7 de out. de 2011

Quando eu conheci o Steve Jobs

Quem sou eu, uma analfabeta digital, para falar em Steve Jobs?  Impossivel, no entanto, passar batido pela morte desse gigante que certamente vai mudar a linha da história. Não posso deixar de me lembrar com saudade do André, ainda moleque, mal saindo do Atari, já cobiçando um PC, que eu, muito idiota, achava uma tremenda bobagem. Me lembro nitidamente do primeiro computador que compramos, um segunda mão  do nosso primo Geraldo. Tão precário ele era que algum tempo depois compramos um mais moderno, acho que eram os primeiros anos da década de 1990. Esse computador era do meu filho, um alucinado por tecnologia, ficava no quarto dele e eu nem chegava perto. Quando ele estudava na GV eu imaginava que ele estudava muito e usava a internet para isso, como mãe é boba, mal sabia eu que ele e os já barbados amigos ficavam no quarto dele, jogando e, que nas aulas de informática- acho que é assim que se chama- da faculdade eles  estudavam, mãe boba número 2, eles jogavam e navegavam pela internet. Aos sábados, os hoje ilustres advogados, Xuxú e Cacá, os  Bahia- Kiko,Fernando e João,o Chris Chiocca,amigos do Dante, passavam a tarde toda aqui em casa jogando.Era engraçado ver aqueles cavalões, gritando, torcendo e praguejando como se tivessem 12 anos. Em meados dessa década, meu pai, o avô mais maravilhoso que eles puderam ter, já antevendo a fuga dos adolescentes da casa dele, comprou o mais moderno computador da época. Os meninos todos se transferiram para a casa dele, o André, estando lá ou não e passaram a frequentar aquela casa como se o avô fosse deles, o que, mais ou menos, era mesmo.  Hoje eles têm 30 e muitos e continuam amigos e fazendo a mesma coisa, todos os sábados, agora na casa do André.  O ritual é o mesmo, PlayStation, sei lá eu que numero está agora.  De tudo que se falou do Steve Jobs, em mim fica especialmente a  gratidão por uma invenção que uniu, criou laços de afeto  e deixa imagens inesquecíveis não só na minha minha memória afetiva, mas também no inesquecível IMac, para mim o design mais perfeito do século passado.  Steve, thanks!

6 de out. de 2011

Feliz 2011

O meu aniversário este ano foi mais uma vez delicioso graças às minhas Marocas e às redes sociais. Consegui, com minha coluna em pandarecos, responder a cada e-mail e cada recado no FB, Orkut e Twitter. Foi tão bom poder escrever a cada um agradecendo que quando o dia acabou eu estava insuportavelmente dolorida, mas foi uma dor que valeu a pena. No dia seguinte cedo, pedi arrego, fui ao médico que já estava examinando meu histórico de milhões de radiografias, tomografias, ressonâncias magnéticas, affff e, por último o não menos dolorido, mielo alguma coisa, que são uns choquinhos dados nos nervos e que comprovaram o que eu sentia e ninguém acreditava -não conseguia mais ficar em pé de tanta dor. Muito bem, fui à consulta e de lá não mais saí até o dia em que fui operada. Precisei esperar muitos dias internada porque a prótese que eu precisava era tão cara que o seguro ensebou para pagar. Tão cara que o meu filho André disse que quando eu morrer ele manda tirar pra vender hahaha. Não foi tão ruim ficar tantos dias num hospital, fui muito bem tratada e com tantos remédios que tomava na veia, a dor quase sumiu, passei 13 longos dias assim. Eu estava tão tranqüila e feliz por ser operada que nem ansiosa fiquei, imaginem só! Quando acordei da anestesia, já na UTI, eu estava lépida e sem dor, meu marido e minhas filhas se revezaram para ficar comigo, era um sábado. Numa certa hora, recebo um delicioso bilhete da Carminha e Cely que me levaram o melhor presente pra quem está de cama, uma pilha de revistas, especialmente aquelas de fofocas na TV que a gente nunca compra, mas adora ler no cabeleireiro. Nessa noite, ainda na UTI, me levanto sozinha para ir ao banheiro e andar um pouco. No dia seguinte cedo, antes até de o Luis Augusto chegar, eu já estava no quarto, de banho tomado, cabeça lavada e seca. Daí por diante, foi só alegria, Cristina, Maria Stella e Monica foram me ver, a Paulinha, minha nora, também, André, para meu orgulho, estava na China, mandado pelo banco onde trabalha, e eu já não sentia dor nenhuma. Vim para casa sem dor, mas ainda fazendo repouso. No dia em que tirei os pontos, fui pintar o cabelo e fazer minhas unhas. No dia seguinte, que foi ontem, fui aos Vigilantes do Peso. O prejuízo foi grande, falo pra todo mundo que tomei cortisona, mas, cá entre nós, é mentira: foi bolo de rolo mesmo. Imaginem que me sinto tão bem que dispensei a carona, andei três quarteirões e, como não doeu, fiz o caminho de volta a pé mesmo. À noite, senti dor, acho que exagerei e, por precaução, vou ficar deitada o dia todo. Mas amanhã já pretendo dar umas voltinhas no quarteirão, não tenho mais tempo a perder. Meu ano acabou de começar.
P.S. Nunca vou cansar de agradecer ao médico que me operou. A correção, o estudo minucioso do meu caso, as mãos abençoadas e o afeto que dele recebi, nunca vou conseguir descrever. Obrigada mesmo Dr. Roberto Correa de Mendonça!!!