7 de out. de 2011

Quando eu conheci o Steve Jobs

Quem sou eu, uma analfabeta digital, para falar em Steve Jobs?  Impossivel, no entanto, passar batido pela morte desse gigante que certamente vai mudar a linha da história. Não posso deixar de me lembrar com saudade do André, ainda moleque, mal saindo do Atari, já cobiçando um PC, que eu, muito idiota, achava uma tremenda bobagem. Me lembro nitidamente do primeiro computador que compramos, um segunda mão  do nosso primo Geraldo. Tão precário ele era que algum tempo depois compramos um mais moderno, acho que eram os primeiros anos da década de 1990. Esse computador era do meu filho, um alucinado por tecnologia, ficava no quarto dele e eu nem chegava perto. Quando ele estudava na GV eu imaginava que ele estudava muito e usava a internet para isso, como mãe é boba, mal sabia eu que ele e os já barbados amigos ficavam no quarto dele, jogando e, que nas aulas de informática- acho que é assim que se chama- da faculdade eles  estudavam, mãe boba número 2, eles jogavam e navegavam pela internet. Aos sábados, os hoje ilustres advogados, Xuxú e Cacá, os  Bahia- Kiko,Fernando e João,o Chris Chiocca,amigos do Dante, passavam a tarde toda aqui em casa jogando.Era engraçado ver aqueles cavalões, gritando, torcendo e praguejando como se tivessem 12 anos. Em meados dessa década, meu pai, o avô mais maravilhoso que eles puderam ter, já antevendo a fuga dos adolescentes da casa dele, comprou o mais moderno computador da época. Os meninos todos se transferiram para a casa dele, o André, estando lá ou não e passaram a frequentar aquela casa como se o avô fosse deles, o que, mais ou menos, era mesmo.  Hoje eles têm 30 e muitos e continuam amigos e fazendo a mesma coisa, todos os sábados, agora na casa do André.  O ritual é o mesmo, PlayStation, sei lá eu que numero está agora.  De tudo que se falou do Steve Jobs, em mim fica especialmente a  gratidão por uma invenção que uniu, criou laços de afeto  e deixa imagens inesquecíveis não só na minha minha memória afetiva, mas também no inesquecível IMac, para mim o design mais perfeito do século passado.  Steve, thanks!

6 de out. de 2011

Feliz 2011

O meu aniversário este ano foi mais uma vez delicioso graças às minhas Marocas e às redes sociais. Consegui, com minha coluna em pandarecos, responder a cada e-mail e cada recado no FB, Orkut e Twitter. Foi tão bom poder escrever a cada um agradecendo que quando o dia acabou eu estava insuportavelmente dolorida, mas foi uma dor que valeu a pena. No dia seguinte cedo, pedi arrego, fui ao médico que já estava examinando meu histórico de milhões de radiografias, tomografias, ressonâncias magnéticas, affff e, por último o não menos dolorido, mielo alguma coisa, que são uns choquinhos dados nos nervos e que comprovaram o que eu sentia e ninguém acreditava -não conseguia mais ficar em pé de tanta dor. Muito bem, fui à consulta e de lá não mais saí até o dia em que fui operada. Precisei esperar muitos dias internada porque a prótese que eu precisava era tão cara que o seguro ensebou para pagar. Tão cara que o meu filho André disse que quando eu morrer ele manda tirar pra vender hahaha. Não foi tão ruim ficar tantos dias num hospital, fui muito bem tratada e com tantos remédios que tomava na veia, a dor quase sumiu, passei 13 longos dias assim. Eu estava tão tranqüila e feliz por ser operada que nem ansiosa fiquei, imaginem só! Quando acordei da anestesia, já na UTI, eu estava lépida e sem dor, meu marido e minhas filhas se revezaram para ficar comigo, era um sábado. Numa certa hora, recebo um delicioso bilhete da Carminha e Cely que me levaram o melhor presente pra quem está de cama, uma pilha de revistas, especialmente aquelas de fofocas na TV que a gente nunca compra, mas adora ler no cabeleireiro. Nessa noite, ainda na UTI, me levanto sozinha para ir ao banheiro e andar um pouco. No dia seguinte cedo, antes até de o Luis Augusto chegar, eu já estava no quarto, de banho tomado, cabeça lavada e seca. Daí por diante, foi só alegria, Cristina, Maria Stella e Monica foram me ver, a Paulinha, minha nora, também, André, para meu orgulho, estava na China, mandado pelo banco onde trabalha, e eu já não sentia dor nenhuma. Vim para casa sem dor, mas ainda fazendo repouso. No dia em que tirei os pontos, fui pintar o cabelo e fazer minhas unhas. No dia seguinte, que foi ontem, fui aos Vigilantes do Peso. O prejuízo foi grande, falo pra todo mundo que tomei cortisona, mas, cá entre nós, é mentira: foi bolo de rolo mesmo. Imaginem que me sinto tão bem que dispensei a carona, andei três quarteirões e, como não doeu, fiz o caminho de volta a pé mesmo. À noite, senti dor, acho que exagerei e, por precaução, vou ficar deitada o dia todo. Mas amanhã já pretendo dar umas voltinhas no quarteirão, não tenho mais tempo a perder. Meu ano acabou de começar.
P.S. Nunca vou cansar de agradecer ao médico que me operou. A correção, o estudo minucioso do meu caso, as mãos abençoadas e o afeto que dele recebi, nunca vou conseguir descrever. Obrigada mesmo Dr. Roberto Correa de Mendonça!!!

29 de ago. de 2011

A minha neta

 O pai da minha neta é o meu sobrinho, o artista Quim Alcantara http://quim.com.br/ . Eu não contei ainda da Mariana, que nasceu no dia 13 de julho, porque fiquei e, ainda fico, com medo de banalizar esse sentimento, que é o mais forte do mundo. É um amor tão visceral, tão avassalador que qualquer palavra é pouca e soa piegas. E pieguice é uma coisa que passa longe do filho do meu irmão Juca, que morreu há nove anos, dois meses depois do meu pai. Esse menino é tão palhaço que no dia em que ela ia nascer li no Facebook: "Mariana eject"! Mesmo morrendo de rir com a piada idiota, fiquei furiosa de ficar sabendo do nascimento desse jeito. Era precipitação de pai; ela só nasceu no fim desse dia e eu fui avisada na mesma hora, ainda bem. Já fui vê-la várias vezes, só não vou todo dia porque a Karen,minha nova sobrinha,não é minha nora (que a Paulinha não me leia, hahaha). Ontem fomos lá eu, as meninas e a mamãe, bisavó pela primeira vez, justo do neto que ela descaradamente mais ama e que não por acaso é filho do queridinho dela, o Juca. Pode parecer ciúmes eu falar assim, mas juro que não é. A mamãe nega de pé junto, mas é até engraçado, e eu apoio esse amor escandaloso dela, afinal, também sou assim. Com a Mariana ela está mais contida, acho que ainda não assimilou direito a bênção que caiu nas nossas vidas. Ontem a Mariana estava muito chorona ao ponto de os pais de primeira viagem empiricamente descobrirem que ela se acalma quando o exaustor do fogão é ligado: o barulho é igual ao do útero. Como eles sabem isso, não me perguntem. Como o apartamento deles é todo estiloso, com a cozinha aberta para a sala, fiquei sentada ao som do exaustor e ela dormiu gostoso por uma meia hora - delícia das delícias aquele cheirinho e aquele narizinho arrebitado. Quando ela começou a chorar novamente, eles experimentaram uma cadeirinha, tipo bebê conforto, que é motorizada - lá ela também dorme melhor. Como continuava chorando, o Quim, com a cara mais séria e deslavada, disse que ia colocar a cadeirinha em cima do fogão, ao que a Isabel completou - "melhor ligar o forno, assim também fica quentinho". Estamos todos apaixonados. A Karen e o Quim, mais que isso, estão fascinados com a filha linda, mas, mesmo assim, esse meu sobrinho não perde a piada.










17 de ago. de 2011

Minhas viagens pelo mundo

Não sei bem porque mas o Polyvore,além de ser site de imagens, também é de relacionamento. É muito mais de moda do que decoração, as meninas de lá são fissuradas,especialmente as do leste da Europa. Tenho algumas amizades virtuais, duas delas, uma da Finlândia e outra da Itália,  deixaram comentário aqui no blog, até instalei o Google Tradutor para elas, hahaha, que modesta que eu sou! Marijana, minha amiga croata, me acendeu a curiosidade por aquele lado do mundo e fui  fazer uma visita virtual ao belo país dela. Absolutamente viciada no Google Earth, já cheguei a passar noites inteiras vidrada na tela do computador. Quando descobri esse site, meu pai tinha morrido há pouco tempo e eu nunca deixei de lamentar ele não ter conhecido essa ferramenta. Eu e meus irmãos herdamos dele a mania de mapas, uma vez, há uns vinte e muitos anos ele foi à EMBRAPA e comprou uma fotografia aérea e nela localizou a fazenda, claro que usando as coordenadas geográficas, porque é uma foto imensa ,deve ter mais de um metro quadrado, a Gogó e Pimpa emolduraram e lá ele marcou o perímetro com uma caneta dourada, embaixo no passepartout escreveu uma estrofe de Camões que ele conhecia profundamente. Eu só achei para aqui postar, graças ao meu querido Google, meu pai ia na raça mesmo:

“No mar, tanta tormenta e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra, tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade aborrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme e se indigne o céu sereno
 Contra um bicho da terra tão pequeno?”
 Afff, essa minha avançada esclerose!! Pulei do Leste Europeu para a fazenda em Miguel Pereira sem nem saber onde pus as vírgulas, melhor voltar ao assunto. Escarafunchei a Croácia, Macedônia, Grécia, Turquia, assim aleatoriamente, pulando de uns país ao outro, sempre consultando a Wikipédia. Não sei se vocês conhecem, mas ultimamente os recursos desse site estão tão sofisticados que, nas grandes cidades, é possível ver um chiclete jogado no chão. De matar de tão fascinante! Nesses meus dias de repouso, onde o teclado fica difícil de alcançar, mas o mouse não, passo, de novo, horas e horas viajando pelo mundo. Semana passada, depois de assistir um filme lindo sobre a guerra, quis saber mais sobre o gueto de Varsóvia. A cidade é bonita, tem um centro, a Cidade Velha, murado desde a Idade média, e tudo isso em 3ª dimensão. Da Polônia fui parar em Berlim, cidade que não conhecia até então. Hoje posso dizer que conheço melhor do que a Angela Merkel, da periferia onde estão as casas milionárias, providencialmente censuradas pelo Google,até o centro, vi e entrei no Pergamon, vi as igrejas destruídas pelas bombas na guerra e com as ruínas preservadas,e a reconstrução do lado oriental, a cidade é um canteiro de obras, com o bom gosto de não copiar o que foi destruído, apenas restaurar com os recursos de hoje. O Portão de Bradenburgo, que emoção! A cúpula do Reichstag que, destruída na guerra, foi restaurada por Norman Foster, o arquiteto queridinho da Isabel que considera Berlim a cidade mais linda da Europa. Acho que eu também.Vou já para lá. Quando eu voltar vou contar sobre as últimas do Facebook, a comunidade do Colégio Assunção e o reencontro com a BibaArruda.
  1. P.S. Esses links eu pus meio de bobeira, só pra mostrar que eu aprendi mais esta. As fotos também. Na internet-google tem linksmaravilhosos, muito mais completos , coloquei os mais fáceis pra mim.'
  2. Pedi por e-mail pra Luisa dar uma corrigida antes de postar, mas não por sei onde ela anda, pra variar, vai assim mesmo.

14 de ago. de 2011

Pra não dizer que não falei de flores

Faz um tempão, desde o dia do Beirutaço organizado pelo http://www.leocoutinho.com.br/ , sucesso como tudo  que esse menino faz, que não saio de casa. Isto é, naquele sábado tivemos um jantar organizado pelo professor Cristiano Aretz da turma do INDAC dos anos 60 e 70 na chiquérrima casa da Tetê Noschese. Aquela noite renderia um post de tão maravilhosa que foi, qualquer dia eu  tento contar. Este dia  tão perfeito foi a minha saideira da vida real, depois disso minha hérnia inflamou de novo. Descobri uma fisiatra maravilhosa que me diagnosticou uma fibromialgia também. Ai ai, dizem que o chato é aquele que ao ser perguntado como vai, responde. Para que isso não grude em mim, me recolhi à "minha insignificância", repetindo uma das frases que a Vovó Lourdes usava para se referir aos outros, claro, nao a ela,hahaha!! e me enfiei no meu quarto lendo, vendo tv e brincando de Polyvore, aquele site de imagens onde eu brinco de  ''decoradeira''. Faço isso na minha cama, com o lap top na barriga,  com o  braço esticado, uso o mouse- ja quebrei vários,  agora parti para um sem fio, nao deito  mais em cima dele, em compensação, derrubo no chão toda hora. Esse brinquedinho mais o delicioso Facebook  e o Twitter, me conectam com o mundo. Pelo menos ando mega bem informada. Hoje me deu saudade do blog, na falta de assunto vou mostrar umas brincadeiras que fiz.
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beijos
P.SVou tentar explicar um pouco como faz: essa estante estava quase vazia, os livros, móveis, tapetes a gente vai arrastando com o mouse e ajustando o tamanho. Uma delícia!!! Acho que esse link é o meu: http://www.polyvore.com/cgi/home?id=761272 ( ô idade que não me deixa aprender esses segredos todos da informática)só que pra ver o meu trabalho tem que se inscrever, lá eu sou a mariacecilia.

25 de jul. de 2011

O que eu quero eu faço, o que não quero, mando.


"O que eu quero eu faço, o que não quero,  mando". Cresci escutando minha mãe dizer essa frase. Tanto ela falou que, claro, eu fazia, e, passei minha vida quase toda fazendo não o que eu queria, mas o que se esperava que eu fizesse. Não foi tão ruim assim, preciso confessar.  Que minha mãe não me leia, mas cresci uma moça prendada, boa dona de casa e, por mais que pareça estranho, grande educadora. Nunca falei, (acho), essa frase para os meus filhos,se falei, foi numa das inúmeras vezes que fiquei fora de mim. Com tudo isso eles cresceram bem normais e por incrível que pareça, me acham sensata nos conselhos que dou. Só nos conselhos, fique bem claro. Eu comecei a escrever para falar uma coisa e acabei mudando para os traumas de infância. Antes que eu esqueça de novo, vou contar que hoje quis escrever para contar um segredo que eu  usava quando não queria fazer uma coisa - “meu marido não quer,ou, meu marido não gosta”. Grossa mentira, a gente fala isso quando não quer fazer e nem dar explicações ou inventar mentiras. Todo mundo sabe isso, mas finge que não sabe, são as mentirinhas sociais. Agora, nessa idade avançada que me atinge e que me colocou de cama há mais de um mês, com aquela dor que eu imaginava ser uma hérnia de disco e que evoluiu para ser também uma fibromialgia, passei a ver TV enlouquecidamente já que fico deitada a maior parte do tempo. Eu já tinha uma mega TV de 50 e nem sei quantas polegadas com uma imagem incrível, mas eu precisava mais, e, há uns 10 dias passei a assinar o HD. Evidentemente, tantos botões e recursos me atrapalham e enervam mais do que o normal. Em vez de ler um manual, chamei o técnico que acertou todos os botões e ao tentar me explicar como agir no próximo defeito, ouvia minha nova e predileta frase: “eu sou velha, moço! velho tem dificuldade para entender essas tecnologias”.  Pensem comigo- não é uma ótima desculpa? Nunca mais vou ler nenhum manual de instruções, tou muito velha pra isso.
beijos
P.S. Tenho lido bastante também, acabei de acabar ler " O Primo Basílio".

19 de jun. de 2011

Paladar tem memória? tem sim senhor!!


A gente reclama, reclama,da cidade de São Paulo, mas temos que dar o braço a torcer, ela é fascinante. Terrível e sufocante, com os trilhões de habitantes que fazem do trânsito um inferno, ela tem um lado interiorano que é uma delícia. O meu bairro, um dos mais movimentados da cidade, ainda tem alguns lugares que me fazem sentir numa cidade do interior. Um deles é uma lanchonete que existe no mesmo lugar e com a mesma decoração, desde 1956. Lugar obrigatório para todos os boêmios e amantes da melhor cozinha do mundo, o Frevo, na Rua Oscar Freire, http://www.frevinho.com.br/, é um símbolo de lugar humanizado da cidade. Impossível entrar lá a qualquer hora do dia ou da noite e não encontrar algum conhecido. Falar do Beirute, do fantástico Rabo de Peixe e do Capricho de chocolate com marshmellow e a famosa farofinha, uau! Não vou nem falar, leiam no http://leo.coutinho.blog.uol.com.br que conta  deliciosos "causos" e descreve o cardápio de um jeito que deixa todo mundo babando de vontade de ir correndo até lá. E não adianta pedir em casa, eles até entregam, mas que graça tem? Imaginem que esse lugar mágico, quintal de todo o bairro e, também dos que por aqui passaram nos áureos tempos da Rua Augusta, agora estão morrendo de medo de perder esse lugar. O prédio foi vendido e não se sabe o que o novo dono vai fazer do lugar. Antecipando uma tragédia inenarrável caso este lugar seja fechado, o Leo Coutinho, menino querido, escritor de primeira, bom vivant como os de antigamente e dono do maior relacionamento que já conheci, armou nas redes sociais e depois na imprensa, um movimento de resistência e pedido de manutenção do lugar que foi chamado de Beirutaço. Foi ontem à tarde, um sábado ensolarado e quente como a cidade não via há quase um mês. Um amontoado de gente se espremia até na calçada. Os que passavam de carro pela rua, solidários, pediam para também assinar o manifesto que o Leo, com toda sua verve brincou, tinha assinaturas suficientes até para se formar um partido político. Espero que o novo dono  tenha a sensibilidade de manter o charmoso lugar e que meus netos e os filhos deles possam ter nas suas memórias, afetiva e  do paladar, as mesmas recordações que eu tenho de lá.

beijos

25 de mai. de 2011

O mundo mágico do centro da cidade

Hoje  eu tive um dia dos mais gostosos. Fui até a cidade com a Luisa para ver uma exposição que considero imperdível, ''O mundo mágico de Escher". E, ponha mágico nesse título,é, além de tudo, instigante. Adoro esse artista que usa a perspectiva para enganar o olhar,  a gente nunca sabe onde começa ou acaba.
Está no CCBB Centro Cultural Banco do Brasil, alí na Rua Alvares Penteado, pertinho da minha querida Subprefeitura da Sé que tanta saudade me traz. Por sorte maior ainda, encontrei a Ciça e Teresa fumando seu cigarrinho na calçada. Foi  só um oi rapidinho  porque a Luisa fica me apressando, semana que vem vou  lá matar a saudade  de todo mundo. Saindo da exposiçao, como eu já estava no centro, nao podia deixar de dar uma passsadinha   naquela rua que eu amo, mas que causa calafrios na maioria das pessoas- a 25 de março.  Para minha decepção, a rua está totalmente transitável e civilizada. O prefeito finalmente conseguiu por ordem naquela muvuca para a alegria dos comerciantes e da população que agora tem calçadas para andar. Eu acho isso certo, mas que a rua perdeu o seu charme, óh se perdeu. Eu adorava aquela bagunça infernal, os camelôs com seus refrões engraçadíssimos e os apitos ensurdecedores, achava a coisa mais divertida sair de lá e cair no Jockey Club, esquina da Ladeira Porto Geral com  a Líbero Badaró,nos sisudos calçadões da rua XV de Novembro, topar  com os engravatados da Bolsa de Valores da rua 3 de Dezembro, com os ilustres causídicos que frequentam a AASP na mesma rua Alvares Penteado e, que saudade imensa- o Vale do Anhangabaú. Acabei de decidir- amanhã vou voltar lá. Estou, faz um tempão, combinando com a  Isabel uma  ida à biblioteca Mario de Andrade, que está novinha em folha depois de ser reformada pelo  escritório de arquitetura onde ela trabalhou muitos anos, o Piratininga e Associados. Depois eu conto como ficou.
beijos

22 de mai. de 2011

Há que se comemorar!

Outro dia casou o filho de uma amiga. Menino querido, que conheço e amo desde sempre, convidou apenas algumas tias que faziam parte da sua história. Por sorte eu era uma delas e pude assistir um casamento lindo. Cheguei cedo, adoro ver a noiva entrar, e, na porta da igreja, encontro a irmã do noivo, mãe das gêmeas mais lindinhas e queridas do mundo, que, com dois anos e pouco, vestidas de dama de honra, estavam se achando, como eram mesmo, muito importantes. No colo do pai, uma delas, ao ver um de seus pares (me recuso a chamar de “daminho” e acho garçon d’honneur um pouco esnobe)-um menininho pequenininho, que devia ter no máximo dois anos, vestido de fraque e gravata, ela, assustada pergunta para o pai: é um bebê homem que nem esse "hominho" que a mamãe tem na barriga? Que delícia!!! Que vontade de saber contar essa história com a graça e charme com que a Patti Netto, prima-sobrinha, conta no seu delicioso http://www.limpinhoecheiroso.blogspot.com/,  as graças do Victor, seu filho,e agora também, dos filhos de suas amigas. Não fosse eu muito metida e estar muito sem assunto, mas com muita vontade de escrever, deveria ter ligado e contado, para que, ela sim escrevesse. Fui procurar uma foto para por aqui e nao achei, achei a do aniversário de 100 anos da dona Lourdes, mãe da tia Amália que fez um chá  para as amigas mais próximas e eu, muito encherida, fui convidada também. Que exemplo de família tem a dona Lourdes. Belíssima, chiquérrima, sempre com o cabelo e as unhas impecávelmente arrumadas, com um salto alto que eu já aposentei há uns cinco anos. Se eu tiver sorte, espero poder chegar aos 70 como ela. E, se puder deixar uma descendência linda e correta como a dela, já não quero mais nada.
beijos
P.S.: Acabo de lembrar que é pajem que se chama o par da dama de honra. Péssima a mania que eu tenho de postar antes de corrigir.

10 de mai. de 2011

Feito pelas mãos de iaiá


No dia em que meu blog foi ao ar avisei  por e-mail meus amigos mais próximos. Foi uma coisa mágica,   em algumas horas, várias pessoas que eu não conhecia,me escreveram. De onde vieram? Como me acharam? É uma sensação deliciosa abrir o blog e ver comentários, principalmente quando elogiam, hehehe. Eu não apago as críticas. É praxe e  a maioria dos blogueiros monitora os comentários e não publica ofensas. Não faço isso por dois motivos. Um deles é pela surpresa deliciosa de descobrir novos comentários e também por achar que, quando resolvi me expor  aqui,estava sujeita a isso,  e também  porquê, só  tenho alguns, poucos, graças a Deus, inimigos. São poucos, mas o suficiente para me deixar assim... assim, meio falling  blue e  fora do ar nesses últimos dias. Não fosse o meu querido amigo virtual desde o primeiro dia de blog, Santana Filho, que me descobriu  graças ao   http://www.doidivana.wordpress/,  da minha querida Ivana, eu não estaria aqui hoje. Ele me cutuca e me instiga a escrever. Por total falta de assunto, mostro uma das minhas últimas descobertas- depois de velha, aprendi a gostar de cozinhar e, acreditem se puder, tudo que está nesta foto foi feita no domingo passado, dia das mães, como dizia a minha querida avó Lourdes, pelas mãos de Iaiá. Que no caso, sou eu.
beijos

4 de abr. de 2011

Será o tempo senhor da razão?

Por sorte algumas vezes acontecem coisas na nossa vida que confirmam o ditado: - nunca mais, não existe. Eu que achava que nunca mais na vida iria fazer uma viagem com a família toda junta, me enganei, ainda bem!  Para falar a verdade, isso quase me aconteceu,  faltou o André e a Paula, mas, eles que se preparem, a minha próxima viagem  vai ser pra Belo Horizonte, quero conhecer a Pampulha e Inhotim, além de rever os meus queridos sobrinhos Eduardo e Laila. Voltando ao assunto, antes que eu vá parar em Manaus, -passamos o fim de semana com as meninas em Brasília. Que cidade deslumbrante! Eu fico enlouquecida vendo o palácio do Itamaraty que flutua num espelho d’agua, as colunas do Planalto e do STJ que encostando delicadamente no chão, sustentam um prédio imenso, os azulejos fascinantes de Bulcão, os jardins estupendos de Burle Max, além do planejamento urbano de Lucio Costa que de uma idéia tão simples - uma cruz, fez a cidade ser tão simples e fácil de ser entendida e amada. Eu tive o privilégio que não se paga nesta vida, de conhecer essa cidade, seus palácios e monumentos pelas mãos, olhos e coração dos meus queridos Maria Helena e José Gregori. Fui paparicadíssima na casa deles, em várias temporadas, durante os oito anos do governo Fernando Henrique onde vi de perto pessoas de bem cumprindo o seu dever. Esse testemunho é meu, muita gente caçoa e torce o nariz – não importa. Quem viu, viu, sabe o que viu e essa sensação de ter visto isso de perto não se consegue  dividir nem contar porque tem coisas que só o tempo vai mostrar. Esse tempo que eu irresponsavelmente neste blog costumo tripudiar, desde ontem veio me cobrar com uma força imensa, me deixando nostálgica e chorona. Esses tempos que passei em Brasília, não voltam mais, pelo menos para mim.

beijos

27 de mar. de 2011

Um aniversário com sol e saudade

Depois de 15 dias chuvosos, ontem o dia amanheceu lindo e ensolarado. Acho que veio assim como presente para os 15 anos da Elisa,sobrinha querida, filha da minha prima Maria Stella e do Oswaldo.Os dois fizeram um almoço chiquérrimo, como não poderia deixar de ser, para as amigas da escola, a família e algumas “tias postiças” onde eu fui incluída. Dá para imaginar como fiquei emocionada? Emoção que começou logo cedinho quando me lembrei como tinha sido meu dia há 15 anos. Hoje em dia, me lembro muito mais das coisas passadas do que o que me aconteceu na véspera, ai ai. Eu estava na casa da mamãe, cuidando da minha avó, já com o Alzheimer avançado, numa temporada que minha tia Gigina teve pneumonia e ela foi ficar lá até as coisas se ajeitarem na sua  casa . Toca o telefone e era a inesquecível Baby contando que Maria Stella tinha ido para a maternidade. Naquela época as coisas eram diferentes, o pai não entrava na sala de parto para filmar, as pessoas fumavam - eca!!! na sala de espera de um hospital –eca de novo e, não sei se em todas as famílias, mas na nossa, muito louca,todo mundo ia para a maternidade esperar junto com o pai. Só não me lembro se o Oswaldo, ranzinza querido, deixou acontecer essa folia toda, mas me lembro nitidamente desse telefonema e eu pedindo para ela me avisar assim que nascesse, porque não tinha com quem deixar a vovó. Essa imagem me vem tão nítida quanto as de agora. Eu espero  nunca  esquecer dos 15 anos da Lili, da delícia das tias tortas conversando até noite fechada com as tias avós, relembrando com a tia Lalucha casos da nossa remota infância e eu lembrando com uma saudade imensa dos meus tios avós, Suzana e Decio que não conheceram a Elisa, mas que ontem, estavam conosco naquela mesa.


beijos

22 de mar. de 2011

Seu pendrive tem blutufe?

Hoje é aniversário da Cely que tá de molho na cama com hérnia de disco. Solidárias a ela, na  saúde e na doença , há mais de 30 anos, as Mimi e  Cocó, eu e  Carminha,  fomos até a casa dela.  Aniversário não se faz todo  dia, como ela adora uma festa e sempre organiza os nosso aniversários,não podíamos deixar de ir dar um beijo nela.Fomos juntas,  no caminho a Carmen precisou parar no correio para mandar duas cartas para o DSV que, antigo até nao poder mais, não aceita e-mail. Comentei com ela que estou começando a achar e-mail uma coisa antiquada, quase não recebo mais, hoje em dia, a gente se comunica muito mais pelas redes sociais, twiiter e face book que é uma comunicaçao quase instantanea, mas enquanto não aposentamos nosso correio eletrônico, é preciso abri-lo toda hora porque às vezes chega alguma coisa. Acabo de receber da Pat Furquim  esse que vou postar  agora, vejam se nao é hilário:
Haroldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista:
- Moça, vocês têm pendrive?
- Temos, sim.
- O que é pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um.
- Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
- Ah, como um disquete...
- Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. O disquete, que nem existe mais, só salva texto.
- Ah, tá bom. Vou querer.
- Quantos gigas?
- Hein?
- De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive?
- O que é giga?
- É o tamanho do pen.
- Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume.
- Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
- Ah, tá. E quantos tamanhos têm?
- Dois, quatro, oito, dezesseis gigas...
- Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
- Neste caso, o melhor é levar o maior.
- Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
- Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB?
- Como?
- É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.
- USB não é a potência do ar condicionado?
- Não, aquilo é BTU.
- Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
- USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. O seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB, se for velho é P2.
- Acho que o meu tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra do disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aqueles disquetes do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?
- Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive.
- Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.
- Quem sabe o senhor liga pra ele?
- Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda não aprendi a discar.
- Deixa eu ver. Poxa, um Smarthphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, woofle, brufle, trifle, banda larga, teclado touchpad, câmera fotográfica, flash, filmadora, radio AM/FM, TV digital, dá pra mandar e receber e-mail, torpedo direcional, micro-ondas e conexão wireless....
- Blu... Blu... Blutufe? E micro-ondas? Dá prá cozinhar com ele?
- Não senhor. Assim o senhor me faz rir. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
- Pra que serve esse tal de blutufe?
- É para um celular comunicar com outro, sem fio.
- Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...
- Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
- Ah, e antes precisava fio?
- Não, tinha que trocar o chip.
- Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip...
- Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
- Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
- Momentinho... Deixa eu ver... Sim, tem chip.
- E faço o quê, com o chip?
- Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.
- Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino, então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
- Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Agora é só teclar, um momentinho, e apertar no botão verde... pronto, está chamando.
Haroldo segura o celular com a ponta dos dedos, temendo ser levado pelos ares, para um outro planeta:
- Oi filhão, é o papai. Sim. Me diz, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura. Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive. De noite eu levo para casa.
- Que idade tem seu filho?
- Vai fazer dez em março.
- Que gracinha..
- É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
- Certo, senhor. Quer para presente?
 Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e na tela abre-se uma janela. Em seguida, com o mouse, abre uma página da internet, em inglês. Seleciona umas palavras e um 'havy metal' infernal invade o quarto e os ouvidos de Haroldo. Um outro clique e, quando a música termina, o garoto diz:
- Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
- Teu celular tem entrada USB?
- É lógico. O teu também tem.
- É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pen drive e ouvir pelo celular?
- Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
Naquela noite, antes de dormir, deu um beijo em Clarinha e disse:
- Sabe que eu tenho Blutufe?
- Como é que é?
- Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é?
- Não enche, Haroldo, deixa eu dormir.

(autor desconhecido)

Acabo de receber uma correção nos comentários que agradeço muito e que vou  transcrever um pedaço aqui.Acho de uma importância vital a gente dar crédito ao autor do que quer que seja, texto, desenho, foto o que for. Vejo muita gente que posta coisas na internet sem dar o devido crédito, confesso que isso me aflige um pouco. Quando recebi esse e-mail não veio crédito algum por isso escrevi que era autor descolhecido. Agora, com o
esclarecimento da LuThome, dona de um blog interessantíssimo, faço a correçao desse divertidíssimo texto doPaulo Wainberg, distribuída originalmente por e-mail e está publicada em seu blog com data de 29 de março de 2011
(link direto: http://paulowainberg.wordpress.com/2011/03/29/familia-vinte-e-um/).

17 de mar. de 2011

Aniversário

Ontem o André fez 34 anos. Ainda estou em estado de choque, engraçado é que só ontem me dei conta do tamanho dessa passagem do tempo. Eu sei, eu falo e assumo o tempo, mas não sinto. Não sei se todo mundo é assim ou se é mais um sinal da minha esclerose, - até me olhando no espelho, sem óculos, é claro, ainda me acho jovem, só quando vejo uma fotografia é que assusto, mas me engano dizendo que saí mal na foto. Para falar a verdade verdadeira, acho, não sei se é morbidez minha ou um pouco de depressão, mas eu gosto de saber que já vivi muito mais da metade do que uma pessoa pode viver bem. Aproveitei muito bem todas as etapas da minha vida e não tenho saudades para me lamentar. Foi uma delícia ter meus três filhos pequenos, -sem dúvida nenhuma, a melhor época da minha vida, não só por eles  e pelo vigor que já não sinto, mas especialmente porque tinha todos os meus queridos vivos. A adolescência deles também foi muito boa, eles foram chatos o suficiente para se tornarem adultos saudáveis, alem do que, achava divertida essa idade que muita gente acha aborrecida. Agora com eles adultos, minha vida encurtada, mas não menos divertida, colho as alegrias de ter um filho quase um senhor. Ele nos proporcionou uma noite agradabilíssima, só nós, a mamãe e os sogros dele que são exatamente os que eu teria escolhido se pudesse. Divertidos, altíssimo astral, tem apenas um defeito: a Vera é irritantemente bonita e jovem. Três anos mais velha que eu, parece ter dez a menos e, inveja sem nenhuma intervenção. Um pouco empilecada, falei que ela iria me pagar na próxima encarnação. Não acredito nisso,mas vai que exista,vou torcer para tê-los de novo perto de mim, até porque o Totó fala o que eu tenho vontade, mas não posso:  "esse ano eu exijo um neto".


beijos

14 de mar. de 2011

Grandes emoções e pensamentos imperfeitos

Estou, desde a semana passada ensaiando escrever, mas ando tão borocochô que acabo deixando pra depois e depois. Estes dias tem sido, como diz o título do livro, cheio de “Grandes emoções e pensamentos imperfeitos”. Tenho encontrado amigos queridos que não vejo a tempos. Há uns 15 dias tive um almoço divino no clube com a Luciana e Marcelo onde rimos muito e falamos montes de besteiras, -delícia! O dia acabou no meu diretório com a preparação para as nossas convenções e teve também, muita risada e muitas bobagens, começando pelo piso da nova sede que é igual ao puxado que fizeram no clube destruindo um belíssimo jardim suspenso do Burle Max, o que tanta ira tem nos provocado. Para provar a cafonice dessa obra, tirei fotos do pé de um amigo que é conselheiro e também filiado ao meu diretório. Depois desse dia, a executiva se reuniu numa pizzaria, - amo essas reuniões, hehehe. Nessa reunião falávamos evidentemente de política e de partido. “Alguém lembrou a frase dita por Mario Covas: O diretório é a família de um partido”, ou algo assim, como não consigo falar com ninguém presente naquele jantar para saber com certeza e como  meu surucutico não me deixa esperar, fica  assim mesmo porque o sentido é esse. Para provar o que eu falei aquele dia - vocês são a família que eu escolhi!, o meu querido presidente, Rafael Valdívia acaba de me ligar de volta e me fala a frase correta: “O diretório está para o partido assim como a família está para a sociedade”. Demais não é? Que sorte e privilégio eu tive de conviver um pouco com essa figura tão maravilhosa que, dez anos depois de sua morte, numa missa em sua homenagem, lotada de gente no Mosteiro de São Bento, não se ouvia um pio, era um silêncio tão respeitoso que só uma figura como a dele poderia impor. Ontem foi dia de convenções em todo o estado e, até onde eu sei, correu tudo na santa paz. Para completar o mês de grandes emoções, semana passada fui à casa da Ivana, do delicioso blog http://www.doidivana.wordpress.com/ , minha amiga há 42 anos que vejo muito de vez em quando, na verdade, só nos lançamentos de livros dela. Como ela é uma escritora de primeira, premiada e reconhecida, não ficamos muito tempo sem nos ver e, agora com esse blog que é super divertido, mais o twiter, novo vício, temos um contato mais próximo, ainda bem! Os pensamentos imperfeitos não vou contar, aqui é só alegria!

Beijos

P.S. Acabei de aprender como faz para cortar as letras, vejo muito isso nos blogs que leio. Eu estava fuçando as configurações quando o Rafael ligou, achei tão moderno que em vez de apagar, usei o recurso.

23 de fev. de 2011

Ecos de uma campanha

Como já contei uma porção de vezes fui Ouvidora na Campanha Serra-Geraldo . Para não desdizer minha fama de louca, repito que é um trabalho que adoro, apesar de ser hiper desgastante. São 40, 50 telefonemas por dia, milhões de e-mails e de cartas.  Apesar de reclamar e reclamar, fiz com tanto prazer que um dia recebi a visita de um senhor que gostando da minha carta resposta foi me conhecer. Já falei dele, da emoção que senti com suas histórias e especialmente por uma poesia que ele me deixou publicar no Depois dessa será eu aguento me aposentar? Acabada a campanha, retomei minha vida, viajei e, um belo dia recebo um telefonema do Dr. Carlino Nastari. Imaginem só a minha surpresa. Meses depois ainda se lembrava de mim e tinha meu telefone. Um familiar dele achou por acaso a poesia publicada, comentou com ele que me ligou, e,para minha surpresa, agradecendo e pedindo uma correção. Como não tenho fax, ele me mandou pelo correio que acaba de ser entregue. A correção já foi feita, cada vez mais eu acho esta poesia sensível e bonita.

P.S Já tinha postado e publicado  quando vi que o link não funcionava., resolvi entao publicar de novo neste post. Ai ai que falta me faz 20 anos a menos.

  ORAÇÃO
Pagando uma dívida de vida
Devida era uma oração da vida.
Na vida, a cada instante, busco o encanto
Quero rir com liberdade, na tristeza conter meu pranto.
No trabalho, ainda agora busco alegria.
No lazer, ouvindo clássicos, encontro a paz que me sorria.
Reverencio o sol que me traz alento
Cultivo flores em meu pensamento.
Com os olhos neblinadoa,aprender e esnsinar é um mandamento.
Dividir o pão,perdoar e ajudar sempre,é um juramento
Quando de repente me procure a morte.
Viajarão comigo meus sonhos, meus amores e minha sorte.
Na grande viajem, o silencio à espreita,
O funil da vida se esvai por vereda estreita.
Aos meus pais que do amor fizeram sublime alimento.
A energia da vida se esvai por vereda estreita
Com minha amada, por setenta anos, fui feliz, toda noite, todo dia.
Ao Creador, reverente, mil graças por mais um dia
CARLINO NASTARI

21 de fev. de 2011

A primeira vez a gente não esquece, mas devia!



Para desdizer o título do meu blog, ando cada vez mais internauta. Agora me viciei no twiter apesar de não acertar as postagens. Minha amiga Elaine Gomes do delicioso http://www.lesmadesofa.blogspot.com/ bem que tenta me ensinar, mas tem uma bendita de uma@ que a gente tem que por antes do nome pra falar com a pessoa e, depois, pra falar dela, ou vice versa, como não aprendo mesmo, fico na moita,! me divertindo com os meus following que são super divertidos. E de site em site comecei a me aventurar no e-commerce (uia! que muderna!) Comecei comprando nos sites da Uol , depois me aventurei nos de compras coletivas, em dois internacionais que ainda não recebi e ontem, num que eu tinha medo. Se eu tivesse paciência de ler as instruções teria sido bico, como não tive, acabei tendo que escrever para a vendedora e, acreditem se puder, foram 14 e-mails e quase 2 horas até finalizar a compra, coitada! Resolvi pagar por depósito bancário, ai ai ai, que medo! Depois de levar uma bronca da Luisa que me disse ser uma coisa facílima, fui tirar dinheiro. Como eu não queria tomar sol nesse calor subsaariano que está fazendo em São Paulo, em vez de ir ao banco que é na Avenida Paulista, fui ao caixa eletrônico do Conjunto Nacional, mais fresquinho com o caminho arborizado da Alameda Santos.Pois não é que o teclado não aceitou meu dedo? Batia furiosamente e nada de entrar a senha, tentei com o nó do dedo e aí sim entrou, mas o Itaú bloqueou meu cartão. Não tendo outro remédio, vou até a agência. O sistema tinha caído, precisei entrar numa fila enorme, tirar o dinheiro com cheque e cadastrar outra senha, tudo isso para economizar dez reais de taxa bancaria. É mole? É nada!ainda não acabou, chego na outra esquina, agência do Banco do Brasil, ar condicionado divino e sem filas. Peço ajuda a um simpático e solícito atendente  porque nunca tinha feito isso e na hora transferência, pimba! O número estava errado, consulta que consulta, e nada, o remédio foi voltar pra casa, ver o número de novo e voltar ao banco. Isso feito com sucesso volto pra casa debaixo de um temporal.  Ventava tanto que resolvi poupar o meu guarda chuva chique, presente Carminha. Molhada, por molhada, molhada e meia. O guarda chuva continua intato e eu esbudegada. Agora vou ler os jornais do dia que nem vi ainda.
Beijos

imagem copiada do google Imagens

                                                                                                         

18 de fev. de 2011

Do Planeta Diário à grande imprensa

Enquanto eu lia os jornais de hoje comecei a lembrar do fascínio que eu ainda sinto por eles, apesar da internet, muito mais ágil e que não suja as mãos. Essa coisa de gostar de jornal é meio atávica, minha mãe sempre acumulou do lado da cama, aqui e na fazenda, uma pilha considerável deles. Diz ela que é o que não deu tempo de ler ou que quer reler ou guardar. Melhor fazia minha tia avó Esther que recortava as notícias e as guardava, preciso conferir com minhas primas, mas parece que ela tinha caixas e caixas guardadas no sótão. Eu não faço isso, leio e na mesma hora coloco na pilha dos recicláveis. Jornal é um vício, mesmo a gente já sabendo o que vai sair vendo o jornal da TV na véspera. É uma delícia acordar e encontrá-los na nossa porta. Luisa, minha filha, é jornalista, trabalha há cinco anos na Folha de São Paulo. Agora faz a Folha Corrida, um resumo, uma espécie de primeira página, na última do Caderno Cotidiano. Para isso ela tem que ler o jornal de cabo a rabo e também todos os outros importantes do país e no mundo, acho super bacana essa pagina, principalmente quando se está com pressa. A única coisa ruim éque agora ela não tem mais tempo para mim, nunca pode falar no telefone e chega em casa à uma da manhã. Todo mundo aqui em casa acha absurda essa vida que ela leva, menos eu, que desde os tempos do Planeta Diário com o repórter Clark Kent e Miriam Lane( no filme Louis Lane) do adorável Super-homem que me iniciou nas delicias da leitura, já achava que uma redação era o lugar mais fascinante do mundo. Quando eu estava no colegial inventei um jornalzinho de poucas tiragens, era um misto de fofocas com notícias leves, eu fazia sem saber que isso existia:um boneco-numa folha de papel sulfite ia colando e ajeitando as notas batidas à maquina, recortadas e coladas. Quando a folha ficava pronta, passava num mimeográfo a álcool, grampeava e distribuía. Esse jornal durou no máximo uns 3 meses, não sei se acabou por falta de leitores ou pela sua precariedade. Trinta e tantos anos depois, trabalhando na Subprefeitura da Sé, fui intimada pela jornalista Egle Cisterna a ajudá-la num projeto desenvolvido pela Secretaria das Sub Prefeituras, idéia da Pamela Mora, onde cada uma das 31 subprefeituras teria um Jornal Mural com as notícias e feitos de cada uma das suas coordenadorias. O intuito era integrar todos os funcionários. Naquela época eu só conhecia de computador, a internet, nem imaginava a existência de um Office, muitíssimo menos do Power Point. Como a dona Egle é muito brava, não pude dizer não e ela foi me ensinando e me introduzindo nesse fantástico mundo do Bill Gates. No começo o jornal era tímido, uma página para cada coordenadoria e um responsável em cada uma delas para me passar as notas. Como não era obrigatório, nem todo mundo me atendia, salvo algumas exceções como a Thais Lima dos Reis da Coordenadoria se Cultura, Esportes e Assistência Social e Angela Pian, da Coordenadoria de Obras que me ajudou muito. Divertidíssima e colaborativa, juntas inventamos uma página social em CPOS com algumas fofocas para apimentar. Essa página fez sucesso até que algumas pessoas não gostaram de uma nota e reclamaram,- acabou ai, uma pena. Comecei também, fascinada com os recursos, para mim inimagináveis, do Power Point, para escândalo dos mais jovens e antenados, a buscar imagens para ilustrar o jornal. A Egle não gostava muito das minhas inovações, ela é muito conscienciosa e obediente às normas estabelecidas pela Secretaria, mas como eu sou desobediente e espaçosa, fui cada dia ampliando essas novidades até o dia que ela saiu de licença para ter o lindo Eric. Foi aí que me esbaldei, coincidiu com nossa mudança para o centro da cidade que me fascinou de tal maneira que inventei uma pagina chamada "Conheça o Centro", primeiro com informações de comércio e depois com história. Escolhia um nome de rua aleatoriamente, buscava na internet fotografias antigas e uma atual e contava o porque do nome de cada uma além de uma pequena biografia do homenageado. Pesquisava no dicionário de ruas e nas páginas da web do CONDENPHAT e IPHAN e muitos e muitos blogs que até hoje leio. Depois de um ano, já não tinha mais rua, nem do centro, Bela Vista, Consolação, Santa Cecília, Liberdade e outros bairros da nossa subprefeitura. Passei aos monumentos e depois estendi à cidade, procurando no site da SPTURIS programas interessantes e baratos, ficou bacana, deu pra cobrir os quatro pontos da cidade com o Conheça a Cidade. As responsáveis na Secretaria, além da Pamela, Fernanda Anhaia Melo responsável pelo design e Camila Morais, gostaram e adotaram essa pagina para as outras subs. Quando fui despedida em dezembro de 2009, o jornal que já tinha 12 páginas ficou sob responsabilidade da minha querida e linda Carol Flauzinos, que continua fazendo com o mesmo amor que eu. Acho que foi esse JM que me deu coragem para começar esse blog. Mais uma que eu fico devendo ao Andrea Matarazzo.

16 de fev. de 2011

Bastidores..

Essa semana tive a sorte de ver de novo o Cauby na TV. Na mesma hora avisei no Facebook e foi incrível o número de pessoas que curtiu minha nota e comentou.  Não imaginei que uma geração pouco abaixo da minha gostasse  tanto dele.  Outro dia achei essa foto tirada naqueles anos 1980. Imaginem que eu achava ele velho, agora vendo na TV essas restrospectivas em homenagem aos 80 anos dele, vejo o quanto ele era jovem naquela época, e eu, também.

10 de fev. de 2011

Cantei, cantei....

Os exagerados anos 80, hoje tão mal falados,para mim foram os melhores. Foram os anos do Parque Trianon onde ia todos os dias levar as crianças para brincar,mas também foram os anos de Cauby Peixoto. Quantas vezes não cheguei da ''balada", palavra que, assim como o Ricardo Amaral, também odeio, para tomar um banho, café e emendar um parquinho com meus filhos. Ah! A vitalidade da juventude. Nossos companheiros inseparáveis eram a Cristina e Geraldo, primos queridíssimos com quem eu dividia a minha paixão pelo Cauby. Não perdíamos um show. Quando ele fazia temporada em São Paulo íamos todas as noites, mesmo sabendo de cor todas as músicas e as entradas. E que prazer sentíamos nisso! disputávamos para ver quem gostava mais dele e nos divertíamos muito com isso, cada noite rendia boas risadas e muitas histórias. Nós íamos tanto aos shows dele que ficamos conhecidos dos garçons, maitres, porteiros, donos das boites, isto é, eu e Luis Augusto, porque Geraldo e Cristina já eram há muitos e muitos anos conhecídíssimos na noite paulistana. Evidentemente acabado o show íamos ao camarim e de tanta frequencia, acabamos amigos. Não pensem que a proximidade do nosso ídolo tirou o charme e o encantamento. Quando ele cantava era o nosso monstro sagrado, no camarim e depois nas mesas de bar, era o nosso amigo que ria conosco do exagero e brilho de suas roupas e que contava histórias deliciosas sobre a história da noite carioca e dos maiores ídolos da nossa música. Para a maioria da minha geração ele era um velho cafona e exagerado, e eu uma louca que gostava dele, eu nem ligava, a minha paixão, por uma sorte que não consigo imaginar o merecimento, fez com que eu aprimorasse meu gosto musical e pudesse conhecer e até ouvir muitos monstros sagrados dos anos 50 que , naqueles 80 se encontravam esquecidos cantando em pequenas boites que só os grande bohemios e conhecedores de boa música frequentavam. Eu não me lembro quando foi que nos afastamos, acho que foi quando eu comecei a ficar velha. Só sei que nossas saídas foram se espaçando até que um dia acabaram de uma vez. Passados muitos e muitos anos,décadas até, meu marido quis ir num show no lendário bar Supremo. Resisti o quanto pude, odeio reviver momentos felizes, gosto de ficar com eles na minha memória e não cutucar o passado. Para falar a verdade acho que eu tinha medo de ver a decadência física do meu ídolo e nela enxergar a minha, não sei. Só sei que fui e, como sempre, ficamos numa mesa de frente. O lugar pequeno deixou que ele nos visse e, além de falar no microfone, que se sentia feliz de nos ver, ficava mandando beijos e apertando as mãos na altura do coração. Quando nos encontramos ele me fala naquele tom de voz inconfundível "Você está uótima " . Eu respondo: e você,- melhor ainda!!!! Nessa noite nós não rimos, saímos de lá com uma sensação boa de saber ter vivido momentos especiais, mas com a certeza de que era a última. Alguns anos mais tarde, depois de muita insistência levamos nossos filhos, fãs confessos também, a um show no Bar Brahma. Eles, mais minha nora Paula, adoraram, assim como muitas e muitas amigas que o descobriram agora . Eu não. A voz continua cristalina e perfeita, mas nenhum de nós tem mais o vigor daqueles tempos. Geraldo e Cristina não estavam conosco, ele não cantou nenhuma música especialmente para mim e tive certeza de uma etapa definitivamente encerrada na minha vida. Agora, por acaso acabo de ver na TV um show pelos seus 80 anos. Foi tão maravilhoso, tão mágico que essas lembranças me voltaram tão fortes e de uma maneira que nunca vou poder contar. Só nós quatro sabemos o que foi.
beijos
P.S. Escolhi o nome da minha filha Luisa quando escutei pela primeira vez este hino recém lançado pelo insuperável Tom Jobim. Acho que foi o nome que a fez tão doce e meiga.

7 de fev. de 2011

Eu era feliz e sabia....‏



Eu era feliz e deveria saber, aliás, tinha obrigação de saber, pena que quando a gente é criança não avalia o momento e, com uma ansiedade maluca já se anunciando, não soube aproveitar bem a delícia de se crescer numa fazenda nos anos 1950 até meados dos 60. Para telefonar para São Paulo a gente tinha que pedir logo cedo para a telefonista. Só se conseguia falar a noite. A ligação era péssima, era o maior berreiro para nos escutarem. Televisão, nem pensar, só no finalzinho, quando já estávamos quase nos mudando para São Paulo meu tio comprou uma. O programa das sextas feiras à noite era ir na casa dele assistir Bonanza. TV a cores era um sonho impensável, telefone sem fio? Oras, o nosso era de manivela. Só me sobrava, desajeitada e muito mais velha que meus irmãos e primos, ler. Plagiando a grande e premiadíssima escritora Ivana de Arruda Leite, numa entrevista à revista Poder, onde dizia ter tido influências Emilianas, isso mesmo, da Emilia do Sítio do Pica Pau Amarelo, eu também. Na escrita não me arvoro a dizer, afinal, quem sou eu? Mas sou emiliana no destempero verbal e, com isso, me sinto perdoada por muitas bobagens que digo. Emilia foi minha "'idala" e companheira das minhas primeiras leituras. Dela passei para a coleção Menina Moça que minha tia Diva tinha completa, cheguei a ler 3 livros num só dia. Depois de ler um armário inteiro que ela tinha num quartinho de despejo,passei da agua com açucar para Bonjour Tristesse, comentadíssimo livro de Françoise Sagan que minha mãe me proibiu de ler,afinal eu devia ter uns 11 ou 12 anos, não iria, como aconteceu, entender nada. Depois os Reis Malditos de Maurice Druon.Mais tarde um pouco descobri o Tesouro da Juventude da infância da minha mãe, num português antigo, tinha os resumos de todos os clássicos. Li numa enfiada só e daí passei a ser mais seletiva. Também escondido, é claro, li todos os Harold Robbins, livro que aconselho a todos os jovens, não sei se hoje é considerado sacanagem, mas é bem escrito e facinho de ler como todos os best sellers. E lendo compulsivamente tudo que me caísse nas mãos, de livrinhos de banca a boa literatura, chegamos nos anos 1995 e com ela a internet. Daí, acabou minha alegria, passei a ficar horas e horas na frente dessa máquina mágica e infernal, ainda precisando ler antes de dormir, até porque, computador tira o sono. Somado a isso tudo, as 8 revistas que assino por mês. Socorro! Preciso me cuidar pra poder encompridar minha vida Não li ainda nada do que quero e ainda tenho essas máquinas infernais tipo meu celular pra me roubar o tempo brigando com a operadora.

beijos

5 de fev. de 2011

Mal sabem eles...

Depois de um ano de muita irritação com a Vivo que fazia as cobranças mais absurdas me obrigando a ficar horas e horas falando com o Call center deles, ontem, finalmente, me livrei mudando para a Claro. Escolhi esta operadora pelo preço evidentemente, pão dura que sou, mas especialmente pelo garoto propaganda, o Ronaldo Fenômeno, que para mim, dada minha provecta idade, será sempre Ronaldinho. Não que eu ache muita graça em futebol, confesso que nem final de Copa do Mundo me faz ficar na frente de uma TV. Eu gosto dele por uma entrevista feita pela Marilia Gabriela alguns anos atrás. Fiquei muito impressionada pela inteligência, rapidez de raciocínio, generosidade e simplicidade, mas também porque ele é gordo, - sentimento de classe, sabem como é. Mas voltando à operadora, nunca vi gente mais prestativa, atendimento nota mil, até me deram de presente um telefone todo metido a besta, um dos mais caros de lá. As fofas e meigas vendedoras quase me convenceram que nunca mais terei problemas. TSC TSC.Mal sabem elas que, minha advogada Dra Cely, driblou um monte de advogados e fez com que o Ronaldo reconhecesse um filho. O que é uma operadora pra ela? Nadica de nada, qualquer errinho na conta, ela que vai resolver para mim. E melhor, ganhar.

Beijos

P.S. Feliz da vida com meu velho computador, finalmente consertado, escrevo este post no Word esperando diminuir os erros e, raiva das raivas, não consigo colar no blog, nem dando control C e control V. Volto ao lap top e, também não. Não acho o Quim, meu assistente de blog (chic, né? Ele ta fazendo um mega sucesso como artista e ainda ajuda essa tia) e com todo meu sirucutico vou ter que esperar alguma filha aparecer para me ajudar. Enquanto estou aqui esperando chega um e-mail da Vivo em resposta às reclamações de dezembro me oferecendo 25% para eu não mudar. Fofos, né?

30 de jan. de 2011

Polyvore, salvação para uma coluna inflamada

Desde novembro que estou sem meu computador e passei a usar um super lap top, ultimo modelo Vaio, que não fala português, é todo diferente e eu não entendo nada. Como é da Isabel, não configurei, então, só uso a internet que é o que realmente me interessa num computador. Obviamente um corretor de texto me faz uma falta imensa, só não faz mais porque ele não corrige as vírgulas que eu não consigo aprender a por no lugar certo por mais que eu decore e entenda as regras, na hora vai aleatóriamente, tomara que eu não cometa nenhum absurdo- qui medo, aiai. Mas por falar em absurdo acabo de comentar com a Luisa o esnobismo idiota de alguns jornalistas. A Veja dessa semana fala em ''templates'' -socorro! o que é isso? A Luisa me explicou, mas não me convenceu, continuo achando que é uma palavra idiota que poucos iniciados conhecem. Outra que me irritou na mesma revista é "incubo". (Íncubo em latim incubus, de incubare. O íncubo drena a energia da mulher para se alimentar, e na maioria das vezes deixa-a morta ou então viva, mas em condições muito frágeis. A versão feminina desse demônio é chamada de súcubo.) Ok ok, eu devia saber, mas não sabia, valeu só porque fui procurar no dicionário e aprendi, espero que seja útil, se bem que, não pretendo nunca precisar usar essa palavra tão feia. Mas nenhuma dessas implicâncias chega ao ponto do que acabo de ver numa sorveteria aqui perto,-você tem que escolher o flavor e o toping. Grrrr me deu uma vontade de fazer uma cara de Caco Antibes e fazer o pedido no meu tosco inglês mas que tem, de vez em quando, um esnobe sotaque Oxfordiano.Só não fiz isso porque vai da vendedora me responder a altura, eu ia ficar boiando, ai ai.Por falar em inglês, ando ficando insuportável,imaginem que decobri no contador de visitas aqui do blog que tenho leitores em vários lugares do mundo, Estados Unidos, Japão, Europa e a maior parte, do leste Europeu, essa semana recebo um comentário da Finlândia, é mole? Até instalei um tradutor no meu internacional blog. Afffff Sem brincadeiras, são pessoas que chegaram ao meu blog pelo Polyvore - http://www.polyvore.com/cgi/profile?id=761272,
aquela delicia de site onde eu brinco de decoradeira numa espécie de quebra cabeça.Isso tem sido meu divertimento nesse mês que passei praticamente imóvel deitada com dor na coluna. Ponho o laptop na barriga , com o braço esticado na cama vou com o mouse buscando imagens, juntando e montando os ambientes. Depois de terminado a gente publica e as pessoas vem ver o trabalho no perfil onde linkei o blog, daí tantas visitas internacionais. Demais, não é?
beijos
P.S. Tentei e tentei postar aqui um polyvore. É a coisa mais facil do mundo, só copiar e colar, mas com esse laptop metido a besta, não consigo e não tem nenhuma filha aqui pra me ajudar.

15 de jan. de 2011

Fuçando o passado


Já passou tanto tempo desde a última vez que escrevi no meu blog, mas acho que tirando as tragédias das chuvas, nada de novo aconteceu. Isto é, aconteceu sim, acabou aquele inferno do mês de dezembro com as inevitáveis comemorações natalinas e trânsito exasperador. Janeiro começa com um maravilhoso e inesperado convite para um jantar de Reveillon na casa da Monica e Ito, o que me deu a esperança de um ano melhor. No dia seguinte, posse do governador Geraldo Alckmin, uma festa emocionante para nós que tivemos a sorte de trabalhar na sua campanha. E fora isso, muita dor na minha pobre coluna com uma hérnia de disco que dia sim outro também teima em inflamar. Exausta de ficar imóvel numa cama me entupindo de Arcoxia, decidi finalmente entrar na faca. Essa semana vai ser a do check up preparatório.Enquanto ainda fico na cama com o meu inseparável lap top, andei fuçando o inesquecível Orkut e achei este post que escrevi numa comunidade do Indac, velha e querida escola que deixou tanta saudade.Neste mesmo Orkut, por meio deste post, fui achada pelo Cristhiano Aretz que tem postado fotos maravilhosas sobre aqueles anos.  Ele me convidou para um almoço com os ex professores agora neste mes de janeiro. Depois eu conto, agora vou colar aqui o que escrevi em 2005:

ESTUDEI EM 1968 3/8/2005 16:19
1969 anos terríveis, mas para quem tinha 16/17 anos, anos incríveis.... o Indac era na al. Joaquim Eugenio de LIma e nos éramos a nata da vagabundagem. O curso se chamava madureza, eram 4 anos do ginásio em 6 meses, fazíamos o exame em Taubaté ou Mozambinho. O bar se chamava Carola, era da Carolina Whitaker aquela " q vem toda molhada e despenteada" cantada pelo Toquinho q fazia cursinho. O Flavio ficava na secretaria, e dele me lembro com saudade e reverência. Com o Cristiano Aretz viajamos pelo mundo nas aulas de geografia, a Wilma de biologia depois casou com o Amauri Sanches q me ensinou a amar Fernando Pessoa. Com o Zéca, quase aprendi matemática. O Rui q muitos de vcs conheceram, era um estudante q dava aulas de história, descia do ônibus na 9 de julho e passava na frente da minha casa na al. lorena, muitas vezes íamos juntos.História também era dada pelo bonitão do Luciano Ramos.... nunca mais na vida vou esquecer das invasões bárbaras, tínhamos também o Robert Srur. Samir Meserani Curi, foi o o fundador, ele dava aulas de criatividade para nos ensinar a escrever. Eu na época sabia que estava vivendo uma experiência única, pude aproveitar cada minuto que passei lá. Não pensem que eu era uma cdf bobona, eu era até bem malandra mas sabia do privilégio que a vida me deu depois de repetir várias vezes numa escola tradicional. Sinto pena dos meus filhos terem sido tão estudiosos que não foram para lá.