7 de jun. de 2010

Avenida símbolo da cidade

Não sei porque a Paulista é chamada de avenida símbolo de São Paulo. Eu moro pertinho dela, mas nunca vou lá, nem de carro. Hoje comecei andar de novo, parece que minha hérnia tá quietinha. Ao invés de ir andar no clube, pista ou esteira, onde eu certamente pareceria uma tartaruga, resolvi andar sozinha pelo bairro, ainda devagar, até pegar no tranco. Como eu ouvi dizer que abriram uma loja Renner na avenida, resolvi ir por ela, além de plana, eu ia fazer um reconhecimento do bairro. Preciso trocar a bateria do meu relógio e não faço a mínima idéia de onde tem, que saudades do centro da cidade! Lá era só por o pé no calçadão que eu achava tudo que precisava. Que lugar mais sem graça que os bancos e grandes corporações inventaram de ir quando lá pelos anos 1970, abandonaram o centro. Gente mais sem imaginação, credo! Uma avenida larga, árida com muitos prédios bacanas, mas a maioria, muito feios, as fachadas sem graça, e pra piorar, com essa droga de lei da Cidade Limpa, uma senhorinha cega como eu, não enxerga as placas do outro lado da rua, resumo da ópera, passei batido pela loja que, diga-se é enorme, mas sem o charme do shopping Light. Ah! e tem mais, para atravessar tem que ser na faixa e é longe uma da outra. Não arrumei um relojoeiro nem um sapateiro nem uma costureira, lá só tem farmácias e muambas, lojas de serviços que eu procurava, necas. Daí fiquei pensando, - acho que eu sou mesmo uma mulher muuito barata. Não acho a menor graça na Avenida Paulista nem na Oscar Freire, (só do café da Cristallo) gosto mesmo é da Rua de São Bento, ela sim tem a cara da cidade, adoro quando estou no largo do Café enxergar a torre do Mosteiro lá no fundo, e quando olho pra traz, vejo a igreja de São Francisco com a Faculdade de Direito. Dois extremos maravilhosos! Se eu pudesse faria dela a rua símbolo de São Paulo e deixava a Paulista só para grandes eventos, tipo a parada que teve ontem. Mudando um pouquinho só de assunto, li ontem, acho que na nova revista da Folha, uma entrevista com o Paulo Borges, cara chiquérrimo, antenadíssimo e que sabe das coisas, falando que o bairro da Vila Olímpia é horroroso com os prédios corporativos sem personalidade. Preciso fazer um reconhecimento, afinal, nos últimos anos só andei pela Barra Funda, Bom Retiro, Luz, Pari, Glicério, Santa Cecilia e por alí perto, bairros que indiscutivelmente tem prédios e casas belíssimas mas absurdamente abandoadas e deteriorados. Uma pena.

3 comentários:

Lesma de sofá disse...

É engraçado que a Paulista é a cara dos turistas, não dos paulistanos...
Eu gosto da Cantareira, gosto aqui de tremembé- que é uma cidade de interior com tudo que se imagina.
Restringir nossa Cidade a uma avenida é pedir demais, né???
Tô com saudades!
bjsbjs

Anônimo disse...

oi Pituca
Tambem adoro os serviços sempre fartos do centro, mas passo minhas dicas da vizinhança.
Trocar pilha de relogio, na rua augusta depois da franca, descendo, na calçada esquerda .Tem um relogio grande pendurado na porta.
Sapateiro Renato , al Itu entre Hadock Lobo e bela cintra, calçada da direita sentido rebouças , escondidinho descendo uma escadinha tipo subsolo, pois na frente é um chaveiro.
Costureira que trabalha, ou na casa dela ou na sua, para consertar roupas , me mande um email que passo o celular dela!
bj silvia

Santana Filho disse...

Pituca, serve aqui um Caetano: "Da força da grana que ergue e destrói coisas BELAS..."

Um abraço.