25 de mai. de 2011

O mundo mágico do centro da cidade

Hoje  eu tive um dia dos mais gostosos. Fui até a cidade com a Luisa para ver uma exposição que considero imperdível, ''O mundo mágico de Escher". E, ponha mágico nesse título,é, além de tudo, instigante. Adoro esse artista que usa a perspectiva para enganar o olhar,  a gente nunca sabe onde começa ou acaba.
Está no CCBB Centro Cultural Banco do Brasil, alí na Rua Alvares Penteado, pertinho da minha querida Subprefeitura da Sé que tanta saudade me traz. Por sorte maior ainda, encontrei a Ciça e Teresa fumando seu cigarrinho na calçada. Foi  só um oi rapidinho  porque a Luisa fica me apressando, semana que vem vou  lá matar a saudade  de todo mundo. Saindo da exposiçao, como eu já estava no centro, nao podia deixar de dar uma passsadinha   naquela rua que eu amo, mas que causa calafrios na maioria das pessoas- a 25 de março.  Para minha decepção, a rua está totalmente transitável e civilizada. O prefeito finalmente conseguiu por ordem naquela muvuca para a alegria dos comerciantes e da população que agora tem calçadas para andar. Eu acho isso certo, mas que a rua perdeu o seu charme, óh se perdeu. Eu adorava aquela bagunça infernal, os camelôs com seus refrões engraçadíssimos e os apitos ensurdecedores, achava a coisa mais divertida sair de lá e cair no Jockey Club, esquina da Ladeira Porto Geral com  a Líbero Badaró,nos sisudos calçadões da rua XV de Novembro, topar  com os engravatados da Bolsa de Valores da rua 3 de Dezembro, com os ilustres causídicos que frequentam a AASP na mesma rua Alvares Penteado e, que saudade imensa- o Vale do Anhangabaú. Acabei de decidir- amanhã vou voltar lá. Estou, faz um tempão, combinando com a  Isabel uma  ida à biblioteca Mario de Andrade, que está novinha em folha depois de ser reformada pelo  escritório de arquitetura onde ela trabalhou muitos anos, o Piratininga e Associados. Depois eu conto como ficou.
beijos

Um comentário:

Santana Filho disse...

Pituca, tempos atrás fiz uma postagem sobre a 25, e peço licença pra trazer uma parte aqui, tá? - é uma brincadeira a respeito dessa rua única na cidade; aliás, vc voltou lá?

'A 25 de Março é o verdadeiro bazar das novidades. Você pode ser o máximo, mas a 25 é o excesso, está tudo lá. Uma explosão de cores e brilhos e gentes e sons.

Do imprescindível ao absolutamente supérfluo (ênfase nestes, evidente) é ali que se encontra.

Não se meta a discutir consumo se nunca bateu perna por esta rua; e, se realmente nunca esteve ali, evite palavras e expressões do tipo: penduricalho, balangandãs, kitsh, peruagem, pedraria, ponta-de-lança; você não sabe do que se trata.

Tá sem peito? na 25 tem; vai de peruca? vi algumas providenciais; o carnaval chegou? é ali que moram pierrôs e colombinas. São João a caráter? bigodões, chitas e chapéus de palha. Ah, importaram o halloween… magos e bruxas que fariam ruborizar os mais ensandecidos demônios de qualquer Miami´s Mall.

A amiga rica personaliza o cartão que acompanha as flores com aquela mont blanc bacanona? na 25 você compra uma pela milésima parte do preço e ainda encontra inimagináveis flores de plástico que, convenhamos, duram mais e não juntam mosquito......'

por aí vai.....; um abraço.