29 de mar. de 2010

As amigas do parque

Depois de uns 3 anos combinando e desmarcando, hoje fui tomar um café na Livraria Cultura com a Mirian, minha amiga há 31 anos.
Nos conhecemos no playground do Parque Trianon, onde ela levava a Bruna e o Paulo que tem a mesma idade dos meus, Andre e Isabel.
Foi uma época inesquecivel nas nossas vidas, éramos muitas mães, poucas babás. As crianças brincavam na areia e nenhuma teve micose. Eles brigavam e nós nunca nos metemos, só apartávamos, uma vez Isabel bateu com uma pázinha de metal na cabeca do Paulo, quase morri de vergonha e aflição, acho que a Mirian não deve ter gostado, mas foi elegantérrima. Nesse tempo tão bom, nós tivemos também a alegria e o privilégio de conviver com o Vovô Alberto, que morando na Avenida Paulista esquina com Consolação, ia lá todos os dias e, ao invés de ficar sentado num banco tomando sol, ficava fofocando conosco e tomava mais conta dos nossos filhos do que a gente. Fizemos duas festas de aniversário para ele,a de 90 anos no prédio da Mirian e a outra, um piquenique no parque. Quando seu Alberto morreu fizemos a missa de 7º dia no Colégio Sao Luiz. Fomos com maridos e todas as crianças que, passados mais de 25 anos, ainda se encontram e se gostam. A maioria delas estudou no Dante. Quando a Luisa nasceu em 1982, os maiores já crescidos começaram a ir à escola e o parque acabou.Nunca mais houve outro grupo igual àquele. Ainda bem que ate hoje, mesmo não nos vendo a toda hora, quando nos encontramos, retomamos o papo no mesmo ponto. Parece que o tempo nao passou, até porque a Mirian continua igualzinha, linda, chic e jovem.

27 de mar. de 2010

Chegando em Orlandôu.

Chegar em Orlando depois de 18 anos,em princípio me apavorou. Naquela época a cidade já era um emaranhado de auto-estradas onde, é lógico, vivíamos nos perdendo. Dessa vez passei horas estudando o Google Maps, imprimi o roteiro do aeroporto ao hotel com duas cópias bem grandes, uma para cada um de nós, já pensando na hipótese de perder uma delas. Mal sabia a jacuzona aqui, que hoje existe um aparelhinho fantástico chamado GPS que o cara que nos alugou o carro já prevendo o desastre do casal, programou para português e já marcou o endereço do hotel. Difícil foi só conseguir sair do estacionamento....aiai. Depois disso, foi bico, uma "purtuguesa com certeza" ia nos orientando, único problema era confusão que ela fazia entre milhas e metros. Mas logo nós aprendemos que quando ela falava: Eu digo, vire a esquerda daqui 3 milhas, era pra virar em seguida,o melhor então, era andar na pista do meio. E Orlando, como eu imaginava, cresceu de uma maneira assustadora, não com ruas, igreja, praça, hospital, prefeitura, cadeia, essas coisas que toda cidade do interior tem. Lá, o que cresceu foi o número de auto estradas e hotéis. a International Drive que conheci tinha uns 4 ou 5 hotéis, hoje tem quilômetros e quilômetros fora os fast food, lojas de conveniência e, como não poderia deixar de ser, milhares de novos parques e brinquedos. A impressão que se tem desse pedaço de Orlando é que lá só existe lazer,divertimento e turistas. Imaginem que a cidade recebe 46 milhões deles por ano. Credo!
Acho que lá é o único lugar do mundo onde eu não me irrito com filas e aglomerações.

26 de mar. de 2010

Voltar pra casa também é muito bom

Hoje a Isabel, minha filha arquiteta me levou na inauguração e abertura ao público da restaurada Casa Modernista da rua Itápolis, obra de Gregori Warchavchik. Fiquei mais fã ainda desse grande arquiteto, quando há uns dois anos atrás a diretoria do clube Paulistano resolveu reformar a piscina que, assim como a sede social, infelizmente já descaracterizada, é obra dele. Entrei numa briga boa pelo Orkut para a preservação do projeto original com a deliciosa profundidade de mais de 4 metros. Para poder discutir, pesquisei bastante a sua obra e quanto mais eu lia, mais o admirava. A briga foi quase ganha, um dia ainda conto aqui, mas agora, melhor voltar ao assunto antes que eu esqueça sobre o que estava escrevendo. Eu acho a suprema delícia das delícias ser convidada por uma filha para um programa, ainda mais quando é num lugar bacanérrimo com um monte de gente conhecida, querida além de super mega talentosos. Foi muito bom encontrar todos os amigos da Isabel que já conheço, admiro e gosto.
Pensando bem, acho que o melhor de tudo foi ver o quanto ela é querida e respeitada.

25 de mar. de 2010

Voltando pra casa

Eu não gosto de ditados nem de frases feitas, quando dizem que o melhor da festa é esperar por ela, acho que é porque a festa deve ter sido uma porcaria .Quando viajamos, dizem que o melhor é voltar pra casa. Será? Eu acho que quando a viagem é uma delícia como esta para Orlando, o melhor é não voltar tão cedo. Fomos, eu e Luís Augusto, encontrar a Luísa que lá estava a trabalho para a Folha de São Paulo, há uma semana. Eu cansei de sugerir à ela que falasse com seu chefe propondo uma matéria sobre a Disneyworld para a 3ª idade que eu faria por uma módica ajuda financeira. Ela, muito boba, não aceitou minha proposta. Se fosse no tempo do seu Frias, eu mesmo daria um jeito de falar com ele, que, como não era bobo nem nada, acharia uma grande idéia.
Viajar para uma cidade que é um grande parque de diversões exige fôlego que ainda tenho para umas 10 horas, depois disso, banho e cama. Meu inglês continua péssimo, minha coordenação motora, cada dia mais confusa e se não fosse essa querida, competente e deliciosa jornalista que mesmo nos dias que eram das suas férias, continuava atrás da notícia, a me cuidar, sei não, acho que não seria a mesma coisa. Ela que sempre foi super independente, determinada e expedita, na nossa primeira viagem ao parque, foi amarrada em mim, para escândalo de muitos, em uma coleira de cachorro. Hoje isso virou moda, muitas e muitas mães fazem isso, é o melhor jeito de não perdermos nossos pequenos naquela multidão. Só agora me lembrei disso, se tivesse comentado antes, aposto que ela não teria dúvidas em, dessa vez, me amarrar nela. Outra história que me lembrei agora, foi da nossa segunda viagem para lá, quando recém alfabetizada, já mostrando a autonomia que rege a sua vida, no meio da confusão da esteira rolante na chegada ao aeroporto, some. Quando finalmente a achamos, eu histérica, descubro que ela foi ao banheiro sozinha, pergunto já gritando - como foi ao banheiro? como você vai sozinha ao banheiro? que banheiro? que banheiro? E ela num jeito meio esquisito responde que no banheiro de homens. À beira de um ataque de nervos eu grito com ela, mas Luísa!!! Como é que você vai ao banheiro de homens? Ela me responde com uma arzinho de superioridade – Uai, tinha uma plaquinha com um desenho de mulher onde estava escrito Uómem (Women).
Esta é a minha filha caçula, poliglota desde os 7 anos

10 de mar. de 2010

Malas prontas

Diz um ditado, como todos, infame, que quando a gente envelhece o tempo passa muito rápido mas os dias são longos. Infelizmente vou concordar - hoje ainda é quarta feira, eu viajo para Orlando no sábado, minha mala já está pronta desde domingo, a Luísa,minha filha, foi na frente, a trabalho, e como vamos nos encontrar e ficar juntas, fizemos uma mala com muita coisa em comum. Faltam só os remédios, que são montes e vão na mão.
Não vejo a hora de chegar, quando fui com meus filhos pequenos para lá, achei que seria a última vez.
Hoje nada para mim é definitivo, daqui a dois anos quero ir de novo, passar lá o meu aniversário de 60 anos.
Eu e a Hebe Camargo.
xoxo

9 de mar. de 2010

Alameda Santos

Em 1970 eu conheci a família Arruda Leite, Nô, Inês, Ivana, Maneis e o Tuiú. Desde aquela época eu já era fã da família e, mais ainda, da Ivana, que estudava arquitetura na FAU, pintava quadros fantásticos, com uma pegada do Bonard que nunca vou esquecer. Ela saiu da faculdade ou não acabou, eu casei, ela também, daí foi trabalhar num banco, teve a Bebel uns seis meses depois da minha Isabel e a gente parou de se encontrar com tanta freqüência, aliás, passamos anos sem nos ver até que a vida me trouxe a Ivana de volta, do mesmo ponto onde paramos, só que agora, ela uma escritora famosa, danada de boa. Tenho todos os livros dela e hoje à noite vou correndo à Livraria da Vila buscar o último: Alameda Santos. Faz um ano que espero esse livro, ela me falou dele, num almoço no Spot, que ela, boa gourmet que é, me levou. Esse almoço até foi assunto de um post no delicioso blog dela:
http://doidivana.wordpress.com

8 de mar. de 2010

A nossa musa

Eu sou tão sortuda, mas tão sortuda que vocês nem imaginam. Há uns anos atrás no auge do Orkut, quando eu não aceitava ninguém que não conhecesse pessoalmente, fui atrás da Elaine, de tanto que a Reco e Pat falavam dela. Foi paixão assim de cara, ela é a nossa musa.

A Elaine é uma mega escritora e jornalista. Divertida, sabe tudo sobre rock , mestra com livro publicado e tudo sobre o Beatles é dona da casa mais charmosa que já vi. A família dela é uma delícia e o blog http://lesmadesofa.blogspot.com ,
é um dos meus de cabeceira. Vamos lá? Eu já tou indo porque hoje é aniversário dela e quero ser a primeira a dar um beijo de parabéns.

xoxo

7 de mar. de 2010

Hoje o blog faz uma semana

Quando comecei esse blog, tinha a intenção de escrever uma ou duas vezes por semana. Acabando a primeira, vejo que escrevi todos os dias.

Foram muitas mensagens, e-mails, 350 visitas, uau! Todas essas mensagens estão guardadas no meu computador, se bem que nem precisava, sou capaz de falar de um por um, sei de cor o que cada um me escreveu. Como eu sou sortuda!!!! Nem consigo acreditar que tenho tantos amigos, tão generosos e queridos. Nunca vou conseguir dizer aqui o quanto eu os amo e também o tamanho da emoção que sinto a cada comentário, a cada e-mail e a cada seguidor novo que recebo. Preciso contar que tenho 5 novos amigos que me descobriram através da blogosfera e já me sinto próxima deles.

Esse encanto que a internet nos proporciona me faz achar muito boa a “minha provecta idade”. Não fosse ela, eu não teria conhecido as delícias da Jovem Guarda e o nascimento dessas novas tecnologias, que eu mais ou menos domino.

Para esse blog ficar mais dinâmico e não entediar muito vocês, pretendo fazer uma vez por semana um dia das artes do amigo, uma espécie de vitrine com todas as artes e negócios que todos os meus queridos fazem.

5 de mar. de 2010

Sao Paulo minha cidade

Quando eu trabalhava na Sub Sé, era representante dela no CONTUR, Conselho de Turismo da SPTuris. Numa das primeiras reuniões, o Caio Carvalho, brilhante presidente, conta que tinha começado naquela semana a fazer um site chamado http://www.saopaulominhacidade.com.br para as pessoas escreverem sobre a cidade de São Paulo e pediu para que quem pudesse, colaborasse escrevendo e divulgando. Não precisou pedir duas vezes, ao chegar em casa, fui direto escrever essa croniquinha que, para minha surpresa, alguns anos depois foi escolhida e publicada num livro, numa bela festa na Sala São Paulo. Vou mostrar ela aqui, afinal, me enche de orgulho pensar que uma ação quase que entre amigos em outubro de 2005, tomou um vulto tão grande.

Reminiscências da Cidade Grande
01.11.05

Passei minha infância numa fazenda. Eu era a mais velha de sete irmãos e minhas vindas à São Paulo se tornaram inesquecíveis porque, por serem raras, tinham um quê de espera, de ansiedade e de novidade.

Nos anos 50, numa fazenda do interior, para se falar no telefone era uma "áfrica". Logo cedo já se pedia à telefonista para fazer a ligação, que ficaria pronta só na hora do jantar. Meus pais, muito moços e sociáveis, ficavam meio isolados. Então, quando vínhamos para São Paulo, geralmente para os partos de minha mãe, era uma romaria de visitas, parentes, primos, tios e tias que, por não termos o convívio, se tornaram muito mais importantes na minha memória afetiva.

Eu tenho nítida na minha memória a esquina da Alameda Jaú com Padre João Manoel, era a senha "chegamos"! A casa de meus avós era preparada para nos receber. Teve um ano que minha querida tia Regina desenhou, com giz de cera, a Branca de Neve e os sete anões na parede do quarto das crianças. Isso cinqüenta anos antes de virar moda.

Lembro-me nitidamente da casa enorme e cheia de roseiras do Horácio Sabino, onde mais tarde construíram o Conjunto Nacional. O mural de azulejos da Sabesp da Alameda Santos continua lá, no caminho para o parque Trianon, onde íamos todos os dias levados pelo Zé da Babá.

Só que hoje é tão mais perto... Será que era por isso que minha avó dizia que íamos visitar nossos primos, os bicho preguiça? Que raiva que me dava ouvir isso de uma avó tão querida, a que me levava passear na Rua Augusta, de tantas e tantas lembranças, que vão ficar para um outro dia, porque lembranças dessa cidade tão grande e fascinante tenho tantas e tantas que mal cabem dentro de mim.

P.S. Não deixem de conhecer esse site. É muuuito, muuuito bacana!

4 de mar. de 2010

Um quadradinho cor de laranja

Como aqui vou falar muito dos blogs que tenho lido e, antes que vocês imaginem que eu passo mais de 8 horas por dia lendo (tá bom,que seja, mas isso contando com o Polyvore, Facebook, Orkut etc) , vou tentar ensinar um truque que me facilitou muito a vida: é o leitor de fedd do Google Reader.
Não sei o que quer dizer nem o que é esse tal de fedd, mas, simplificando, é aquele quadradinho cor de laranja que a maioria dos sites tem. Muito bem, para ler todos os posts dos muito blogs que leio sem precisar abrir cada página, uso esse recurso. É assim: cole (control V e control C) ou clique com o lado direito do mouse em cima desse quadradinho e vá para o Google, ou melhor, vai primeiro nele. Página aberta, lá em cima, do lado esquerdo, onde tem escrito WEB, IMAGENS,MAPS, ORKUT, GMAIL, MAIS, clique no Mais, e vai aparecer um monte de opções, (tradutor, you tube, livros,reader etc clique no Reader. Clicou? Então inscreva-se, - é só por seu e-mail e uma senha, e pronto, você já é feliz proprietária de uma conta no fabuloso Google Reader. Lá você vai ver um adicionar inscrição. Em primeiríssimo lugar, claro, o http://www.dizemquesouvelha.blogspot.com, depois, tudo o que vocês gostam de ler todos os dias . Para fazer isso, é só digitar o endereço do site ou então, já colada da pagina que querem adicionar esse tal quadradinho cor de laranja chamado fedd. O que acontece é que se fica com uma lista tipo favoritos ou bookmakers, só que mais completa e ágil porque vai atualizando em negrito as ultimas postagens de cada site. Eu fico esperando as meninas postarem nos seus blogs e quando aparece o negrito, eu não perco tempo abrindo o site, já entro logo na matéria. Entenderam? Tomara, porque eu, relendo o que escrevi, acho que não entenderia. Mas vocês não são ansiosas como eu e não tem a ajuda da Egle que me ensinou essa maravilha moderna quando eu trabalhava lá na Subprefeitura da Sé.
Não!!!! Eu não lia esses blogs lá, não!!!!! Meu computador era todo bloqueado.

3 de mar. de 2010

Preciso de uma revisora

Ontem a Luisa ficou brava comigo dizendo para eu não falar aqui que ela vai corrigir minhas vírgulas porque ela não tem tempo, e eu, como tenho faniquito, não espero e posto o texto com erros mesmo e dou o crédito da correção para ela.
Ela tem toda razão, ontem eu repeti 2 vezes a palavra blog no mesmo parágrafo. Maus, né? E essa eu sabia, e também poderia ter tirado uma delas que não faria diferença nenhuma no texto. O que me irrita um pouco nas pessoas que escrevem hoje é a mania de escrever difícil e empolado. Para não repetir a palavra, buscam um sinônimo tão absurdo que é melhor repetir mesmo e pronto. Eu sou como minha avó Lourdes dizia: “Falo com os olhos e escrevo de orelha”. Adoro ler, já li todos os best-sellers da vida, mas com a idade e o costume, fui ficando seletiva, e hoje não consigo mais ler qualquer coisa. Até esses blogs mil que falam de maquiagens, moda e fofocas são irrepreensíveis. Eu não sei por vírgulas, mas quando tem umazinha sequer fora de lugar num texto alheio é a primeira coisa que noto. Enquanto eu não arrumar alguém que me ajude na revisão, vai assim mesmo. Não quero explorar muito a minha filha porque já tenho um trato com ela, ela cuida de mim hoje. vê meus extratos, conta do banco, briga na Vivo por mim todo mês, paga essa conta que todo mês vem errada. Me lembra dos meus compromissos, aniversários da família etc. Quando eu ficar bem velhinha, ela me põe num asilo onde vou me divertir muito falando bobagem para a galera do lugar, mas ela vai garantir o meu banho diário com um sabonete meio carinho que eu gosto muito. Ah, e com uns cremes também.
Não é uma boa troca? Acho que se eu fizer um esforço, apesar do meu distúrbio de déficit de atenção, eu consigo.

xoxo