E faço o quê, com o chip?
- Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.
- Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino, então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
- Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Agora é só teclar, um momentinho, e apertar no botão verde... pronto, está chamando.
Haroldo segura o celular com a ponta dos dedos, temendo ser levado pelos ares, para um outro planeta:
- Oi filhão, é o papai. Sim. Me diz, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura. Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive. De noite eu levo para casa.
- Que idade tem seu filho?
- Vai fazer dez em março.
- Que gracinha..
- É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
- Certo, senhor. Quer para presente?
 Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e na tela abre-se uma janela. Em seguida, com o mouse, abre uma página da internet, em inglês. Seleciona umas palavras e um 'havy metal' infernal invade o quarto e os ouvidos de Haroldo. Um outro clique e, quando a música termina, o garoto diz:
- Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
- Teu celular tem entrada USB?
- É lógico. O teu também tem.
- É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pen drive e ouvir pelo celular?
- Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
Naquela noite, antes de dormir, deu um beijo em Clarinha e disse:
- Sabe que eu tenho Blutufe?
- Como é que é?
- Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é?
- Não enche, Haroldo, deixa eu dormir.

(autor desconhecido)

Acabo de receber uma correção nos comentários que agradeço muito e que vou  transcrever um pedaço aqui.Acho de uma importância vital a gente dar crédito ao autor do que quer que seja, texto, desenho, foto o que for. Vejo muita gente que posta coisas na internet sem dar o devido crédito, confesso que isso me aflige um pouco. Quando recebi esse e-mail não veio crédito algum por isso escrevi que era autor descolhecido. Agora, com o
esclarecimento da LuThome, dona de um blog interessantíssimo, faço a correçao desse divertidíssimo texto doPaulo Wainberg, distribuída originalmente por e-mail e está publicada em seu blog com data de 29 de março de 2011
(link direto: http://paulowainberg.wordpress.com/2011/03/29/familia-vinte-e-um/).

17 de mar. de 2011

Aniversário

Ontem o André fez 34 anos. Ainda estou em estado de choque, engraçado é que só ontem me dei conta do tamanho dessa passagem do tempo. Eu sei, eu falo e assumo o tempo, mas não sinto. Não sei se todo mundo é assim ou se é mais um sinal da minha esclerose, - até me olhando no espelho, sem óculos, é claro, ainda me acho jovem, só quando vejo uma fotografia é que assusto, mas me engano dizendo que saí mal na foto. Para falar a verdade verdadeira, acho, não sei se é morbidez minha ou um pouco de depressão, mas eu gosto de saber que já vivi muito mais da metade do que uma pessoa pode viver bem. Aproveitei muito bem todas as etapas da minha vida e não tenho saudades para me lamentar. Foi uma delícia ter meus três filhos pequenos, -sem dúvida nenhuma, a melhor época da minha vida, não só por eles  e pelo vigor que já não sinto, mas especialmente porque tinha todos os meus queridos vivos. A adolescência deles também foi muito boa, eles foram chatos o suficiente para se tornarem adultos saudáveis, alem do que, achava divertida essa idade que muita gente acha aborrecida. Agora com eles adultos, minha vida encurtada, mas não menos divertida, colho as alegrias de ter um filho quase um senhor. Ele nos proporcionou uma noite agradabilíssima, só nós, a mamãe e os sogros dele que são exatamente os que eu teria escolhido se pudesse. Divertidos, altíssimo astral, tem apenas um defeito: a Vera é irritantemente bonita e jovem. Três anos mais velha que eu, parece ter dez a menos e, inveja sem nenhuma intervenção. Um pouco empilecada, falei que ela iria me pagar na próxima encarnação. Não acredito nisso,mas vai que exista,vou torcer para tê-los de novo perto de mim, até porque o Totó fala o que eu tenho vontade, mas não posso:  "esse ano eu exijo um neto".


beijos

14 de mar. de 2011

Grandes emoções e pensamentos imperfeitos

Estou, desde a semana passada ensaiando escrever, mas ando tão borocochô que acabo deixando pra depois e depois. Estes dias tem sido, como diz o título do livro, cheio de “Grandes emoções e pensamentos imperfeitos”. Tenho encontrado amigos queridos que não vejo a tempos. Há uns 15 dias tive um almoço divino no clube com a Luciana e Marcelo onde rimos muito e falamos montes de besteiras, -delícia! O dia acabou no meu diretório com a preparação para as nossas convenções e teve também, muita risada e muitas bobagens, começando pelo piso da nova sede que é igual ao puxado que fizeram no clube destruindo um belíssimo jardim suspenso do Burle Max, o que tanta ira tem nos provocado. Para provar a cafonice dessa obra, tirei fotos do pé de um amigo que é conselheiro e também filiado ao meu diretório. Depois desse dia, a executiva se reuniu numa pizzaria, - amo essas reuniões, hehehe. Nessa reunião falávamos evidentemente de política e de partido. “Alguém lembrou a frase dita por Mario Covas: O diretório é a família de um partido”, ou algo assim, como não consigo falar com ninguém presente naquele jantar para saber com certeza e como  meu surucutico não me deixa esperar, fica  assim mesmo porque o sentido é esse. Para provar o que eu falei aquele dia - vocês são a família que eu escolhi!, o meu querido presidente, Rafael Valdívia acaba de me ligar de volta e me fala a frase correta: “O diretório está para o partido assim como a família está para a sociedade”. Demais não é? Que sorte e privilégio eu tive de conviver um pouco com essa figura tão maravilhosa que, dez anos depois de sua morte, numa missa em sua homenagem, lotada de gente no Mosteiro de São Bento, não se ouvia um pio, era um silêncio tão respeitoso que só uma figura como a dele poderia impor. Ontem foi dia de convenções em todo o estado e, até onde eu sei, correu tudo na santa paz. Para completar o mês de grandes emoções, semana passada fui à casa da Ivana, do delicioso blog http://www.doidivana.wordpress.com/ , minha amiga há 42 anos que vejo muito de vez em quando, na verdade, só nos lançamentos de livros dela. Como ela é uma escritora de primeira, premiada e reconhecida, não ficamos muito tempo sem nos ver e, agora com esse blog que é super divertido, mais o twiter, novo vício, temos um contato mais próximo, ainda bem! Os pensamentos imperfeitos não vou contar, aqui é só alegria!

Beijos

P.S. Acabei de aprender como faz para cortar as letras, vejo muito isso nos blogs que leio. Eu estava fuçando as configurações quando o Rafael ligou, achei tão moderno que em vez de apagar, usei o recurso.